Novas constelações chegaram! Estamos quase chegando ao fim. São 12 no total!
Uma das constelações é muito estranha. Você já viu um animal meio cabra, meio peixe? É a constelação do Capricórnio!
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Textos dos Astrônomos do Planetário sobre Astronomia, Ciências afins e cultura.
Novas constelações chegaram! Estamos quase chegando ao fim. São 12 no total!
Uma das constelações é muito estranha. Você já viu um animal meio cabra, meio peixe? É a constelação do Capricórnio!
Seguem mais três constelações zodiacais.
Não se esqueça que você pode colorir, pedir para um adulto furar as estrelas e observar com uma lanterna ou olhar para algo claro. As estrelas parecerão brilhar!
Parte 1
O céu inteiro está dividido em constelações. São 88 no total.
Algumas delas são bem conhecidas: as constelações do Zodíaco. Aqui vamos mostrar em partes, três de cada vez. Mais para a frente vamos falar um pouco de cada uma. Você vai fazendo uma coleção. Basta imprimir, recortar como indicado, pedir para um adulto furar nas estrelas e, se você quiser, pode colorir.
Ah, sim! Depois de furada, aponte para a luz e você verá as estrelas brilhando! Também pode pegar uma lanterna e, em um quarto escuro, projetar as estrelas em uma parede. É bem legal!
O maior planeta do Sistema Solar é Júpiter. Dentro dele cabem mais de 1.000 planetas iguais à Terra! Se a Terra fosse uma uva, Júpiter seria do tamanho de uma bola de basquete. E você sabia que ele tem duas vezes mais massa que todos os outros planetas juntos?
Ele está distante do Sol cerca de 800 milhões de quilômetros. A essa distância ele demora 12 anos terrestres para completar uma volta ao redor do Sol (um ano de Júpiter). Mas o dia lá é bem curto: demora apenas 10 horas!
Assim como Saturno, Urano e Netuno, Júpiter tem anéis. Mas são difíceis de observar e só foram descobertos quando a nave Voyager passou por lá.
Sua temperatura média é de 110 abaixo de zero! Muuuito frio!
É o segundo planeta com o maior número de satélites do Sistema Solar. São 79! Por enquanto só perde para Saturno com 82 satélites.
Vamos ver se você consegue encontrar alguns destes satélites?
A Sorte dos Girinos (Quartet, 1999), de Carlos Eugênio Baptista (1960 – 2018), foi seu único romance. Ele foi mais conhecido por Patati, sendo roteirista e pesquisador de histórias em quadrinhos, um profundo conhecedor do campo, como abaixo podemos ver em seu blog.
O livro tem uma estrutura epistolar, baseando-se em cartas e diários para apresentar personagens e enredo, terminado em diários da personagem central, conforme a história finalmente alcança o tempo presente. Em 12 capítulos, os 10 primeiros são cartas de resposta a Janete, que procura por um certo Tadeu, entrando em contato com diversas pessoas para tal. Nas cartas, diversas pistas do que na verdade ocorre vão sendo apresentadas, enquanto muita nostalgia por parte dos remetentes é apresentada, envolvendo conhecidos em comum e alegres fatos de uma época, mesmo de uma cidade, que apesar de poucos anos antes, menos e menos se torna conhecida por seus habitantes. Nostalgia pura a princípio, é importante ressaltar que as cartas soam como se fossem realmente de pessoas diferentes, mudando o estilo a cada capítulo. Alguns mais formais, outros casuais, e pelo menos, um formatado em uma espécie de dialeto próximo, ou preferência pessoal. Ao longo de cada um, Tadeu vai sendo revelado, de mais um garoto, no meio da turma, que chegou meio que por último, até alguém único, inesquecível, adorado por todos, com uma ou outra excentricidade, que marcou as vidas de quem o conheceu.
O livro se passa em um Rio de Janeiro de 2040, onde enormes torres são construídas, descaracterizando velhos bairros e vizinhanças, e sendo habitadas apenas por estrangeiros vindos do hemisfério norte, como se nada fosse. Do garoto do passado curtido a esta inevitável mudança; temos intriga, tecnologia ilegal, ação e tiroteio, tribos urbanas e cultos esotéricos – o Rio 2040 de Patati é ainda uma cidade de beleza e do caos, cyberpunk cuja ambientação apenas lamentamos poder ver somente pistas e descrições indiretas (apenas os bairros da Ilha do Governador e de Fátima chegam a realmente participar, com menções ou passagens rápidas por alguns outros), janelas de ‘um lá fora’ que ocorre apenas quando evocado, em vez de uma explanação mais direta – melhor assim, por outro lado, pois sempre nos convida a preencher certas lacunas.
Apesar de tudo, é um livro com uma batida leve. A nostalgia, o carinho perdido, tudo isto ainda está conosco quando chega o clímax, as terríveis revelações e tudo o mais. E o estilo da narrativa, apesar de já àquela altura ser o de apenas da protagonista, ele próprio se transforma, mergulhando na poesia, apenas pelo apreciar da paisagem, reforça esta ideia – apesar de suspeitas minhas que a sanidade mental de Janete esteja por trás desta escolha. 😉
Mas ao contrário do que pode se esperar de uma obra cyberpunk, como já foi dito, tudo termina com uma aposta na esperança, no dever cumprido a recompensa, e que de alguma forma, assim como o Rio continua lindo, o Rio continua sendo, sempre haverá um amanhã bem-vindo, sempre um amor para continuar vivendo.
Luiz Felipe Vasques
07/11/2019
Originalmente em 6/08/2010
Links Externos:
Blog do Patati
Resenha original
A Lua é nosso satélite natural. Ela foi formada quando um grande astro colidiu com a Terra há cerca de 4,5 bilhões de anos. Ela não é só bonita de se ver no céu. Os objetos que deixaram marcas nela (as crateras) certamente cairiam na Terra e a Lua serviu como um escudo, protegendo nosso planeta destas trombadas cósmicas. A Lua também é responsável pelas marés, assim como o Sol.
Seis missões tripuladas já foram à Lua nos anos de 1969 a 1972. No total 12 astronautas pisaram no solo lunar, fizeram experiências, dirigiram jipes por lá e trouxeram cerca de 400 quilos de material lunar. Também deixaram lixo no nosso satélite. E logo, logo, voltaremos a pisar por lá.
Enquanto isso não acontece, que tal descobrir os absurdos que existem nesse desenho?
Alexei Arkhipovich Leonov nasceu em 30 de Maio de 1934 e faleceu dia 11 de Outubro último. Ele foi um piloto e general da antiga Força Aérea soviética, escritor, artista e cosmonauta.
É dele a primeira atividade extra-veicular, ou caminhada espacial: quando o cosmo/taiko/astronauta sai da segurança de sua nave e se expõe aos rigores do espaço, com seu traje espacial selado. Sem a tecnologia desenvolvida mais tarde que oferecia a possibilidade de propulsão, somente um cabo umbilical o conectava à cápsula Voskhod-2. Isso foi executado em 18 de março de 1965.
Nos 1960s, a ficção científica já era gênero estabelecido, e com a corrida espacial, era como se seus escritores antecipassem o futuro em alguns poucos anos: Gagarin havia ido ao espaço em 1957 e agora as duas superpotências competiam por feitos no espaço exterior. Até o fim da década, a Lua seria visitada e “2001 – Uma Odisseia no Espaço” estaria publicado e filmado, e a todos era óbvio que Marte seria alcançado pela Humanidade em coisa de dez anos, se tanto.
O gênero também se diversificava nessa década, com a entrada de temáticas ligadas às ciências humanas e sociais em campo. Em 1965, Phillip K. Dick tinha seu “Os Três Estigmas de Palmer Eldritch” publicado, Harry Harrison publicava a sátira à Guerra do Vietnã “Bill, o Herói Galáctico”, e um dos marcos do gênero como um todo, falando de política, religião e civilização também era lançado: “Duna”, de Frank Herbert. Era a entrada da “new wave” da FC, com temas indo além de extrapolações antecipadas por autores com afinidades nas Ciências Exatas.
As telas ainda nos davam “Viagem Fantástica”, “Fahrenheit 451” e “O Planeta dos Macacos”, entre muitos outros.
Leonov teve a experiência, sentiu a inspiração e deu vazão pela técnica: pintor auto-didata, ele foi um raro caso de criador de “arte espacial” tendo uma vivência em primeira mão. Quando subiu ao espaço, levava lápis e um caderno, retratando o que via pelas escotilhas. As pinturas que vemos ao longo da coluna de hoje são de suas obras.
Ele ainda contribuiu para a ficção científica ao co-escrever o roteiro do filme soviético “The Orion Loop” (1980), de Vasily Levin.
O próprio gênero lembrou-se dele: Arthur C. Clarke, ao escrever “2010 – Uma odisseia no espaço II” (1982), apresenta uma nave soviética que leva seu nome.
A similaridade de uma das imagens icônicas de “2001 – Uma Odisseia no Espaço” (1968) com um quadro seu (abaixo) não lhe escapou, obtendo Clarke um desenho autografado mais tarde.
Dez anos depois, em julho de 1975, Leonov esteve em uma missão orbital de grande importância, quando uma cápsula soviética Soyuz e uma americana Apollo se encontraram em órbita, e seus ocupantes confraternizaram, executando um símbolo pela paz nos tempos de guerra fria e lutando por outros sonhos e inspirações, não menos importantes.
Nada mal, para quem teve um início modesto pintando flores em fogões ajudando com a renda da família.
Luiz Felipe Vasques
14/10/19
Links Externos
Algumas de suas obras, a fonte das imagens de hoje:
Wiki (em inglês) sobre Leonov:
https://en.wikipedia.org/wiki/Alexei_Leonov
O céu está dividido em 88 constelações. As mais conhecidas são as constelações zodiacais. É por elas que nós vemos o Sol passar ao longo do ano. Doze delas você já deve ter ouvido falar, mas existe uma outra que poucas pessoas sabem.
Vamos testar o seu conhecimento nestas palavras cruzadas?
Nosso Universo é mesmo incrível! Bilhões de estrelas, só na nossa galáxia, a Via Láctea. E olhe que existem bilhões e bilhões de galáxias, cada uma com bilhões de estrelas! E quanto aos planetas? Só aqui perto de nós já descobrimos mais de 4.000 planetas. E continuamos descobrindo mais e mais.
Você sabe muito sobre o Universo? Então veja se consegue resolver essa palavra cruzada!
Dieselpunk é um sub-gênero dentro da Ficção Científica que se segue ao Steampunk, este focalizado na Era Vitoriana, a Revolução Industrial e seu impacto da tecnologia da época. Já o Dieselpunk atualiza a ideia, passando para o uso do petróleo e o motor a combustão, não mais carvão e suas caldeiras, como sendo a base da indústria, tudo em geral indo até a II Guerra Mundial. Dirigíveis, aviação, cinema mudo/em preto e branco, Belle Époque, as duas Guerras Mundiais, muito art deco, aviões à hélice – mas a nova era se anuncia, com mochilas-foguete e mesmo pistolas de raios: qualquer semelhança com o filme SkyCaptain and the World of Tomorrow não é mera coincidência.
Com 9 contos e quase 380 páginas, Dieselpunk – Arquivos confidenciais de uma bela época é um pequeno tijolo de literatura fantástica é uma “continuação temática” da coletânea steampunk da mesma Draco, em 2010, chamada Vaporpunk – Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades. Não li esta ainda, mas pelo resultado da Dieselpunk, fiquei realmente curioso para ler.
O nível das histórias é surpreendentemente… denso, para dizer o mínimo. Não se trata somente de literatura de entretenimento, como poderia se esperar, embora ação e aventura certamente estejam lá. Mas há, claramente, duas vertentes – em que nenhuma escolha pese para desmerecer uma ou outra, percebam, ou estancá-las de uma maneira binária: as histórias são ótimas –, uma puxando mais para o lado da ação e outra nem tanto. Um show à parte são as ambientações criadas para estas histórias, onde não só a tecnologia, mas a História e a sociedade divergiram bastante, também.
Modo geral, sem apontar dedos, parece-me que a tentação em mostrar ora a pesquisa feita, ora o trabalho de world-building, para que o leitor entenda e participe do tesão que foi montar estas histórias pode acabar por ameaçar o fruir do que é contado.
A Fúria do Escorpião Azul, de Carlos Orsi, abre o livro com uma história de ação e espionagem, com um protagonista-título nos moldes dos vingadores mascarados como o Sombra, Spyder, etc., que permeavam os folhetins americanos de 70-80 anos atrás. Passado em um Brasil onde a revolução comunista se deu, envolve pesquisas extra-sensoriais soviéticas e o sequestro de bebês… para fins inomináveis!
Grande G, de Tibor Moricz, fala sobre duas cidades imaginárias, uma movida a diesel e outra a vapor, em constante conflito, quase como imaginando as duas vertentes – steampunk e dieselpunk – dialogassem em maus termos.
Impávido Colosso, de Hugo Vera, conta uma história de guerra – tema inevitável para o gênero e o livro – entre Brasil e Argentina, com nuestros hermanos nos invadindo com exércitos de robôs teleguiados e nós resistindo com colossais robôs tripulados!
Cobra de Fogo, de Sid Castro, é dos meus favoritos. Em um mundo pós-Grande Guerra, os conflitos internacionais são mediados pela Liga das Nações, e resolvidos por corridas intercontinentais utilizando gigantescos veículos chamados locomotivas, capazes inclusive de voar à maneira dos ekroplanos. A história em si é sobre a disputa da Região Amazônica, reivindicada para ser uma área internacional pelos países, ponto contestado prontamente pelo Império Brasileiro. Cabe à tripulação da M’Boitata defender nossas cores. Eu não sei quanto aos demais leitores nem quanto ao autor, mas esta história de corrida intercontinental com carros estrambóticos e um pano de fundo político não me é mais nada senão que Speed Racer – e aqui, feita com carros-mamute! Sensacional! Destaque para o sombrio Primeiro-Ministro do Império, o Conde de São Borges… Getúlio Vargas.
O Dia em que Virgulino cortou o Rabo da Cobra Sem Fim com o Chuço Excomungado, de Octavio Aragão, aqui retrata um encontro que não houve na História: Virgulino Ferreira, mais conhecido como o rei do cangaço Lampião, e Luis Carlos Prestes, em plena marcha de sua Quinta Coluna. Estes dois e outros personagens históricos são apresentados, sendo que, até o encontro, pessoas e coisas estranhas acontecem, decidindo eventos que podem afetar o Brasil e o mundo.
O País da Aviação, do organizador da coletânea Gerson Lodi-Ribeiro, é mais um de seus escritos de História Alternativa, partindo do princípio desta vez que o engenheiro norte-americano Robert Fulton, ao contrário da vida real, consegue vender seu motor a vapor para Napoleão Bonaparte, inaugurando uma nova fase da Marinha francesa décadas antes do suposto, mudando o destino da decisiva batalha de Trafalgar. A Hegemonia Europeia se estabelece, e expande-se pelas Américas. O conto salta pelas décadas do processo (contado em datas da Revolução Francesa), e em dado momento mostra o encontro dos Pais da Aviação: os irmãos Wright, Santos Dumont – e os menos conhecidos –, Otto Lilenthal e Karl Jatho sob uma mesma bandeira.
Ao perdedor, as baratas, de Luiz Antonio M. C. Costa, trabalha pelo lado da conspiração política, em um cenário histórico revirado ao avesso, em que no panorama ideológico mundial, consta um predomínio holandês, e não inglês, versus uma monarquia dos trópicos que se vê obrigada a aceitar a diversidade étnica e cultural – simbolizada em um casal inter-étnico de personagens, união repudiada ocultamente pelo protagonista, um agente secreto que irá causar um evento capaz de transformar o mundo. Filosofia, política, sociedade, Kafka e Lovecraft são discutidos ou apresentados na trama, montando um dos mais complexos cenários presentes no livro.
O Auto do Extermínio, de Cirilo S. Lemos também trabalha com monarquias claudicantes e conspirações políticas, loucura, espionagem, tiroteio, robôs e ação. É o fim dos dias de Dom Pedro III (baseado no Príncipe Pedro Augusto de Alcântara, personagem da vida real, retratado no livro O Príncipe Maldito – Loucura e Traição na Família Real, da historiadora Maria Lúcia del Priore), e o Brasil vive um clima tenso politicamente, com Integralistas de um lado e Socialistas do outro esquentando o panorama, à espera da apresentação do herdeiro real – uma possibilidade que ninguém deseja. É um conto muito interessante, com toques místicos envolvendo a loucura presciente do protagonista.
Só a morte te resgata, do português Jorge Candeias, talvez seja a mais madura das obras apresentadas. Levanta uma questão interessante: se o lar é onde está o coração, o que pode ocorrer quando seu coração não está em lugar algum? Encerrando o livro com um tom melancólico, apesar do mundo alternativo apresentado, conta a história de um piloto de biplanos de guerra, após sua unidade ter sido massacrada no meio do deserto, tentando voltar para casa, lançando mão de recursos pouco honrados, até o retorno. De certa forma, este retorno é tão solitário quanto seus voos.
Em suma ótima e criativa leitura. Parabéns aos envolvidos!
Luiz Felipe Vasques
21/01/2012
Links Externos:
O que é Dieselpunk?
Resenha originalmente em: