Existe aquele ditado popular: tamanho não é documento. No caso de telescópios a coisa é diferente. Quanto maior a objetiva (que concentra a luz recebida no foco) maior a quantidade de luz recolhida. Isto faz com que objetos mais tênues possam ser vistos claramente. Outro aspecto interessante ligado ao tamanho da objetiva é a capacidade de distinguir pontos próximos chamada de resolução.
Os maiores telescópios usam espelhos como objetiva (chamamos de telescópios refletores). É muito mais prático de construir e polir espelhos pois a luz interage apenas com uma superfície. Além disso, no caso dos telescópios refratores (que usam lentes como objetiva) a luz tem que atravessar o vidro. A imagem produzida assim perde parte da luminosidade e ainda sofre mais distorções geométricas e cromáticas.
Além destas vantagens um espelho de grandes dimensões pode ser composto de espelhos separados formando um mosaico que na prática funciona como um único espelho muito mais dificil de fazer.
Os maiores espelhos já instalados em telescópios são mosaicos.
O maior telescópio de espelho único em funcionamento é o Gran Telescopio Canárias (GTC). O espelho deste instrumento é composto por um mosaico de 36 elementos que formam um superfície refletora de 10.4 m de diâmetrop. O GTC se encontra nas Ilhas Canárias e foi inaugurado em 2006.
Outros exemplos de telescópios refletores que possuem espelhos da ordem de 10 metros de diâmetro são:
Hobby-Eberly Telescope (HET, 1997, EUA) – 91 segmentos formando 10 mts de espelho.
Keck 1 e 2 (1993 e 1996, EUA) – espelhos de 10 mts respectivamente compostos de 36 segmentos cada.
O maior projeto de espelho é o do European Extremely Large Telescope (E-ELT) está previsto para 2024 que terá diâmetro de 39 mts e será composto de 798 elementos hexagonais.
Para saber mais:
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_largest_optical_reflecting_telescopes