Usamos cookies em nosso site para lhe dar a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e repetindo visitas. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. T...

Sempre ativado

Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.

Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário através de análises, anúncios, outros conteúdos incorporados são denominados como cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.

Categories
Coluna do Astrônomo

26 anos observando o céu

24 de abril de 1990. Uma revolução na Astronomia estava para começar. O responsável por ela seria o Telescópio Espacial Hubble, lançado para orbitar a Terra a uma altura de aproximadamente 600km e observar o céu livre da interferência da atmosfera, suas imagens surpreenderam o mundo astronômico.

No início, um erro na construção do sistema ótico, deixou-o míope (quem sofre deste mal, como eu, sabe como isso é incômodo). As imagens não tinham nitidez e eram borradas. Somente em 1993 uma missão para consertá-lo foi enviada. E foi um sucesso!

Passado esse tempo “nebuloso”, o Hubble fez a festa dos astrônomos. As imagens geradas por ele não tinham precedentes na história astronômica. Ele é, com certeza, o maior meio de divulgação da Astronomia de todos os tempos!

Mas falemos um pouco das suas imagens e descobertas (são muitas e vamos citar apenas algumas delas).

No campo da Cosmologia talvez a imagem mais significativa que o Hubble obteve foi a do Campo Profundo. Em uma pequena região, onde não se observava nada, o Hubble nos revelou cerca de 3.000 galáxias, cada uma com bilhões e bilhões de estrelas. Galáxias grandes, pequenas, com e sem formas definidas. O telescópio também observou as galáxias mais distantes, nos mostrando um Universo muito antigo, com 13,7 bilhões de anos (quanto mais distante está o objeto, mais no passado estamos vendo-o).

Na ciência planetária o Hubble conseguiu ver o nascimento de estrelas e planetas. Na Nebulosa de Órion, por exemplo, 700 estrelas jovens, em diversos estágios de sua formação, com discos planetários, foram alvo do telescópio. Os discos de poeira que sobraram da formação das estrelas dão origem aos planetas e o Hubble deu muitas pistas para aumentarmos o conhecimento da formação destes astros.

Na ciência das galáxias o Hubble acompanhou as explosões de supernovas que expeliam grandes quantidades de radiação em raios gama. Como sobra destas explosões, estrelas de nêutrons e buracos negros são formados. Inúmeras imagens de galáxias em colisões foram detecdadas com detalhes inimagináveis. A galáxia de Andrômeda foi vasculhada e contribuiu para desvendarmos como se dá o processo de canabalismo galático, quando uma grande galáxia engole outras menores.

Na próxima década o Hubble será aposentado e novos telescópios ocuparão o seu lugar. Temos muito que agradecer a ele.