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Coluna do Astrônomo

A gravidade e o nosso corpo

Quero falar sobre a gravidade ou a ausência dela, melhor dizendo. Sem a gravidade estaríamos em uma situação grave. Vamos aos fatos: Nosso corpo foi moldado para suportar a gravidade na superfície da Terra e a gravidade não para de agir em nosso corpo. Quando ficamos mais velhos, ela é implacável e vamos diminuindo de tamanho, temos dificuldades em andar ou correr e tudo despenca, literalmente.

 É fundamental nos exercitarmos durante toda a vida (pelo menos deveríamos) para podermos ter uma vida saudável e fortalecer nossos ossos e nossa musculatura, em uma guerra constante contra a gravidade. Mas o que acontece se formos para o espaço em uma situação que simula a falta da gravidade como ocorre em uma estação espacial? Quais as mudanças que nossos órgãos sofreriam?

Na semana passada foi noticiado que o astronauta Scott Kelly, depois de permanecer 340 dias no espaço a bordo da Estação Espacial Internacional, cresceu 5cm. Neste ambiente a que ficou submetido, sua coluna vertebral esticou, mas ao voltar para a Terra a gravidade fez com que ele retornasse ao seu tamanho original depois de algum tempo. Muitos estudos foram feitos e ainda continuam com este astronauta, com o objetivo de descobrirmos como seria uma viagem a outros planetas, como Marte, por exemplo.

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E o que mais pode acontecer com uma  que permanece longo tempo em um ambiente que simula a ausência da gravidade? Várias coisas. A perda de massa muscular é um dos efeitos sentidos, já que sem a necessidade de fazer muito esforço – para se locomover ou fazer qualquer atividade – os músculos não são exigidos e atrofiam. Isso pode ser minimizado com a prática de exercícios físicos, de forma intensa e constante, mas mesmo assim podemos perder até 32% da força dos músculos das pernas. Ficamos, assim, sem uma base de sustentação não temos condições de nos mantermos em pé, por exemplo.

Nosso coração também sofre. Ele diminui de tamanho e a pressão arterial é reduzida. Isso implica em menos sangue circulando pelo nosso corpo e isso diminui a nossa capacidade de nos exercitarmos. Como comparação, uma semana em um ambiente de simulação de ausência de gravidade equivale a seis semanas deitado aqui na Terra. Você já deve ter passado por algo assim, quando ficou doente por algum motivo. Ficar muito tempo deitado nos enfraquece.

Outros efeitos também já foram registrados em astronautas que permaneceram no espaço por longos períodos, tais como: a menor produção de glóbulos vermelhos (anemia espacial), o enfraquecimento do sistema imunológico, a perda de orientação, distúrbios no sono, congestão nasal, flatulência excessiva, enchimento da face, além de uma exposição maior à radiação solar (pois estão sem a proteção da atmosfera).

Por tudo isso estamos vendo que nosso corpo se adaptou da melhor maneira possível ao ambiente e à gravidade da Terra. Viver em outros lugares do espaço exigirá um esforço sobre-humano para nos adaptarmos. Mais difícil ainda será viajar para ambientes diferentes da Terra e depois retornar ao nosso lar. Possivelmente teremos que criar uma gravidade artificial igual ou parecida com a da Terra para que a ela não seja um entrave para a nossa sobrevivência na conquista de novos mundos.

P.S.: Se você quiser saber mais sobre a sensação de ausência de gravidade sentida pelos astronautas a bordo da ISS, veja no seguinte endereço: 

http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2006-04-02_2006-04-08.html

E o que mais pode acontecer com uma  que permanece longo tempo em um ambiente que simula a ausência da gravidade? Várias coisas. A perda de massa muscular é um dos efeitos sentidos, já que sem a necessidade de fazer muito esforço – para se locomover ou fazer qualquer atividade – os músculos não são exigidos e atrofiam. Isso pode ser minimizado com a prática de exercícios físicos, de forma intensa e constante, mas mesmo assim podemos perder até 32% da força dos músculos das pernas. Ficamos, assim, sem uma base de sustentação não temos condições de nos mantermos em pé, por exemplo.
Nosso coração também sofre. Ele diminui de tamanho e a pressão arterial é reduzida. Isso implica em menos sangue circulando pelo nosso corpo e isso diminui a nossa capacidade de nos exercitarmos. Como comparação, uma semana em um ambiente de simulação de ausência de gravidade equivale a seis semanas deitado aqui na Terra. Você já deve ter passado por algo assim, quando ficou doente por algum motivo. Ficar muito tempo deitado nos enfraquece.

 

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Coluna do Astrônomo

Bambolê Estelar

 

Gravidade. Esta força primordial é responsável por quase tudo o que vemos em grande escala no Universo. Formações de estrelas, galáxias, buracos negros… Todos os corpos sofrem a sua ação.

 

Esta semana, a Agência Espacial Norte-Americana publicou uma notícia que mostra mais um efeito gravitacional interessante, a formação de um sistema triplo de estrelas em que duas estrelas são circundadas por um gigantesco disco de gás e poeira.

 

O mais interessante é que o plano em que as estrelas giram em torno de si não é o mesmo do plano do disco de gás e poeira, fazendo com que o brilho do sistema varie periodicamente (cerca de 93 dias). Imagina-se que a configuração do sistema se deva à presença de uma terceira estrela, que orbita na periferia dele, agindo gravitacionalmente, moldando-o.

 

Observado no infravermelho pelo telescópio espacial Spitzer, e por outros telescópios baseados na Terra, o grupo de estrelas foi denominado YLW 16A. É o quarto sistema estelar que apresenta este comportamento, sendo o segundo na região de Rho Ophiucus. De acordo com Peter Plavchan, o cientista responsável pela pesquisa, a variabilidade no brilho comprova a presença das duas estrelas envoltas por um disco de gás e poeira que pode dar origem a planetas.

 

Talvez estejamos vendo a formação de um planeta semelhante ao planeta Tatooine, lar da família Skywalker, dos filmes “Blockbusters” Guerra nas Estrelas, onde temos dois nasceres e pores das estrelas às quais o planeta circunda. No sistema estelar do filme temos uma estrela amarela e outra mais fria, vermelha. Esperemos que o Darth Vader não venha até a Terra.

 

 

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