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Coluna do Astrônomo

Nova, mas velha

 

Na semana passada, Koichi Itagaki, um astrônomo japonês, comunicou a descoberta de que uma estrela nova surgira nos céus. O registro foi feito na AAVSO – American Association of Variable Stars Observers (Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis). Curiosamente, de nova essa estrela não tem nada.

As estrelas novas são sistemas binários, constituídos de estrelas bem evoluídas, algumas podendo ser até ser mais velhas que o nosso Sol. Pois bem, nesses sistemas uma das estrelas “doa” parte de si para a companheira. Isso mesmo. Ocorre a transferência de matéria de uma estrela para a outra.  Dependendo da distância entre as estrelas, a matéria não chega diretamente na estrela receptora, mas se deposita num disco ao redor desta. Enquanto esse disco aguentar, ou seja, conseguir se manter minimamente estável, poderá receber mais doação sem muitos sobressaltos. Por essa razão esse disco é chamado disco de acréscimo. Num dado momento, essa estabilidade cessa, e parte do disco desaba sobre a estrela. Com a resultante compressão de matéria, as densidades e temperaturas alcançam níveis onde reações termonucleares tornam-se inevitáveis: ocorre uma violenta explosão, e a estrela fica muito mais brilhante.

No século XVI, o astrônomo Tycho Brahe registrou um evento similar na constelação de Cassiopeia, numa região onde antes não havia estrela. Por essa razão, chamou-a de estrela nova. Hoje sabemos que o evento registrado por Tycho foi muito mais violento: era uma supernova. Até meados da década de 30 do século passado, empregava-se nova para ambos os casos. Hoje, nova refere-se exclusivamente aos sistemas binários, onde a explosão resulta da instabilidade do disco de acréscimo.

Diversos aspectos do fenômeno das novas são dignos de estudo, tais como: a) a intensidade da explosão, que fornece uma indicação da quantidade de matéria transferida pela estrela doadora e, em ultima análise, uma melhor compressão dos fatores motivadores para a estrela resolver “doar” matéria; e b) existe uma correlação entre o brilho da explosão da nova e a maneira como este brilho lentamente diminui com o tempo, permitindo-se inferir a sua distância, bem como da galáxia onde eventualmente a nova esteja.

 

 

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