O Planetário pausará as suas atividades no dia 16 de Dezembro para manutenção de equipamentos e retornará a partir do dia 03 de Janeiro de 2023.
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Olá, você gosta de falar sobre coisas do espaço? Sabe por que o Homem não voltou à Lua? Qual a diferença entre cosmonauta e astronauta? Como um satélite se mantém em órbita?
Entre 27 e 31 de maio o Planetário do Rio de Janeiro estará oferecendo mais um Curso de Astronáutica. O horário é de 19h às 20h30min no Planetário da Gávea. O conteúdo é dado em 5 capítulos:
Conteúdo do curso
Fundamentos de Mecânica Celeste – revemos os conceitos básicos de Mecânica do nível médio: posição, velocidade, aceleração, órbita e gravitação;
Foguetes – sua origem, desenvolvimento e funcionamento;
Satélites – órbitas, funcionamento e aplicações;
Voos Tripulados – cápsulas, trajes espaciais e naves;
Sondas Espaciais – tipos, descobertas e estado da Arte.
Informações
Investimento: R$50,00. Material didático será disponibilizado. Certificado (frequência mínima de três dias). Idade mínima: 12 anos acompanhado, 15 anos sozinho.
Professor Naelton Mendes de Araujo – Graduado em Astronomia, Mestre em Educação e Divulgação Científica. Trabalhou 10 anos com controle orbital de satélites geoestacionários.
Dentro de uma espaçonave, ou em uma estação espacial, as coisas mais simples podem ser bem complicadas. Além do espaço apertado não temos a sensação de peso que orienta quase todos os nossos atos aqui na Terra. Cuidar da higiene pessoal exige criatividade e algum treino. A água também é algo muito precioso para ser desperdiçada numa chuveirada, por exemplo.
Já se perguntou como os astronautas vão ao banheiro no espaço? Para urinar é preciso usar um tubo que aspira o líquido. A água presente na urina vai ser reaproveitada depois de devidamente filtrada e tratada. Depois disso a água tornas-se potável novamente. Mais ou menos do jeito que acontece no ciclo da água na natureza (água líquida evapora, forma nuvens e chove) só que mais rápido.
E para fazer o número 2? Se o astronauta estiver numa cápsula pequena ou em uma atividade extraveicular ele usa, por baixo do traje espacial, uma super fralda com nome técnico pomposo : Vestimenta de Máxima Absorção (MAG). Ele faz ali mesmo mas a MAG absorve quase tudo. Numa estação espacial temos vasos sanitários especiais que sugam os dejetos que também vão ser desidratados para aproveitar água. Os resíduos sólidos que sobram vão para o lixo. A semelhança com os bebês não termina aí não.
E tomar banho? Geralmente em uma estação espacial, ou cápsula, a higiene corporal fica a cargo de toalhas umedecidas. Já se experimentou chuveiros com box vedado na Skylab mas é bem menos prático do que usar as toalhas.
Escovar os dentes? Normal, mas tem que engolir a pasta de dentes.
Lavar roupa? Não se lava, usa a roupa o quanto der e depois joga no lixo. O lixo é retirado de tempos em tempos por naves espaciais que trazem suprimentos.
Todas as quartas-feiras, a partir das 18h30min, o Planetário disponibiliza, de forma gratuita, seus telescópios ao público para a observação de objetos celestes. Esta é uma de minhas atribuições mais prazerosas como astrônomo da Fundação Planetário: atuar na observação pública do céu. É uma atividade lúdica, que permite ao visitante a observação da Lua, dos planetas e das nebulosas, sob a supervisão de astrônomos. Durante as atividades, é comum as pessoas fazerem perguntas e surgir debates bem interessantes.
Infelizmente, alguns fatores podem atrapalhar e inviabilizar a observação do céu: céu nublado ou parcialmente encoberto, que impedem a realização da atividade. Além disso, nem sempre temos no céu a Lua ou algum planeta. Foi esse o caso da observação no dia 22/02/17. Sem Lua, sem planetas e, ainda por cima, uma fina nebulosidade. Por sorte, estava prevista a passagem da Estação Espacial Internacional durante o horário da observação do céu, e o público foi brindado com uma bela e intrigante visão.
Pouca gente sabe, muitos talvez até já tenham visto sem saber o que era, mas é possível observar a Estação Espacial Internacional (ISS – sigla em inglês para International Space Station) numa noite de céu aberto. E o melhor, sem o auxílio de telescópio ou de binóculo.
Ela gira ao redor da Terra numa altitude de 400km, dando uma volta completa em cerca de 1h30m. Graças ao seu tamanho, essa “casa” espacial de mais de 500 toneladas, consegue refletir para a Terra uma boa quantidade da luz do Sol, tornando-a um alvo brilhante para o observador. Pois bem, na noite do dia 22 de fevereiro, por volta das 19h22min a estação surgiu bem visível rumando na direção Norte-Sul, e assim permaneceu por cerca de seis minutos, caminhando por entre as estrelas. Era como uma estrela, porém bem mais brilhante e em movimento. Uma visão inesquecível para quem estava no Planetário naquele momento.
Interessante não é? Que tal você tentar observar a passagem da ISS? Além de se aproximar um pouco do mundo da tecnologia espacial, você acabará aprendendo também um pouco sobre identificação das constelações e das estrelas mais brilhantes.
A órbita da ISS pode ser acompanhada por qualquer um que tenha um computador ou smartphone, e acesso à internet. Aliás, fique sabendo que não só a ISS pode ser vista. Outros satélites relativamente brilhantes podem ser observados num céu sem nuvens e, de preferência, sem Lua. O aplicativo que uso para monitorar a passagem dos satélites é o Heavens Above (http://www.heavens-above.com/), que produz uma carta celeste para o horário de cada passagem. A carta que ele gerou para esta passagem da ISS pode ser vista abaixo.
Repare que a trajetória da ISS no céu é identificada por uma linha que cruza toda a carta e passa por várias constelações, como o Touro, o Órion e o Cão Maior. Alguns horários são colocados, para ajudar a achar o satélite no céu. Como você já deve ter percebido, é necessário um conhecimento mínimo sobre as constelações. Nada muito complicado, uma vez que você pode imprimir a carta celeste e compará-la diretamente com o céu. Com o tempo, conhecendo melhor o céu e o aplicativo, você poderá se programar com antecedência e, quem sabe, capturar uma bela foto como a abaixo, obtida na Nova Zelândia, durante uma passagem da ISS em 2014.
Em breve farei uma apresentação detalhada da versão do Heavens Above para computador, celulares e tablets, com dicas para o caçador de satélites iniciante.
Qualquer objeto em órbita pode ser visto da superfície da Terra desde que tenha proporções razoáveis, não esteja muito longe e seja iluminado pela luz solar. Se soubermos a hora certa e o lugar apropriado para onde olhar, podemos ver vários satélites artificiais passando no céu após o pôr do Sol (até às 20h30 min) e antes do nascer do Sol (a partir das 03h30 min). Os maiores objetos em órbita sempre foram as estações espaciais.
Foi durante a corrida espacial que as primeiras estações espaciais foram postas em órbita. Elas chamavam-se Salyut e foram lançadas pela antiga União Soviética. Foram sete delas entre 1971 e 1982. Logo depois, vieram a Skylab (EUA, 1973), a MIR (URSS, 1986), a ISS (Internacional, 1998) e a Tiangong (China, 2011). ISS é a sigla em inglês para Estação Espacial Internacional, um projeto herdeiro da tecnologia desenvolvida para a estação MIR com a colaboração da NASA e ESA. A ISS é o maior objeto em órbita atualmente e, por conseguinte, tornou-se o objeto artificial mais facilmente visível no céu.
Dependendo da órbita, em certos períodos, a ISS pode ser vista noites seguidas em uma dada cidade. Para o Rio de Janeiro, teremos um período de observação diária a partir do dia 24 de setembro até primeiro de outubro. Cada dia a ISS passará num horário um pouco diferente no período entre 18h20min e 20h. A melhor data, quando a ISS estará mais brilhante, será no dia 26/09 entre 18h22min e 20h01min. Para saber as condições em outras cidades é preciso ver sites de previsões (ver links no final do artigo). O mapa abaixo mostra as regiões “sobrevoadas” pela estação. A ISS é visível em todo o Brasil.
Para manter uma estação espacial tripulada funcionando, é preciso sempre abastecê-la de suprimentos e retirar os detritos. É mais prático fazer isto com naves não tripuladas automáticas. Os primeiros cargueiros automáticos foram as naves Progress, versões automáticas da nave espacial Soyuz. Desde 1978, quando os soviéticos lançaram as primeiras estações espaciais Salyut, as Progress faziam voos periódicos de abastecimento. A Progress é totalmente automática: capaz de se acoplar sozinha. Os astronautas retiravam até 2.350kg de carga do cargueiro. Depois era só colocar o lixo na cápsula que se soltava da estação, manobrava e se desintegrava na atmosfera. Anualmente, três ou quatro Progress podem ir à ISS.
Recentemente, várias agências espaciais estatais e privadas desenvolveram suas próprias versões de cargueiros automáticos.
Em 2008, a agência espacial europeia (ESA) lançou o seu primeiro Automated Transfer Vehicle (ATV), denominado Julio Verne. Quatro ATVs foram lançados desde então, todos com nomes de europeus famosos. Um ATV pode transportar 7.667kg.
Em 2009, o Japão lançou seu primeiro cargueiro automático: o Kounotori (HTV). Sua capacidade máxima de carga é de 6.000kg. Quatro HTVs já foram lançados. Este cargueiro não consegue se acoplar sozinho, precisa de ser guiado pelo braço mecânico da ISS.
Em 2010, a empresa privada SpaceX lançou o primeiro protótipo de um cargueiro automático reutilizável, o Dragon. Capaz de levar até 3.310kg, este cargueiro também precisa ser manobrado com o braço mecânico para acoplar. O Dragon poderá no futuro levar astronautas também.
Logo no primeiro mês de 2014 temos mais um cargueiro automático acoplando na ISS. Trata-se do Cygnus da empresa Orbital. O Cygnus pode levar até 2.000kg e há planos de se fazer uma versão reutilizável.
Você já se imaginou viver vários dias a cerca de 400km acima da superfície terrestre? Sem poder dar uma voltinha, por mais breve que seja, a não ser que esteja vestindo uma roupa especial? E para dormir, ir ao banheiro, ou até mesmo comer? Uma dificuldade só!
Pois é. Assim é a vida de um astronauta da Estação Espacial Internacional (ISS). Ela sempre recebe astronautas que se revezam para deixá-la em condições de abrigar a vida. Também fazem diversos experimentos, montam na estação novos equipamentos de observação e segurança, ou seja, eles têm muito trabalho.
Agora pense se ao sair da estação com um traje refrigerado a água e você correr o risco de se afogar nessa água. Pois isso quase aconteceu com o italiano Luca Parmitano, quando seu capacete ficou inundado por água. Ele quase se afogou. A partir deste evento, foram suspensas as “saidinhas” da estação.
Agora os astronautas construíram um equipamento de segurança parecido com um snorkel – aquele cano que as pessoas usam quando mergulham sem tubos de oxigênio. Eles fizeram isso utilizando os tubos de ventilação da própria estação espacial. É um quebra galho, mas garantirá a segurança dos astronautas até a próxima missão que também consertará um dos sistemas de refrigeração da ISS.
Como você pode ver, não é fácil a vida dos astronautas. Muito trabalho e surpresas de vez em quando. Mas sempre se dá um jeito, e olhe que nem tem brasileiro lá!
Na madrugada que passou a Estação Espacial Internacional (ISS) recebeu novos tripulantes. A expedição de número 37 rumo à Estação, teve como tripulação os russos Oleg Kotov (comandante) e Sergey Ryazanskiy, e o norte-americano Mike Hopkins.
Seis horas após o lançamento no foguete Soyuz, na base de Baikonur, no Cazaquistão, eles chegaram à Estação. À bordo da nave Soyuz TMA-10M, eles acoplaram no módulo de pesquisa Poisk, por volta de uma hora da manhã, horário de Brasília. No momento da chegada eles estavam navegando numa altitude de 420km sobre o sul do Oceano Pacífico, ao largo da costa do Peru.
Em nossa correria diária, muitas vezes, temos que resolver tantas coisas que, às vezes, gostaríamos que o dia tivesse mais de 24h. Filas em bancos, levar filhos para a escola, trabalho, trânsito, etc… Complicado, não é? Agora, imagine ter que trabalhar no espaço, com as dificuldades impostas pela sensação de ausência de gravidade? Pois é, tirando a vista lá do alto, que deve ser uma coisa de “outro mundo”, a vida pode ser mais complicada que aqui embaixo.
Os astronautas da Estação Espacial Internacional (International Space Station – ISS) são os “ratos de laboratório” da vez. Dormir é bem complicado para eles, uma vez que podem ver o Sol nascer até 16 vezes num intervalo de 24 horas! Além disso, o sistema de manutenção da vida no interior da estação (ventiladores, filtros de ar e vários outros equipamentos), é cheio de ruídos, sendo necessário o uso de tampão de ouvidos para dormir. Comer também é igualmente complicado. A refeição no espaço tem que ser embalada com cuidado, para que restos da refeição não flutuem perigosamente, vindo a se alojar nos respiradouros, ou até mesmo, causar sufocamento ou engasgo no pobre do astronauta. Líquidos são igualmente perigosos, pois podem futurar e, eventualmente, causar problemas elétricos. Viver no espaço decididamente não é fácil! E olha que não chegamos ao banheiro…
Apesar desses desconfortos, nosso destino é o espaço. Aliás, nosso presente já é o espaço. Em nossa correria diária, poucas vezes olhamos para o céu para contemplar as estrelas. Muitos se surpreendem ao saber que, no meio daqueles pontinhos brilhantes, frequentemente, estão satélites, telescópios espaciais (como o Hubble) e a própria ISS. Sim, é possível observar a ISS sem a necessidade de telescópios.
A NASA – Agência Espacial Norte-Americana – envia aos cadastrados, por e-mail, um alerta da passagem da Estação Espacial, informando dia, hora e local para observá-la no céu. No cadastro você precisa informar a cidade e, naturalmente, o e-mail. O link do cadastro é: http://spotthestation.nasa.gov/. Aproveite a oportunidade para conhecer melhor as constelações. Pode ser bem divertido.