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Coluna do Astrônomo

Água em Marte

Notícia recente: Confirmados indícios de água líquida em Marte. Apesar de ser água subterrânea muito salgada e fria, a notícia tem uma importância enorme. Acompanhado de outros indícios, a possibilidade de existência de vida ganha um grande reforço.

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100 Anos do Nascimento de Arthur C. Clarke

Apesar de mais famoso por sua participação fundamental no filme de Stanley Kubrik – 2001, Uma Odisseia no Espaço (1968), o escritor Arthur C. Clarke tem uma obra riquíssima. Clarke escreveu dezenas de livros, contos e artigos em áreas desde a ciência aplicada, passando pela divulgação científíca e aportando na ficção científica. Junto com Isaac Asimov e Ray Bradbury, Clarke formou o que foi conhecido com o ABC da era dourada de ficção científica.

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Cometa com Composição Semelhante a do Halley é Destruído em Anã Branca

A anã branca WD 1425+540 faz parte de um sistema duplo, e está a cerca de 170 anos-luz da Terra, na constelação de Boötes, ou Boieiro. Um grupo de astrônomos observou rastros de um cometa que foi destruído por ela, sendo essa a primeira observação de um desses objetos em órbita de uma anã branca.

O cometa tinha composição química semelhante a do famoso cometa Halley, que é observado facilmente da Terra a cada 76 anos, aproximadamente. Apesar da semelhança química, o cometa destruído era 100 mil vezes mais massivo que o Halley e tinha duas vezes sua proporção de água, em relação ao material rochoso.

O Halley pertence ao Sistema Solar, gira em torno do Sol, e não tem nada a ver com a WD 1425+540. Mas observar a química semelhante confirma a ideia de que as condições que deram origem à vida por aqui devem se repetir abundantemente pelo Universo: análise espectral revelou que o cometa era rico em elementos essenciais à vida, como carbono, oxigênio, enxofre e nitrogênio. Também foram observados cálcio, magnésio e hidrogênio.

Essa foi também a primeira vez que se observou nitrogênio em material caindo em uma anã branca. Um dos autores do trabalho, Siyi Xu, do European Southern Observatory, disse:

“Nitrogênio é um elemento muito importante para vida como a conhecemos. Esse objeto em particular é bastante rico em nitrogênio, mais que qualquer outro objeto observado em nosso Sistema Solar.”

Me chamou a atenção nessa declaração de Siyi Xu o fato dele mencionar delicadamente que só podemos falar sobre a química necessária para vida como a conhecemos. Entendo isso como o reconhecimento, muito correto, da possibilidade de existência de vida cuja natureza química desconheçamos.

A observação nos traz também questões sobre a mecânica e a estrutura do sistema como um todo. Esse foi o primeiro cometa observado em uma anã branca, mas não o primeiro objeto. Existem várias observações de corpos rochosos, do tipo de asteroides – sem gelo -, orbitando anãs brancas, o que sugere a existência de uma estrutura semelhante ao Cinturão de Kuiper no Sistema Solar: em regiões distantes do centro, um cinturão de objetos sólidos, pequenos e gelados. Esses objetos gelados aparentemente sobreviveram à evolução da estrela, originalmente semelhante ao Sol, que depois virou uma gigante vermelha e colapsou em uma pequena e densa anã branca.

E o grupo de astrônomos especula ainda sobre o quê poderia ter tirado o cometa de sua órbita original, distante, e levá-lo até a colisão. Isso pode ter acontecido devido à influência gravitacional de planetas ainda não observados que estariam ali orbitando a anã branca; ou à influência causada pela companheira da anã branca nesse cinturão, fazendo com que o cometa viajasse em direção à região central do sistema. O mais provável é que tenha havido uma combinação desses dois fatores.

Essa observação nos lembra também que estudar coisas aqui perto nos leva a compreender coisas distantes. Já que a química de outros sistemas é semelhante à química daqui, compreendendo a química do Sistema Solar, estaremos aptos a especular algumas coisas sobre planetas que se formaram lá e detectar sistemas mais prováveis de abrigar vida. Como conhecemos, claro.

 

Concepção artística representando um cometa massivo caindo em uma anã branca e a estrutura de planetas e um cinturão de pequenos objetos que se supõe existir em WD 1425+540 (Imagem: HST)
Concepção artística representando um cometa massivo caindo em uma anã branca e a estrutura de planetas e um cinturão de pequenos objetos que se supõe existir em WD 1425+540 (Imagem: HST)

Leia Mais:

Comunicado do HST (em inglês): http://www.spacetelescope.org/news/heic1703/

 

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Primeira detecção de metanol num disco de formação planetária

Um grupo de astrônomos, utilizando telescópios do observatório ALMA (Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array), observou a presença de metanol em forma gasosa (CH3OH) no disco onde planetas estão se formando ao redor da estrela TW Hydrae, na constelação da Hydra. O metanol é uma molécula orgânica complexa, uma das maiores já observadas em discos protoplanetários, e encontrá-lo significa um passo adiante no caminho de compreender como esses componentes fundamentais da vida participam no processo de formação de um sistema planetário. Moléculas orgânicas contêm em sua estrutura carbono, hidrogênio e, normalmente, átomos característicos como oxigênio, nitrogênio, enxofre e outros. A vida como conhecemos possui uma química fundamental baseada nas moléculas orgânicas, portanto, encontrá-las no espaço é motivo de festa para quem acredita em vida extraterrestre.

A estrela TW Hydrae é extremamente jovem e ainda possui ao seu redor o disco de gás e poeira onde se formarão planetas, cometas, asteroides. Como está a apenas 170 anos-luz de nós, ela é um excelente objeto desse tipo para ser estudado, nos permitindo ver algo muito semelhante ao Sistema Solar em seu estágio inicial. Os anéis escuros da imagem abaixo mostram regiões onde planetas estão efetivamente sendo formados e limpando o material em sua órbita.

Imagem obtida pelo ALMA de TW Hydrae e seu disco protoplanetário (Fonte: ESO)
Imagem obtida pelo ALMA de TW Hydrae e seu disco protoplanetário (Fonte: ESO)

Os astrônomos observaram uma maior concentração do metanol entre 30 e 100 unidades astronômicas da estrela. Como o metanol é um composto orgânico complexo formado no gelo da superfície de grãos de poeira, sua observação em estado gasoso a essa distância do centro indica que há migração de grãos de regiões mais frias para regiões mais internas do sistema, onde ocorre a transição gelo-gás do metanol. Isso já era esperado pelos modelos de formação planetária.

Um dos autores do trabalho, Ryan A. Loomis, disse que “a existência de metanol gasoso no disco é um indicador inequívoco de processos químicos orgânicos ricos numa fase inicial de formação estelar e planetária. Este resultado é importante no sentido de compreendermos como é que a matéria orgânica se acumula em sistemas planetários muito jovens”. Cada vez mais, a noção de que vida é algo comum e abundante no Universo se torna mais e mais evidente.

 

Leia mais no site do ESO:
Conteúdo em inglês: https://www.eso.org/public/news/eso1619/
Conteúdo em português: https://www.eso.org/public/brazil/news/eso1619/
Saiba o que é Unidade Astronômica: http://astronomia.blog.br/unidade-astronomica/

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Os cometas e a vida

Há muito se suspeita que os cometas podem ter uma participação muito importante para o início da vida na Terra. Mas até agora isso não passava de suposição, apesar de ser bem forte ultimamente. Com novas missões, chegando até alguns cometas que se aproximam do nosso planeta, alguns mistérios começam a ser desvendados.

Em 2004, a sonda Stardust detetou a presença de glicina (fundamental para a formação de proteínas) e outros aminoácidos quando estudava o cometa Wild 2, mas os cientistas suspeitaram que as amostras foram contaminadas durante as análises nos laboratórios.

Agora, mais uma vez a glicina foi encontrada, e, desta vez, pela sonda Rosetta que estuda o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A glicina pode ser formada sem a presença de água no estado líquido. Além da glicina, foram encontrados também fósforo (importante para a formação do DNA), apesar de não sabermos a sua origem, e moléculas orgânicas. Em um comenta, essa é a primeira vez que se confirma a presença de ingredientes fundamentais para a vida.

Essas descobertas nos ajudam a entender como a vida pode ter surgido na Terra. Os cometas possivelmente trouxeram os elementos fundamentais para o desenvolvimento da vida em nosso planeta, há bilhões ou milhões de anos, quando ela ainda estava em formação, em uma época em que choques de cometas com uma Terra primitiva eram frequentes.

O quebra-cabeça está se completando…

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Grande descoberta em Marte

 

Desde o fim de semana passado, quando a Agência Espacial Norte Americana (NASA) anunciou que faria um comunicado sobre  uma grande descoberta em Marte, várias pessoas especulavam o que seria. Surgiram as mais diferentes teorias: a descoberta de vida extraterrestre, uma base alienígena, egípcios marcianos (para compensar os incas venusianos) e a presença de água líquida na superfície.

Ontem, 28 de setembro de 2015, por volta de 12h30min, no horário de Brasília, terminou este mistério. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia, sob a coordenação de Lujendra Ojha, utilizando equipamentos a bordo do MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), confirmaram a presença de indícios de água extremamente salgada descendo pela encosta de uma cratera do planeta vermelho.

Conhecidas como linhas de encostas recorrentes, estas marcas de pouco menos de cinco metros de largura sempre intrigaram os pesquisadores que estudam Marte. De acordo com o pesquisador, os sais são formados na presença de água que pode ser encontrado na superfície e um pouco abaixo desta, fazendo com que as linhas sejam observadas durante as estações mais quentes do planeta e desapareçam durante os períodos mais frios.

Isto era esperado, uma vez que a presença de sais faz com que a temperatura de congelamento da água seja menor do que a da água pura, possibilitando encontrar-se no estado líquido. O leitor desavisado poderia pensar que estes sais seriam como a de nossas casas (cloreto de sódio), porém são os sais, cloreto de magnésio, perclorato de magnésio e perclorato de sódio.

Os pesquisadores ainda não sabem qual a origem desta água. Uma hipótese bem aceita seria a de derretimento de gelo superficial e de pouco abaixo da superfície. Provavelmente, o planeta vermelho, muito tempo atrás, teria uma atmosfera muito diferente da atual e possuía uma quantidade enorme de água na superfície, mas alguma coisa aconteceu (muitos acreditam em uma colisão com algum objeto) e perdeu parte significativa de sua atmosfera e, com isso, a pressão atmosférica na superfície tornou-se muito baixa, fazendo com que temperatura de ebulição (evaporação da água) fosse tão baixa que a água superficial evaporasse.

A vida como conhecemos necessita de água para sobreviver e a presença desta pode sugerir a existência de algum tipo de micoorganismo vivo. Nos dias atuais, a busca de vida em qualquer local, seja nos planetas e luas do Sistema Solar ou em planetas extrassolares, passa inicialmente pela busca de sinais de água e, com esta descoberta, a procura será mais intensa em Marte.

 

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Vida Fora da Terra II – A missão

 

Dando continuidade ao assunto sobre a busca de vida extraterrestre pelo telescópio espacial James Webb, que será lançado em 2018, através de detecção de gases, encontrei, graças ao Salvador Nogueira (do blog Mensageiro Sideral da Folha de São Paulo), um artigo muito interessante de pesquisadores do Cambridge College e do Harvard-Smithsonian Center of Astrophysics sobre a possibilidade de utilização de elementos poluidores na atmosfera de planetas habitados.

O artigo chama-se: Detecting Industrial Pollution in the Atmosphere of Earth-Like Exoplanets, que em uma tradução livre fica: Detecção de poluição industrial na atmosfera de exoplanetas do tipo terrestre. Os autores iniciam o artigo falando sobre o projeto SETI de busca de vida extraterrestre através de sinais emitidos por civilizações alienígenas e a complementação com o telescópio espacial na busca de elementos químicos denominados biomarcadores, como o oxigênio molecular, que poderia indicar processos biológicos no planeta.

A inovação deste artigo está no fato que ele sugere a possibilidade de estudar a concentração da poluição atmosférica como potencial biomarcador. Além disto, os autores propõem essa pesquisa ao redor de estrelas anãs brancas. Este tipo estelar é consequência da evolução de estrelas que nasceram com pouca massa (com até 10 massas solares), e possuem um diâmetro próximo ao do nosso planeta e uma temperatura de aproximadamente 30.000 graus. Esta temperatura diminui gradualmente com o passar do tempo, podendo chegar, após alguns bilhões de anos, à temperatura superficial semelhante ao do Sol, cerca de 6.000K.

De acordo com os autores, a possibilidade de encontrar planetas habitados transitando na frente da anã branca com temperatura típica do Sol é muito grande, pois a zona de habitabilidade da estrela encontra-se apenas a 0,01 unidade astronômica (UA = distância média da Terra ao Sol, cerca de 150 milhões de quilômetros). Com esta temperatura, pode-se supor que a anã branca tenha um espectro semelhante ao Sol, possibilitando a formação de uma atmosfera como a do nosso planeta. Devido à proximidade entre a estrela e o planeta, o estudo da atmosfera é muito facilitado pela grande possibilidade de observação de um trânsito e, com isto, o contraste com a atmosfera do planeta.

Por mais incrível que possa parecer, referências encontradas no artigo mostram a possibilidade de formação e migração de exoplanetas ao redor de estrelas evoluídas, como anãs brancas e gigantes vermelhas.

Voltando aos agentes poluidores biomarcadores, os autores sugerem, após uma análise de vários poluentes, que se use o CFC-14 e o CFC-11 como os alvos a serem buscados. Eles são os melhores elementos porque, além de terem um tempo de vida que varia de 10 a 10.000 anos, suas emissões estão na faixa observável do telescópio espacial. Devido à dificuldade de produção espontânea por outros processos químicos, a presença destes gases serve como um grande indicativo de poluição provocada por algum tipo de população industrializada.

A possibilidade de existência de vida industrializada foi discutida, em uma conversa informal, entre alguns astrônomos da Fundação Planetário faz algum tempo. Lembro-me que na época não tínhamos aventado a possibilidade de observar estrelas anãs brancas, mas discutimos algumas dificuldades como:

1. A suposição de que estaríamos procurando formas de vida semelhante a nossa, restringindo muito qualquer outra hipótese;

2. O grau de industrialização deveria ser parecido e com a produção de materiais similares;

3. A não preocupação com o meio ambiente ou a possibilidade de um aquecimento global e destruição de elementos atmosféricos;

4. E, principalmente, um aspecto que não vou entrar em discussão que é a pergunta: O que é vida? Qual a sua definição?

 

Esperamos que este novo método proposto para a busca de vida extraterrestre possa ajudar a responder à questão de sua existência ou não. Alguns questionamentos e críticas ao trabalho ainda aparecerão, mas a ciência é feita de erros e acertos, sendo de competência dos cientistas a identificação de ambos e a evolução gradual do conhecimento.

 

 
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Planeta Azul

 

Desde 12 de abril de 1961, como muitos acreditam, erroneamente, que o cosmonauta Yuri Gagarin tenha dito ─ A Terra é azul! ─, o imaginário popular concebe que um planeta habitável deve ter esta cor. Isto até pode ser verdade, mas, até agora, não temos nenhum planeta candidato, na zona de habitabilidade de uma estrela, com estas características. 

No dia 11 de julho de 2013, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) comunicou a descoberta da cor real de um exoplaneta pela primeira vez. Obtida pelo Telescópio Espacial Hubble, o planeta HD189733b encontra-se a 63 anos-luz de distância, sendo um dos mais próximos onde é possível observar o seu trânsito. 

Segundo Frederic Pont, da Universidade Exeter, na Inglaterra, ao observar todas as fases de uma ocultação do planeta por sua estrela, notou-se uma alteração na cor azul durante o fenômeno, ou seja, quando o planeta encontrava-se eclipsado pela estrela, ocorreu uma diminuição significativa da cor azul, evidenciando a cor do planeta, enquanto as cores verde e vermelho mantiveram-se inalteradas.

O planeta HD189733b encontra-se muito próximo de sua estrela, apenas 4,7 milhões de quilômetros, fazendo com que o planeta não apresente rotação devido a interações gravitacionais, semelhante ao fenômeno observado em nossa Lua: um dos lados está sempre apontado para a Terra. No caso do planeta, apenas um dos lados fica iluminado enquanto o outro encontra-se em completa escuridão.

A temperatura do lado iluminado é de aproximadamente 1.100ºC com a ocorrência de chuvas de vidro. Isto mesmo! Vidros! A combinação do calor associado ao fato das nuvens serem saturadas de silicatos faz com que sejam criadas gotas de vidro que caem como chuvas na superfície do planeta. A luz ao passar pelas gotículas de vidro é dispersada, privilegiando a luz azul na atmosfera em detrimento da vermelha, dando a cor azulada ao planeta. 

Em 2007, foi possível obter o primeiro mapa de temperaturas em infravermelho para este planeta, produzido pelo telescópio Spitzer. A diferença entre o lado iluminado e o lado escuro é de cerca de 260ºC. Esta diferença de temperatura causa ventos de até 7.000km/h que produzem silvos na atmosfera. 

Todas estas características inóspitas, aliada ao fato desse planeta estar classificado como do tipo Júpiter quente, ou seja, planeta gigante gasoso muito próximo da estrela central, eliminam qualquer chance de podermos habitar este mundo. Continuemos nossas buscas!

 

 

 

 

 

 

 

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À procura de novos mundos

“A C.B.S. interrompe seu programa para anunciar aos ouvintes que um meteoro de grandes dimensões caiu em Grovers Hill, no Estado de Nova Jersey, a algumas milhas de Nova York”. Marcianos haviam invadido a Terra. O pânico estava instalado: pessoas se despediam dos familiares por telefone, rezavam e choravam. Ambulâncias e polícia foram acionadas. Ninguém sabia o que fazer para se defender de uma destruição em massa. O fim dos tempos estava chegando!

Esse caos todo ocorreu em 30 de outubro de 1938. Foi uma brilhante interpretação de um clássico da literatura de H. G. Wells transformado em uma novela radiofônica sobre uma invasão alienígena e que levou pânico à população norte-americana. Sons de tiros e pessoas gritando deram à encenação um tom de realismo incrível.
Ainda não temos certeza se Marte possui vida, mas se ela se mostrar presente será na forma microscópica. Mas a procura por seres alienígenas (aqui falo de seres inteligentes) sempre ocupou o imaginário popular e o científico. No campo da ficção, vários filmes foram feitos a respeito. Já a ciência, especificamente a Astronomia, empenha esforços na procura de planetas iguais à Terra e até sinais de vida, através do projeto SETI.

O primeiro pronunciamento da descoberta de um planeta extrassolar foi feito em 1989. O planeta estaria orbitando uma estrela de nêutrons! Já em 1995, astrônomos europeus detectaram, ao redor de uma estrela da sequência principal – 51 Pegasus, um planeta, o que animou toda a comunidade científica. Desde então, já foram descobertos  cerca de 500 planetas orbitando outras estrelas que não o Sol (ver em http://exoplanet.eu/). A grande maioria deles são gigantes, comparados ao tamanho e à massa de Júpiter e de Saturno. Poucos possuem massa mais próxima da Terra (o menor com três ou quatro vezes a massa dela foi descoberto neste ano, 2010) e começaram a ser revelados há pouco tempo, a partir do ano de 2004.

É difícil ver um planeta diretamente, ou seja, fotografado ou observado por algum telescópio. Isso se deve a dois fatores principalmente. Primeiro, os planetas estão muito próximos da estrela para serem separados angularmente por qualquer instrumento de observação. O segundo fator é que os planetas são objetos muito pequenos, não têm luz própria e refletem pouca luz. Isso faz com que a estrela ofusque com seu brilho a tênue imagem dos planetas.

Então surge uma dúvida: como saber da existência destes pequenos mundos? Nossa tecnologia ainda não é suficiente para observá-los diretamente, mas a ciência avança a passos largos. Atualmente, temos algumas maneiras de descobrir planetas extrassolares: velocidade radial, trânsito, microlentes gravitacionais, imagem direta, pulsar, disco de poeira e astrometria.
Nos próximos artigos, falarei mais detalhadamente destes métodos e seus resultados.

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Quantidades, distâncias, vida no Universo e visitantes

Muitas pessoas, principalmente durante a visita escolar ao Planetário, me perguntam sobre vida fora da Terra, ou, como eles dizem, ETs. Eu costumo responder fazendo uma análise sobre algumas condições do Universo e deixando a conclusão para a própria pessoa.

Bom, vamos ponderar sobre este assunto um pouquinho aqui também. Costumo começar analisando o céu durante a noite. Excluindo três galáxias (Andrômeda, a Pequena e a Grande Nuvem de Magalhães), tudo o que observamos a olho nu pertence a nossa galáxia, a Via Láctea. Numa noite limpa em um lugar sem poluição luminosa, podemos ver até 6.000 astros. Esse número de estrelas, que parece grande, não é nada se compararmos com a estimativa da galáxia inteira que é de 200 bilhões de estrelas!

Saindo da nossa galáxia, encontramos outras galáxias e as estimativas nos dizem que podem existir outros 200 bilhões de galáxias no Universo! Algumas com até trilhões de estrelas. Chegamos à conclusão, então, de que no Universo existem muitas estrelas!

Com o desenvolvimento de telescópios mais modernos e ultrassensíveis, estamos descobrindo muitos planetas ao redor de estrelas. Este número já está em 488 planetas ao redor de outras estrelas (até a data desta postagem). E só estamos falando de estrelas relativamente próximas do nosso Sistema Solar. O que parecia exceção, agora parece regra: planetas orbitando estrelas.

Conhecendo esses dados, não é difícil de se acreditar que exista algum planeta, dessas aparentemente infinitas estrelas, que apresente condições para a vida se desenvolver. Mesmo tendo a Terra características muito específicas e peculiares para isso acontecer.
Agora, a meu ver, ter vida em outro lugar não significa que alguém ou alguma coisa já tenha vindo até a Terra e nem que ela seja tão desenvolvida e complexa como os seres humanos. Explico meu ponto de vista: os números não são grandes apenas para a quantidade de estrelas e galáxias, mas também são enormes para as distâncias.

O local mais distante em que o homem pôs os pés fora da Terra foi a Lua, que está a mais ou menos 380 mil quilômetros. O Sol já se encontra a uma distância considerável, 150 milhões de quilômetros.
Considerável para os nossos padrões, mas se formos comparar com a estrela mais próxima do Sistema Solar, a Alfa do Centauro (na verdade, um sistema com três estrelas), a distância Sol-Terra se torna insignificante, são 4,4 anos-luz, ou seja, quase 44 trilhões de quilômetros!

Do centro da nossa galáxia estamos distantes aproximadamente 26 mil anos-luz (em quilômetros já fica impossível, por favor). E a nossa galáxia inteira tem 100 mil anos-luz de diâmetro.
Saindo da nossa galáxia, temos a galáxia de Andrômeda, por exemplo, como uma das “vizinhas” mais próximas, dois milhões de anos-luz. E aí, vale a pena parar para refletir. A luz das estrelas dessa galáxia (visível a olho nu, diga-se de passagem) demora dois milhões de anos para chegar até a Terra! A velocidade da luz é de 300 mil km/s! E nós sabemos, pelas Leis da Física, que nada pode viajar acima desta velocidade. (Nem falar das galáxias mais distantes: 12 bilhões de anos-luz.)

É aí que eu acho que viajantes espaciais são tão impotentes como nós, mesmo se forem mais evoluídos. Como percorrer todas essas distâncias tendo as Leis da Física vigorando em todos os lugares no Universo? Mesmo viajando próximo da velocidade da luz, demoraríamos muito de uma estrela a outra. Até existem algumas teorias que dizem ser possível viajar de um ponto a outro no Universo rapidamente, como as que falam dos “buracos de minhoca”, mas mesmo assim nada leva a crer que alguém resistiria a uma viagem dessas. Além deste ponto, estaríamos no ramo da ficção científica.

Apesar de alguns relatos de aparecimentos de OVNIs, não acredito que a única explicação seja a de serem seres extraterrestes e, mesmo assim, realizarem uma viagem desta magnitude para chupar uma cabra no interior de sei lá onde. Deve haver coisas mais interessantes que isso depois de uma viagem dessas. Brincadeiras à parte, estamos vivendo em uma época em que quase todo mundo tem um máquina digital em casa ou no bolso, e não vemos mais tantos relatos de OVNIs como antigamente.
A verdade deve estar lá fora mesmo, só que longe pra caramba!  

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