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Coluna do Astrônomo

Dilemas éticos no espaço

No início da exploração espacial, nos anos 60 e 70, várias discussões éticas e ecológicas começaram, e estão longe de acabar. Os aspectos tecnológicos desta discussão ainda repercutem nos programas espaciais mais recentes. Até onde vai nosso poder de intervenção no espaço extraterrestre? Como explorar o espaço sem comprometer o nosso meio ambiente? Como explorar um planeta sem contaminá-lo? Se tiver vida num planeta podemos colonizá-lo? E o lixo espacial?

Terraformação de Marte

Se algum dia quisermos colonizar o planeta vermelho teremos que intervir fortemente para torná-lo habitável. A atmosfera marciana é muito rarefeita e pobre em oxigênio. O efeito estufa é muito pequeno e, juntamente com a maior distância ao Sol, tornam Marte um planeta gelado. Gelado mas seco demais. Assim, a ideia é aumentar a densidade da atmosfera e enriquecê-la com oxigênio e vapor d´água. Pensou-se até em explodir bombas atômicas nos polos para transformá-los em atmosfera. Mas imagine se encontrarmos amanhã provas de existência de vida microbiana no nosso planeta vizinho. Ah, mas são só micróbios. E se fossem crustáceos? E se fossem insetos? Qual o limite de complexidade biológica dos seus habitantes para pensarmos que um planeta esteja à nossa disposição?

Sondas Radioativas

Uma limitação tecnológica importante para lançarmos sondas ao espaço: energia. Para missões no Sistema Solar interior (de Mercúrio até Marte) podemos contar com a energia da luz captada por painéis solares.

Entretanto, ao ir mais longe (Júpiter, Saturno e além),  o Sol não fornece luz suficiente para os atuais painéis solares funcionarem. As sondas Pioneer, Voyager, Cassini, Galileu, Ulisses, Curiosity e New Horizon usam pilhas termonucleares. Um elemento radioativo com o passar do tempo emite radiação que aquece pares termoelétricos que geram energia elétrica para o funcionamento da sonda. O melhor elemento para esta finalidade é o Plutônio, elemento muito radioativo.

Em 1978, o satélite Kosmos 965 (russo) caiu em uma parte deserta do Canadá, espalhando detritos radioativos por centenas de quilômetros.

Em 1997 muitos defensores do meio ambiente protestaram contra o lançamento da sonda Cassini. A NASA garantiu que, se o foguete lançador Titan IV explodisse, a sonda continuaria com seus três geradores termoelétricos de radioisótopos (GTR) intactos. No caso da Cassini os GTRs  continham cerca de 33kg de plutônio-238 (em forma de dióxido de plutônio).

Hoje em dia a Nasa está preocupada com a falta de plutônio para futuras missões.

Esterilizando Sondas

No princípio da exploração espacial, quando as primeiras sondas pousaram em Marte, havia uma discussão muito grande sobre como esterilizar os veículos espaciais. Os soviéticos usavam gases esterilizantes e os norte-americanos insistiram por um tempo em fazer isso a quente. Claro que os delicados circuitos eletrônicos não resistiriam se colocados numa autoclave a mais de 100 graus. Hoje já existem técnicas bem avançadas de esterilizar sondas automáticas. Mas ainda temos um problema: como “esterilizar” uma astronauta que vá pisar em Marte ou outro mundo? As missões tripuladas são potencialmente muito mais arriscadas de contaminação de outros mundos. Assim daqui a um tempo pode ser que encontremos micróbios terrestres em Marte que nós levamos para lá.

Links interessantes:

https://diariodovale.com.br/colunas/coisas-que-caem-do-ceu/

https://www.csmonitor.com/1997/1010/101097.opin.opin.1.html

https://www.newscientist.com/article/mg14419490-900-nasa-shrugs-off-plutonium-risk/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cassini-Huygens#Fonte_de_alimenta%C3%A7%C3%A3o_de_plut%C3%B4nio

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Coluna do Astrônomo

Curso de Astronáutica 2019

Olá, você gosta de falar sobre coisas do espaço? Sabe por que o Homem não voltou à Lua? Qual a diferença entre cosmonauta e astronauta? Como um satélite se mantém em órbita?

Entre 27 e 31 de maio o Planetário do Rio de Janeiro estará oferecendo mais um Curso de Astronáutica. O horário é de 19h às 20h30min no Planetário da Gávea. O conteúdo é dado em 5 capítulos:

Conteúdo do curso

  1. Fundamentos de Mecânica Celeste – revemos os conceitos básicos de Mecânica do nível médio: posição, velocidade, aceleração, órbita e gravitação;
  2. Foguetes – sua origem, desenvolvimento e funcionamento;
  3. Satélites – órbitas, funcionamento e aplicações;
  4. Voos Tripulados – cápsulas, trajes espaciais e naves;
  5. Sondas Espaciais – tipos, descobertas e estado da Arte.

Informações

Investimento: R$50,00. Material didático será disponibilizado. Certificado (frequência mínima de três dias). Idade mínima: 12 anos acompanhado, 15 anos sozinho.

Professor Naelton Mendes de Araujo – Graduado em Astronomia, Mestre em Educação e Divulgação Científica. Trabalhou 10 anos com controle orbital de satélites geoestacionários.

Inscrições para a versão de 2022 no link: Curso Introdução à Astronáutica 2022

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Coluna do Astrônomo

Dia do Cosmonauta:

Em 12 de abril de 1961 Yuri Alekseievitch Gagarin (1934-68) na nave Vostok 1 foi o primeiro homem a viajar no espaço. Naquela época, os viajantes do espaço provindos da URSS e do EUA recebiam denominações diferentes. O termo cosmonauta era usado para os soviéticos e astronauta para os americanos. Esta distinção é um resquício da guerra fria.

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Coluna do Astrônomo

Elas estão no espaço

 

A mulher dos nossos dias está sempre ocupando todos os lugares que a muitas décadas atrás eram exclusividade masculina. A conquista do espaço não é diferente.

 

A história da mulher no espaço começou com a russa Valentina Tereskhova em 1963. Demorou para que mulheres de diversas nacionalidades ocupassem papéisimportantes na aventura espacial. Foi somente na década de oitenta que as mulheres voltaram ao espaço. Em 1982 e 1983 outra russa foi ao espaço duas vezes. Seu nome era Svetlana Savitskaya. Na época chegou-se a cogitar numa tripulação composta só de mulheres a bordo de uma nave Soyuz.

Em 1983 a primeira americana em órbita foi Sally Ride. Na era dos ônibus espaciais as mulheres passaram a ser presença comum a bordo. Até o momento, a americana Peggy Whitson detém o recorde de permanência feminina no espaço: mais de 9 mil horas.

A mais nova potência espacial, a China, enviou a sua segunda astronauta Wang Yaping a bordo da nave Shenzhou-10 em 11/06. Os EUA nomearam recentemente oito astronautas e metade deles eram mulheres.

Não há dúvidas que o lugar da mulher no espaço está garantido.  Isso me faz lembrar (como sempre) da minha série preferida: Jornada nas Estrelas. Na época em que foi lançada, em 1964, a mulher ainda não ocupava lugares de destaque na sociedade. No entanto na ponte de comando da nave Enterprise havia a tenente Nyota Uhura desempenhando um papel importante na trama de ficção científica. Naquela época, apesar do voo de Tereskhova um ano antes, aquilo era considerado extraordinário e revolucionário. Hoje em dia soa muito estranho pensar numa nave espacial (fictícia ou não) com uma tripulação exclusivamente masculina.

Para saber mais:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/nasa-nomeia-oito-novos-astronautas-quatro-sao-mulheres,ff0c541d7bf4f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/china-envia-pela-segunda-vez-uma-mulher-ao-espaco,2c493de2b4c2f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

http://ceurbano.blogspot.com.br/2013/03/2013-ano-da-mulher-no-espaco.html