Usamos cookies em nosso site para lhe dar a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e repetindo visitas. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. T...

Sempre ativado

Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.

Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário através de análises, anúncios, outros conteúdos incorporados são denominados como cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.

Categories
Coluna do Astrônomo

Fotometria – medindo a luz das estrelas (parte 2)

Alguns metais ao serem iluminados em condições específicas emitem elétrons; isso foi chamado de efeito fotoelétrico. Este efeito foi observado e confirmado pela primeira vez por A. E. Becquerel em 1839 e Heinrich Hertz em 1887. A partir desta propriedade desenvolveu-se o fotômetro fotoelétrico. Em 1916, o astrônomo norte-americano Harlan True Stetson desenvolveu o primeiro fotômetro moderno. Em 1934, Harrison, NJ. Harley Iams e Bernard Salzberg desenvolveram a primeira fotomultiplicadora que torna o fotômetro extremamente mais sensível. O funcionamento da fotomultiplicadora pode ser descrito da seguinte maneira. Dentro de um válvula a vácuo, cada fóton recebido por um fotossensor emite um elétron que arranca mais dois eletróns de uma placa metálica posterior. Este par de elétrons, por sua vez, arranca o dobro de elétrons mais adiante. Entram num arranjo de placas que multiplicam várias vezes a corrente elétrica resultante numa espécie de cascata de elétrons. Um sensor deste tipo além de muito sensível é capaz de detectar variações luminosas praticamente em tempo real: isso permitiu registrar as curvas de luz de estrelas variáveis muito rápidas.

Uma fotomultiplicadora só pode indicar medidas luminosas ponto a ponto. Para observar objetos extensos, ou várias estrelas, ele precisa deslocar-se para varrer o campo estelar visível e fazer uma espécie de mapa de nível.

Com o advento da eletrônica digital os semicondutores miniaturizaram o que aquelas enormes válvulas faziam. Montando uma matriz de sensores minúsculos podemos fotografar, ou melhor, filmar um campo estelar de uma vez em tempo real, montando uma imagem virtual pixel por pixel. Chamamos este tipo de sensor de CCD (Couple Charge Device – Dispositivo de Carga Acoplada). Hoje a fotometria CCD permite acompanhar ocultações de estrelas por exoplanetas e mapear grandes estruturas espaciais.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispositivo_de_carga_acoplada

Usando filtros coloridos a fotometria ganha ainda mais recursos próximos ao que a espectroscopia é capaz de fazer. Esta fotometria por banda de cor permite determinar temperaturas, composições químicas e outros comportamentos intrínsecos dos astros. Assim podemos ter fotometria ultravioleta, visível e infravermelha combinadas, fornecendo informações preciosas sobre a natureza das estrelas.

Categories
Coluna do Astrônomo

Fotometria – medindo a luz das estrelas (parte 1)

Junto com a espectroscopia, a fotometria forma a base da astrofísica moderna. Fotometria astronômica é essencialmente medir a intensidade da luz que vem dos astros. As primeiras medidas de luminosidade usavam o conceito de magnitude visual. As estrelas mais brilhantes eram consideradas de primeira magnitude; as menos brilhantes, de segunda magnitude, e assim respectivamente: em uma escala inversa. Tudo isso a olho nu. Mesmo visualmente já se notava variações da intensidade luminosa de planetas e de algumas estrelas. Foi o caso da Estrela Algol, Beta de Perseu, chamada olho do demônio pela sua inexplicável variação de brilho.

Com a invenção da fotografia podemos tirar o fator subjetivo da determinação de magnitude estelar. Agora há um registro da observação. As primeiras placas astrofotográficas surgiram a partir de 1840. Eram de feitas de vidro coberto de emulsão fotográfica a base de nitrato de prata. Geralmente se usava imagens negativas direto pois, quanto menos processos de revelação, menos interferência e ruídos apareciam. Estrelas mais brilhantes produzem imagens mais negras e maiores diretamente proporcionais à intensidade luminosa. O principal problema do processo fotográfico é a questão do tempo de exposição (de algumas horas) que limita acompanhar eventos mais rápidos (de alguns segundos, por exemplo).

Típico campo estelar em negativo fotográfico. Note a diferença dos tamanhos dos pontos
pretos. Estrelas brilhantes produzem imagens maiores.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotometria_(astronomia)