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Coluna do Astrônomo

Más notícias no espaço

 

Acabou de sair a notícia: o satélite CBERS 3 (sigla em inglês de Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) não conseguiu atingir sua órbita planejada e caiu. Apesar do número, este é o quarto satélite de uma série. O Instituto Nacional de Pesquisar Espaciais (INPE), em parceria com a China Academy of Space Technology (CAST), tem construído estes satélites para observação do solo. Este é um dos serviços realizados por satélites de maior valor econômico equiparando-se com telecomunicações e observação meteorológica. O Brasil contribui com a confecção de boa parte do satélite e a China usa seus poderosos foguetes Longa Marcha para colocá-los em órbita. Com três potentes câmeras, estes satélites podem analisar extensas regiões com uma riqueza de detalhes espantosa. As imagens geradas têm sido usadas no Brasil e no exterior por empresas e instituições ligadas ao meio ambiente, gerenciamento de solo, mineração e geração de energia.

 

O CBERS 1 foi lançado em 1999, o CBERS 2 em 2009 e o CBERS 2B em 2007. O CBERS 3 seria o primeiro de uma nova geração na qual o Brasil teria uma participação maior no projeto e confecção dos sistemas embarcados.

 

Um satélite pode ser perdido no momento do lançamento e este tipo de problema não é nada incomum. Muitos fatores complexos estão envolvidos em todo o processo de colocar satélites em órbita. Mesmo para as agências mais experientes do ramo, como a NASA, a ESA e a Roskosmos, esta tecnologia envolve certo risco imprevisível. Entretanto, isso não pode desanimar quem se propõe a desbravar a fronteira espacial. Por isso, aguardemos o lançamento do CBERS 4 previsto para 2016.

 

Veja a notícia no site abaixo:

 

http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/12/inpe-confirma-fracasso-no-lancamento-de-satelite-na-china.html

 
 
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Coluna do Astrônomo

A Índia está chegando em Marte

 

Neste dia 1º de dezembro de 2013, a Índia deu um grande salto para conquistar o espaço. Mais precisamente, a sua missão à Marte segue agora livre da força gravitacional da Terra. É um passo importante que mostra todo o poderio deste país para ser um dos “grandes” da era espacial. Esse importante passo colocou a Índia na frente da China, outro gigante que desponta o horizonte.

 

A nave indiana Mangalyaan (conhecida como Missão Orbital de Marte – MOM, em uma tradução livre) passou para o segundo estágio. Ela completou seis voltas ao redor da Terra e depois, através do que denominamos de “efeito estilingue”, foi lançada para o espaço, livre da gravidade terrestre. Ela ainda terá outros desafios pela frente até finalmente, em setembro de 2014, atingir o objetivo e o sonho de 1,2 bilhão de pessoas: explorar o planeta Marte.

 

Para se chegar à Marte não é fácil. Somente os Estados Unidos, a Rússia e um grupo de países europeus conseguiram colocar naves em órbita do planeta vermelho. Alguns robôs, inclusive, estão neste momento pesquisando o seu solo à procura, principalmente, de indícios de vida. Mas menos da metade das missões programadas para aquele planeta foram bem sucedidas. Correções na órbita da nave serão necessárias até a sua colocação ao redor de Marte, o que é um grande desafio.

 

A Índia tem uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes: o preço, que neste caso chegou a cerca de um décimo do que os norte-americanos gastaram na última missão. E um dos objetivos deste país é abocanhar uma parte substancial do bilionário mercado de lançamento de satélites. O programa espacial indiano já tem 50 anos, e com o dinheiro disponível atualmente e o desenvolvimento da sua própria tecnologia, são grandes as chances de voos mais audaciosos.

 

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Coluna do Astrônomo

Chineses vão à Lua

 

A República Popular da China tem se tornado uma potência espacial nos últimos anos. O primeiro satélite chinês, o Dong Fang Hong, foi posto em órbita em 1970. Em 1993 foi fundada a China National Space Administration (CNSA), o equivalente chinês à NASA norte-americana. O primeiro astronauta chinês orbitou a Terra em 2003. Quatro anos depois a sonda Chang´e 1 foi posta em órbita da Lua. Em 2010, a Lua recebeu mais uma sonda orbital, a Chang´e 2. Esta última, depois, foi redirecionada para sobrevoar o asteroide Toutatis. Em 2011, a Tiangong 1 se tornou a primeira estação espacial chinesa.

 

Este ano mais um passo decisivo para o programa espacial chinês pode se tornar real: o primeiro pouso suave na superfície da Lua. Em 2009 a Chang´e 1 colidiu com o solo após várias voltas ao redor da Lua. Várias fotos e dados foram obtidos. A nova sonda lunar chinesa chama-se Chang´e 3 e tem uma missão ainda mais arrojada que a anterior: levar um rover lunar. O termo rover é usado para descrever um veículo teleguiado automático para exploração remota. Na década de 70, a antiga URSS enviou dois destes “carros-robôs” para a Lua: os Lunokhod. Desde então só Marte foi alvo de rovers.

 

Se tudo correr conforme os planos, 2015 será enviada a Chang´e 4. Esta futura sonda deverá trazer amostras da superfície lunar para a Terra. Os planos da CNSA não param por aí. Há projetos de veículos automáticos, os chamados lunar rovers. O ano de 2024 é a data prevista para que astronautas chineses pisem na superfície do nosso satélite.

 
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Novos membros extrassolares

Lançado em 27 de dezembro de 2006 e com provisão de funcionamento mínimo de dois anos e meio, o satélite COROT (um acrônimo das palavras COnvecção, ROtação e Trânsito) encontrou mais seis planetas fora do Sistema Solar. Ele tem a missão de buscar planetas extrassolares e de estudar a sismologia de estrelas (apesar de o dicionário do Aurélio Buarque de Holanda Ferreira utilizar o termo apenas para os fenômenos terrestres, sismologia é o termo empregado pelos astrônomos para os eventos que produzem ondas que se propagam na superfície de estrelas).

Dos 461 planetas extrassolares encontrados até a metade do ano de 2010, 16 deles devem sua descoberta ao trabalho de pesquisadores do consórcio formado por franceses, alemães, austríacos, belgas e brasileiros.  No Brasil, as instituições que participam do consórcio são: o Instituto Astronômico e Geofísico da USP, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Laboratório Nacional de Astrofísica, o Observatório Nacional, a Universidade Estadual Paulista, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Mackenzie de São Paulo.

Os pesquisadores brasileiros participaram ativamente no desenvolvimento dos programas de controle e de análise dos dados obtidos, além da seleção dos objetos-alvo para os estudos.

O primeiro planeta extrassolar encontrado pelo COROT está orbitando uma estrela de magnitude 13,6, na constelação de Monoceros, distante do Sol 1.560 anos-luz, com uma massa estimada de 1,3 massa de Júpiter e com um período orbital de mísero 1,51 dia terrestre!

Esperamos que novas descobertas sejam feitas em breve e, para aqueles que prestaram atenção no início do texto e atentaram para o período de funcionamento do satélite de 2,5 anos, gostaria de esclarecer mais um pequeno item: as estimativas do tempo de vida dos satélites baseiam-se, principalmente, na quantidade de combustível que é usado para fazer as correções em suas órbitas devidas às interações gravitacionais e magnéticas com o nosso planeta.

Os satélites posicionados em grandes órbitas e os geoestacionários geralmente utilizam uma quantidade de combustível maior porque precisam estar melhor posicionados e com as antenas perfeitamente apontadas para uma região do planeta.

No caso do COROT, como está em uma órbita polar baixa e possui dois centros de recepção de dados, sendo um deles no Maranhão, a Estação de Satélites Científicos, na base de Alcântara., o direcionamento das antenas e a manutenção da altura da órbita não são tão críticos, o que possibilita e possibilitará ainda por mais tempo a utilização deste satélite tão importante para a Astronomia.