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Acabou de sair a notícia: o satélite CBERS 3 (sigla em inglês de Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) não conseguiu atingir sua órbita planejada e caiu. Apesar do número, este é o quarto satélite de uma série. O Instituto Nacional de Pesquisar Espaciais (INPE), em parceria com a China Academy of Space Technology (CAST), tem construído estes satélites para observação do solo. Este é um dos serviços realizados por satélites de maior valor econômico equiparando-se com telecomunicações e observação meteorológica. O Brasil contribui com a confecção de boa parte do satélite e a China usa seus poderosos foguetes Longa Marcha para colocá-los em órbita. Com três potentes câmeras, estes satélites podem analisar extensas regiões com uma riqueza de detalhes espantosa. As imagens geradas têm sido usadas no Brasil e no exterior por empresas e instituições ligadas ao meio ambiente, gerenciamento de solo, mineração e geração de energia.
O CBERS 1 foi lançado em 1999, o CBERS 2 em 2009 e o CBERS 2B em 2007. O CBERS 3 seria o primeiro de uma nova geração na qual o Brasil teria uma participação maior no projeto e confecção dos sistemas embarcados.
Um satélite pode ser perdido no momento do lançamento e este tipo de problema não é nada incomum. Muitos fatores complexos estão envolvidos em todo o processo de colocar satélites em órbita. Mesmo para as agências mais experientes do ramo, como a NASA, a ESA e a Roskosmos, esta tecnologia envolve certo risco imprevisível. Entretanto, isso não pode desanimar quem se propõe a desbravar a fronteira espacial. Por isso, aguardemos o lançamento do CBERS 4 previsto para 2016.
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