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Coluna do Astrônomo Curiosidades

O Caçador e o Escorpião: A Eterna Batalha de Gigantes no Céu

O céu que os rodeia está cheio de objetos interessantes e mistérios a serem desvendados. Nos últimos dias, por exemplo, tivemos a primeira foto do horizonte de eventos de um buraco negro, algo desejado pelos astrônomos há décadas!

Além dos mistérios aguardando o espírito humano os alcançarem, o espaço nos mostra cenas de beleza estonteante e guarda lendas criadas por nossos antepassados. Nessas noites, acontece no céu um belíssimo espetáculo teatral onde duas constelações são atores da representação de uma das mais belas lendas, que nos fala sobre uma mensagem que Zeus, o deus dos deuses na mitologia grega, queria que a humanidade recebesse e se recordasse constantemente. Essa mensagem fala sobre arrogância.

Órion era um gigante e um exímio caçador, muito corajoso e habilidoso. Mas também era pouco humilde e gostava de se gabar demais de suas proezas. Um dia, ele disse que era o maior dos caçadores e que não havia nenhum animal capaz de escapar à sua caçada. Dizendo isso, enfureceu Artemis, deusa da caça. Apesar de ser a deusa da caça, Artemis era protetora dos animais, e não gostou nada do que disse o gigante Órion. Assim, enviou um escorpião para duelar com o caçador. Na briga, Órion foi picado pelo escorpião e morreu.

Carta Celeste do céu do Planetário do Rio, 17 de abril de 2019 às 20h30min (horário local). Clique na Carta para ver maior

Para que os homens se lembrassem do caçador que foi morto por um escorpião em consequência de sua arrogância, Zeus os transportou para o céu de modo que a cena da perseguição se eternizasse sobre nossas cabeças.

Repare na Carta Celeste acima. No horizonte oeste (à direita marcado pela letra W) vemos o Órion se pondo. Do outro lado do céu, no ponto oposto, ao leste (à esquerda, onde está a letra E), vemos o Escorpião surgindo. (O Escorpião é a constelação que abriga o aglomerado estelar M4, em evidência na Carta Celeste.)

O movimento que vemos as estrelas fazendo ao longo de uma noite é o mesmo movimento que percebemos no Sol durante o dia. Chamamos esse movimento de movimento diurno, e ele é uma consequência do movimento de rotação da Terra. Nosso planeta gira e vemos tudo o que está fora dele se movendo no sentido oposto.

Graças ao movimento diurno, a constelação do Órion e a constelação do Escorpião nunca são vistas por inteiro juntas no céu. Apenas quando uma se põe a outra aparece.

Essa é apenas uma das várias versões que existem na mitologia para a morte de Órion e sua relação com Artemis, ou Diana, na mitologia romana.

E Zeus, além de nos deixar esse eterno lembrete numa encenação celestial, também nos deixou uma boa dica para quem busca conhecer o mapa das estrelas: se você estiver vendo o Órion no céu, não estará vendo o Escorpião; e se estiver vendo o Escorpião, pode ter certeza que não estará vendo o Órion.

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Vamos falar sobre a (Super) Lua?

Em 14 de novembro, precisamente às 9h24min pelo horário de verão, a Lua estará em seu perigeu. O que isso quer dizer? Isso quer dizer que ela estará em seu ponto de máxima aproximação com o nosso planeta.

A órbita da Lua ao redor da Terra (assim como as órbitas dos planetas ao redor do Sol) não é um círculo perfeito; é uma elipse. Assim, é natural que ela se afaste e se aproxime regularmente. O ponto mais distante é chamado de apogeu; o mais próximo, perigeu.

microsupermoon-sciarpetti-nasa-photo-of-the-day

Lua no perigeu não é exatamente uma novidade. Acontece todos os meses, já que esse é o tempo aproximado que a Lua leva pra completar uma órbita. Mas como nem Terra nem Lua são objetos perfeitos, as forças gravitacionais que elas trocam entre si flutuam um pouco. Isso faz com que cada perigeu aconteça a uma distância diferente, dentro de uma certa margem. Neste perigeu de novembro, a Lua vai estar o mais próximo que já esteve neste século!

Em 14 de novembro, precisamente às 11h54min pelo horário de verão, a Lua estará alinhada com o Sol (mas não no mesmo plano), cada um em lados opostos do céu. Isso é o tão comum fenômeno da Lua Cheia. E isso também não é lá uma novidade…

Mas Lua Cheia acontecendo a pouco mais de duas horas do perigeu, isso sim é um fato inusitado! A Lua Cheia, que tanto chama a nossa atenção todos os meses, acontecerá com a Lua muito próxima do seu perigeu. Ou seja, a Lua estará mais próxima da Terra e, portanto, estará maior e mais brilhante! E é esse fenômeno que acabou ganhando o nome popular de Superlua.

O brilho da Lua aumentará em 30%, quando comparado a uma Lua Cheia fora do perigeu, e seu tamanho aumentará em 14%. Dificilmente isso será percebido pela vista humana, especialmente porque não teremos como comparar, de forma imediata, duas Luas Cheias (elas acontecem com o intervalo de um mês!). Mas ainda que não possamos, de forma incontestável, afirmar que, visualmente, estamos observando uma Lua maior do que a do mês anterior, isso não nega o fato científico: a Lua realmente ficará maior no céu, por estar mais próxima.

Agora é torcer para o tempo colaborar…

Leia mais sobre o assunto nos artigos abaixo:

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No próximo dia 10, domingo, haverá uma Superlua no céu!

 

Nesse domingo, 10 de agosto de 2014, teremos outra Superlua. O fenômeno não é nada extremamente raro, mas é sempre legal olhar para ela e saber que está cheia e em seu ponto mais próximo da Terra.

Dizemos que uma Superlua acontece quando está em sua fase Cheia ou Nova, e encontra-se no ponto de maior aproximação com a Terra, o perigeu. Nesse domingo, a distância entre Terra e Lua será cerca de 356.900 quilômetros.

Apesar de estar em sua maior aproximação com a Terra, não é possível perceber nenhuma mudança no tamanho da Lua com nossos olhos. Apenas uma fotografia pode mostrar essa diferença, como nessa montagem acima, feita em 2011.

 Comparação entre o tamanho aparente da Lua cheia comum e o tamanho da Superlua de março de 2011. Perceptível com uma máquina fotográfica, mas imperceptível à vista desarmada .

foto de Marcoaliaslama

A Lua entra no perigeu às 15h09m, no horário de Brasília, mas durante toda a noite a consideramos ainda uma Superlua. Quem puder, tire fotos para comparar com o tamanho de uma Lua Cheia que não seja superlua.

E, para deixar claro, Superlua não produz NENHUM efeito especial na Terra, não desencadeia terremotos ou maremotos e o dragão de São Jorge não vai cair aqui.

Nesse domingo, a Lua estará passando no limite entre as constelações de Capricórnio e Aquário.

Leia mais sobre o assunto nos artigos abaixo:

 

Boa observação!

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Superlua

É um pássaro? É um avião? É o Super-Homem? Não! É a Superlua! Mas o que é a Superlua, afinal de contas?

A Lua, nosso satélite natural, não tem luz própria. Ela brilha porque reflete a luz do Sol. E como ela está sempre girando ao redor da Terra, nós a vemos de diferentes formas, que chamamos de fases. Não custa lembrar que a mudança é apenas aparente…

Talvez a fase da lua mais famosa seja a “cheia”. Quem não se impressiona com uma bela e brilhante Lua Cheia? É a Lua dos poetas, dos namorados e, segundo a lenda, dos lobisomens! (Ironicamente, a Lua Cheia não é boa para os astrônomos, pois sua claridade atrapalha a observação das estrelas.)

Outra informação importante para entendermos a Superlua é sobre a forma da órbita lunar. Como a órbita da Terra ao redor do Sol, a órbita da Lua ao redor da Terra é uma elipse. Uma elipse muito pouco achatada, quase um círculo, mas ainda assim uma elipse.

Ao longo de um mês, a Lua se aproxima e se afasta da Terra. Não se assustem! A diferença é muito pequena, cerca de 5%; isso quer dizer que, ao longo do mês, o diâmetro angular da Lua (o tamanho aparente, que vemos) muda em cerca de 5%. Quando a Lua está em sua máxima aproximação (isso acontece uma vez a cada órbita, ou aproximadamente uma vez por mês), ela nos parecerá um pouco maior (5%).

Este ponto de máxima aproximação é chamado de Perigeu.

A Lua Cheia já chama a nossa atenção. Quando ela acontece no Perigeu, ela nos aparecerá cerca de 5% maior do que o normal. Eis, então a Superlua!

(Para os amigos da precisão, o Perigeu Lunar acontece a 0h33min do dia 6 de maio; o instante exato da Lua Cheia é 0h35min do mesmo dia!).

Leia mais sobre o assunto nos artigos abaixo:

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Qual é a cor do Sol?

Acho que 99% da população dirão, sem hesitar, que o Sol é amarelo. Será?

Como qualquer estrela, o Sol emite radiação em diferentes comprimentos de onda. No nosso dia a dia, isso pode ser traduzido como “várias cores”. Cada comprimento de onda equivale a uma cor diferente; inclusive as cores que não vemos.

Raios gama, os comprimentos mais curtos (e mais energéticos), por exemplo, são emanações do Sol que não vemos. Ondas de rádio (comprimentos longos, pouco energéticos) também.

O pico das emissões solares se situa na zona espectral que chamamos de “visível”. Na verdade, nossos olhos evoluíram desta maneira, privilegiando esta determinada faixa eletromagnética justamente porque é ela a principal emitida pelo Sol!

cor do sol

E, dentro da faixa espectral visível, onde está o pico de emissão? Na cor amarela, certamente… Errado! O pico de emissão solar varia muito pouco, e se situa entre 475 e 500 nanômetros (o que é um nanômetro? Pegue um metro e divida em um bilhão de pedacinhos; cada pedacinho desses tem um nanômetro de comprimento!). Essas medidas de comprimento de onda equivalem, respectivamente, ao azul e ao verde.

Nosso cérebro “mistura” essas informações e acabamos interpretando a cor do Sol como sendo amarela. Mas, na verdade, o Sol é verde-azulado, se fôssemos realmente definir uma cor para a sua superfície. Quem diria, hein?

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