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Coluna do Astrônomo

Vendo a Terra do espaço

 

A sonda Cassini, que está pesquisando o planeta Saturno, foi lançada em 1997, e fotografou o planeta em 19 de julho deste ano, com um objetivo bem peculiar: fotografar a Terra. Essa é a terceira vez que temos uma imagem do planeta Terra de uma posição distante no Sistema Solar. Isso foi possível com uma configuração bastante feliz. Visto da Cassini, o Sol foi eclipsado, permitindo a visualização de diversos objetos, entre eles o nosso planeta.

Na imagem podem ser vistos os planetas Terra (Earth), Vênus e Marte (Mars). Sete satélites de Saturno, dos seus mais de 60, também foram capturados. Pode-se, ainda, observar com grande clareza os magníficos anéis. Os anéis refletem a luz do Sol e acabam se destacando e iluminam um pouco o lado em que é noite em Saturno. Uma visão única e deslumbrante do planeta dos anéis!

Esta imagem é uma composição de 141 fotos tiradas pela sonda, num período de quatro horas com filtros nas cores vermelha, verde e azul. A combinação destas cores nos dá a tonalidade real do planeta. Cassini estava a uma distância de 1,2 milhão de quilômetros de Saturno no momento das fotos.

 


Saturno possui mais de 120.000km de diâmetro mas, com os anéis, seu tamanho mais que dobra. Pode-se ver claramente a diversidade dos anéis e suas lacunas (divisões). A maior separação é conhecida como Divisão de Casini. Existem satélites entre os anéis conhecidos como pastores, pois lembram um pastor com o seu rebanho, que são os anéis propriamente ditos, formados por milhares de pequenas rochas de gelo.

De longe parecemos tão frágeis e, ao mesmo tempo, sabemos que podemos ir bem longe, desvendando as maravilhas do Universo. Quem sabe um dia estaremos presentes em lugares que, por enquanto, só se apresentam nas histórias de ficção científica, nas telas dos cinemas. Somos destemidos, mas habitamos um planeta que, aos olhos de nossas invenções, nos parece apenas um pálido ponto azul!

 

 

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Coluna do Astrônomo

Um cometa intrigante

 

A notícia de que um cometa apresenta seis caudas está intrigando os astrônomos. É comum um cometa ter uma, duas ou até três caudas quando se aproxima do Sol. As caudas são formadas pelo vento solar e a pressão de radiação que espalham a poeira e os gases presentes no cometa. Elas podem, também, apresentar colorações diversas, tais como amarelada e azulada.

 

O cometa P/2013 P5, observado pelo Telescópio Espacial Hubble, foi o primeiro objeto do tipo a apresentar seis caudas. A sigla usada para determinar este cometa significa: 1) que ele é periódico (P) – com menos de 200 anos para retornar a aparecer; 2) foi descoberto no ano de 2013; 3) a letra acompanhada de um número (P5) é a ordem em que foi descoberto neste ano, entre os dias 1º e 15 de agosto.

 

O que está chamando a atenção neste cometa são as bruscas mudanças na configuração das caudas em períodos de duas semanas, nos últimos meses. Parece que ele está se desintegrando a partir do seu rápido movimento de rotação. As caudas mudam de direção e intensidade muito rapidamente.

 

Vamos aguardar novas observações para saber mais sobre o P/2013 P5. Pode ser, inclusive, que novos corpos celestes semelhantes a ele sejam descobertos. Na Astronomia é assim: quando descobrimos algo diferente, pode esperar que isso se repetirá por mais vezes.

 
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Novidades do Telescópio Espacial Kepler

 

Johannes Kepler foi matemático e astrônomo, e viveu em uma época em que o homem ainda tentava definir os movimentos celestes dos planetas ao redor do Sol. Kepler formulou três leis dos movimentos planetários, fundamentais para os cálculos de órbitas. Tomamos emprestado o seu nome para um dos melhores telescópios da era moderna. O Telescópio Espacial Kepler tem a missão de estudar estrelas próximas e com características semelhantes ao nosso Sol, em busca de planetas similares ao nosso. No fundo, estamos procurando vida nestes novos mundos.

 

Os últimos resultados deste telescópio serão discutidos em uma reunião específica de planetas extrassolares com mais de 400 cientistas do mundo inteiro. Entre os temas discutidos estão os seguintes tópicos:

 

– a descoberta de 833 novos candidatos a planetas, aumentando este número em 29% desde janeiro, totalizando agora 3.538 candidatos;

– o aumento de 78% no número de planetas com tamanho similar à Terra;

– 10 destes candidatos estão na zona de habitabilidade (região onde a vida pode existir) e são menores que duas vezes o tamanho da Terra;

– quatro candidatos na zona de habitabilidade foram confirmados e pertencem a sistemas com apenas um planeta;

– a maioria das estrelas em nossa galáxia tem no mínimo um planeta ao seu redor;

– uma em cada cinco estrelas parecidas com o Sol tem um planeta com até duas vezes o tamanho da Terra e possui uma temperatura temperada.

 

Esta última questão é uma das mais excitantes para os cientistas. A grande quantidade de possíveis planetas que possam abrigar a vida nos enche de esperanças. Este é um grande passo para sabermos se estamos sós no Universo. Muito ainda temos que caminhar, mas estamos fazendo isso a passos largos.

 

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Índia e China avançam no espaço

 

O mundo está diferente, mais globalizado. No início, Estados Unidos e a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) eram os dois países que detinham o conhecimento para lançar veículos tripulados para o espaço. Mas, agora, outros países se arriscam neste mercado promissor. E dois deles estão se destacando: China e Índia.

 

 

A Índia lançará, neste início de novembro de 2013, uma sonda para explorar Marte. A Missão Orbitadora de Marte (em tradução livre) – MOM, irá circular ao redor do planeta tirando fotografias, e passará a apenas 6.000km do satélite Fobos. Além das imagens, ela recolherá informações científicas sobre a atmosfera e o solo daquele planeta. Este será mais um passo no programa espacial indiano que já dura mais de 30 anos, com gastos anuais de centenas de milhões de reais. Só para ir até lá, serão cerca de 180 milhões de reais.

 

 

A China, por sua vez, já entrou na sua segunda década do programa espacial. E com muita disposição, diga-se de passagem. Sua ambição é grande. Ela pretende construir uma estação espacial permanente, enviar astronautas (chamados de taikonautas) para a Lua e, possivelmente, enviar o homem para Marte entre 2040-2060. Neste ano, os chineses enviarão uma sonda para explorar a Lua, colocando em sua superfície um robô bastante sofisticado.

 

 

A Índia e a China não estão brincando. Estes países estão se destacando no mercado mundial e crescem, economicamente falando, a velocidades notáveis já há alguns anos. Se depender dos indianos e chineses, em breve teremos outras bandeiras “tremulando” na Lua e em Marte. É só aguardar!

 

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Lua e Vênus no céu

 

Fotografia tirada pelo Astrônomo Fernando Vieira. Dá para ver crateras na Lua.

 

No domingo, dia 8 de setembro de 2013, foi possível observar uma configuração bem interessante no céu. E não foi apenas aqui no Rio, mas no Brasil inteiro. A Lua, no seu rápido movimento ao redor da Terra – completando uma volta em aproximadamente 27 dias -, move-se entre as estrelas e os planetas de forma visível. E isso pode ser visto neste dia 8. Quem observou o céu, no início da noite pode ver a Lua se aproximando de Vênus e, depois, quase se “tocarem”. Nas imagens a seguir, feitas pelos astrônomos do Planetário, com câmeras caseiras, mostram dois momentos.

 

Fotografia tirada pelo Astrônomo Luís Guilherme Haun de um celular.

 

No dia seguinte, 9 de setembro, a Lua já havia se deslocado bastante, se afastando de Vênus e se aproximando de Saturno. Como o celular não tinha resolução suficiente, não foi possível capturar o planeta Saturno, pois seu brilho não é tão intenso, mas foram feitas algumas imagens em que aparecem a Lua e Vênus bem mais distantes, como esta a seguir.

 

Fotografia tirada pelo Astrônomo Luís Guilherme Haun de um celular.

 

No fim deste mês, em 28 de setembro, teremos outra configuração interessante. A Lua ficará próxima ao planeta Júpiter, desta vez de madrugada – a partir das 2h. Neste dia deve-se olhar para o lado do nascer do Sol. Veja uma simulação de como estará o céu às 3h, com os dois astros citados e, acima deles, a constelação de Órion com as Três Marias. Sirius, a estrela mais brilhante do céu noturno, está à direita desta imagem (seguindo as Três Marias) na constelação do Cão Maior, e a estrela avermelhada à esquerda (neste mesmo alinhamento) é Aldebaran, na constelação do Touro.

 

Crédito: The Sky

 

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Um planeta fervendo

 

Os cientistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, descobriram um planeta que orbita a cada 8h30min ao redor de uma estrela a 700 anos-luz de distância. Isso significa que ele está muito próximo dessa estrela: algo em torno de 1/40 vezes a distância de Mercúrio ao Sol, ou seja, aproximadamente um milhão e meio de quilômetros.

 

O planeta em questão, chamado de Kepler 78b, tem uma temperatura na superfície estimada em 3.000 graus, devido à grande proximidade com a estrela. Portanto, sua superfície deve ser um grande “mar” de rocha derretida (algo como a lava de um vulcão).

 

Seu tamanho é comparável ao da Terra. Mas o que mais animou os cientistas foi que conseguiram “ver” a luz refletida pelo planeta em questão. Na maioria das vezes consegue-se detectar uma pequena diminuição no brilho da luz da estrela quando o planeta passa na sua frente (fenômeno conhecido como trânsito). E, conseguindo identificar a luz refletida pelo planeta, podemos saber a sua composição.

 

Outra conquista importante é que, por estar próximo à estrela, o efeito gravitacional do planeta sobre ela poderá ser medido e, com isso, podemos calcular a massa do planeta. Este poderá ser o primeiro planeta com tamanho comparável com a Terra a ter sua massa definida.

 

Vamos ficar atentos, pois este mesmo grupo já conseguiu observar outro planeta mais próximo ainda de uma estrela. E isso é só o começo, pois a base de dados dos cientistas é de 150.000 estrelas e apenas do telescópio Kepler.

 

 

 

 

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O celular e o céu

Olhar para o céu está cada vez mais difícil para as pessoas que vivem nas grandes cidades por causa da poluição luminosa e atmosférica.

O que você diria, então, de tirar fotos dos astros? Somente aqueles aficionados em Astronomia, com câmeras poderosas e telescópios, é que se aventuram nesta atividade?

Se o objetivo é tirar fotos como aquelas que vemos nos livros e na internet realmente são necessários equipamentos e técnicas mais sofisticados. Mas se você tiver uma câmera ou um celular com mais recursos poderá tentar. Talvez você se surpreenda com o resultado.

Estou falando isso porque, apesar de astrônomo profissional, comecei a pesquisar o que uma pessoa comum poderia conseguir com um celular. Isso mesmo! Meu celular tem uma boa câmera, com 12 mega pixels e lente Zeiss. Além disso, comprei umas lentes sobressalentes que melhoram o alcance e dão alguns efeitos.

Comecei fazendo fotos da Lua apenas apontando meu celular para ela. O resultado ainda não é o ideal, mas promete. A primeira imagem mostra que a Lua está em fase (21%) e os três objetos próximos, fazendo um triângulo, são: a estrela Spica (a mais próxima da Lua); Saturno (à direita); e Marte (em cima).

 

Na segunda imagem utilizei o zoom da câmera junto com uma das lentes sobressalentes, que também tem zoom. Aumentei em quatro vezes o tamanho natural da câmera. A Lua também estava com 21% de fase, que aqui fica bem evidente.

Depois acoplei a câmera à ocular de um telescópio do Planetário, as imagens ficaram bem melhores. Podemos ver detalhes da Lua, como crateras e sombras nas mesmas, além dos mares que são mais escuros.

Comecei recentemente a me aventurar em conseguir uma boa imagem de Saturno, com a câmera acoplada ao telescópio. Até que não está mal, não é? Podemos ver os anéis de Saturno.

O problema maior que encontrei é a estabilidade da câmera. É difícil mantê-la parada e ter uma boa nitidez. A cada quatro tentativas de fotografar, apenas uma deu um resultado satisfatório. E você? Não se anima? Vou continuar neste desafio. E, se você quiser nos enviar alguma foto será bem-vindo!

Aproveite o dia de Observação do Céu aqui no Planetário para admirar o céu e os objetos celestes. Fique por dentro das novidades da Astronomia e do Planetário curtindo nossa fanpage no Facebook, e seguindo o Twitter e o Twitter Infantil.

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O Planetário mais antigo… em funcionamento!

 

O Planetário do Rio de Janeiro completará, neste ano de 2013, 43 anos de funcionamento. Hoje somos um dos poucos planetários do mundo com duas cúpulas, situado na Gávea, bairro da Cidade do Rio de Janeiro: uma com 12,5 metros de diâmetro e outra com 23 metros. São equipamentos distintos. Na cúpula menor (Galileu Galilei) temos um conjunto de projetores digitais que projeta imagens em full dome. Na cúpula maior (Carl Sagan) contamos com um projetor que utiliza a tecnologia de fibra ótica. Ainda possuímos, em Santa Cruz, outra cúpula (D. Pedro II), com 12 metros de diâmetro, outro equipamento de projeção das estrelas, através de projetores de vídeo, similar ao da cúpula Galileu Galilei.

 

Mas a história dos planetários começa bem antes da inauguração do Planetário da Gávea em 1970. A ideia da construção de um planetário surgiu há muito tempo, com o intuito de reproduzir os movimentos dos planetas ao redor do Sol. Com o passar dos tempos eles foram ficando mais sofisticados, até que, no início dos anos 1900, globos gigantes foram construídos com estrelas representadas e o Sol em movimento.

 

Um planetário mais moderno, simulando os movimentos dos astros através de lâmpadas, surgiu por volta de 1912. A firma do alemão Carl Zeiss investiu nesta ideia e em 1925 inaugurou o primeiro planetário com esta tecnologia, no Deutsche Museum, em Munique. A 2ª Guerra Mundial destruiu o museu e o Planetário foi fechado. O projetor foi salvo e só voltou a ser instalado em 1951.

 

Mas, em 18 de julho de 1926, foi inaugurado o planetário de Jena (cidade alemã) que continua em funcionamento até hoje. É claro que o projetor foi trocado por outros mais modernos ao longo dos anos. Hoje ele está na quinta geração, com a mesma tecnologia utilizada em nossa cúpula Carl Sagan acrescida da tecnologia full dome.

 

 

Novos planetários surgirão pelo mundo, cada vez mais realistas, levando ao público as maravilhas do universo e informando as principais descobertas feitas pelos astrônomos. A tecnologia já possuímos e os profissionais estão a postos. Só precisamos de vocês para participarem dessas conquistas emocionantes e educativas que um planetário pode proporcionar. Aguardamos a sua visita!

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Três Anos de Imagens do Sol

Por Luís Guilherme Haun – Astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro

 

Desde a antiguidade, o homem percebeu a importância do Sol na sua vida. Ele regula o ciclo da vida. Sem ele não estaríamos aqui. Os antigos perceberam também que ele podia ser um excelente guia para acompanhar as estações do ano e, como consequência, permitiu o domínio da agricultura. Com este “poder” o homem se desenvolveu.

Hoje o Sol perdeu um pouco o seu “glamour”. Mas a sua importância para a vida na Terra continua sendo fundamental. E os cientistas não pararam de estudá-lo. Ao contrário. Cada vez mais estamos tentando compreendê-lo para tirar proveito de sua energia limpa e nos proteger de algum malefício que ele possa nos trazer, como erupções e radiações nocivas.

E nesta semana foi divulgado pela NASA (a agência espacial norte-americana) um vídeo com imagens captadas do Sol, durante os últimos três anos. Elas foram feitas pelo SDO (Observatório Solar Dinâmico), desde o início de sua operação, em 2010, com duas imagens por dia.

Neste vídeo podem ser vistos no Sol vários fenômenos (manchas solares, flares e coroa solar) e em diferentes comprimentos de onda (ultravioleta, visível,…).

Selecionei algumas imagens estáticas, destacando os principais fenômenos capturados pelo observatório. Nas duas primeiras vemos dois eclipses parciais (a Lua, em preto passando na frente do Sol); na terceira imagem temos o trânsito de Vênus (uma pequena bola preta na parte superior do Sol); e, claro, muitas erupções (na quarta imagem, com a maior erupção observada nestes três anos à direita). Na quinta imagem temos o Sol no visível para comparação: o que está em preto são as manchas solares, visíveis em clarões nas demais imagens.

 

 

 

 

 

O vídeo completo está na página da NASA.

 

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Asteroide à vista!

 

Por Luís Guilherme Haun – Astrônomo da Fundação Planetário do Rio de Janeiro

 

Fique calmo. Não estou me referindo à queda de algum asteroide na Terra. A NASA, a agência espacial norte-americana, tentará rebocar um asteroide e colocá-lo em uma órbita próxima à da Lua já em 2017, se os recursos necessários forem liberados, claro.

Mas para quê? Não seria perigoso trazermos um objeto desses, que sempre está na mídia levando terror aos humanos, para perto de nós? Neste caso não.

A ideia aqui é enviar uma nave não tripulada até o asteroide em questão e trazê-lo para próximo da Terra, em uma órbita segura, que não traga risco de colisão com o nosso planeta. Uma vez lá poderemos explorá-lo, extrair seus minérios. Além disso, ele servirá para testes de futuras missões tripuladas a outros asteroides ou até a planetas. A primeira missão deste tipo está sendo cogitada para o ano de 2020.

O asteroide ideal teria em torno de 500 toneladas e alguns metros de diâmetro. Ele seria colocado em uma posição estável gravitacionalmente (um dos pontos estáveis em relação à Terra e à Lua, conhecido como ponto lagrangiano). Seria o primeiro passo para a instalação de um posto avançado para viagens mais longas e arriscadas, como Marte, por exemplo. Os minerais extraídos do asteroide poderiam suprir a estação lá estabelecida.

Além disso, a importância na captura de um asteroide, e seu deslocamento, está na tecnologia que poderemos adquirir para evitar o choque destes objetos com a Terra. Sabendo mais sobre estes objetos e conseguindo enviar missões para desviar a sua rota, ou mesmo para capturar os menores, estaremos garantindo mais tempo de vida na Terra.

Se tudo der certo, estaremos modificando o céu. Um passo grandioso para estes pequenos seres que habitam este pequeno planeta chamado Terra!