Usamos cookies em nosso site para lhe dar a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e repetindo visitas. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. T...

Sempre ativado

Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.

Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário através de análises, anúncios, outros conteúdos incorporados são denominados como cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.

Categories
Coluna do Astrônomo

Flama Celeste, a espada mágica

Em uma época e lugar remotos, uma bola de fogo risca o céu e choca-se contra o solo. As pessoas vêem o clarão e ouvem um ruído assustador. Os moradores da aldeia, temerosos, vão ao campo. Lá uma enorme cratera fumegante guarda em seu interior uma “rocha” brilhante e duríssima.

O mais sábio da tribo pega a “pedra do céu” e forja uma espada melhor do que as demais. Ninrode, o mais bravo da aldeia, recebe a espada e a apelida de “Flama Celeste”. Ao lutar pela primeira vez com esta arma brilhante, acontece um milagre. Logo no primeiro encontro de espadas, Ninrode despedaça a arma de cobre do inimigo que foge aos gritos.

Parece fantasia ou ficção? Eu acabei de criar o enredo, entretanto, muitas histórias reais podem ter acontecido mais ou menos desta maneira.

Foi muito difícil para os primeiros naturalistas aceitar que podem cair rochas do céu. Hoje sabemos que o espaço interplanetário extraterrestre é povoado de corpos rochosos de tamanhos variados em órbitas erráticas que os levam mais cedo ou mais tarde às proximidades de um planeta como o nosso. Quando estes corpos se aproximam, a gravidade terrestre os traz para dentro da atmosfera em alta velocidade. O atrito com o ar nestas condições é tão alto que volatiliza este corpo fazendo-o brilhar num rastro que as pessoas chamam de estrela cadente, e que é batizado de meteoro pela ciência. Se o corpo for pequeno, consome-se todo na atmosfera. Por outro lado, se for grande e resistente o suficiente, pode atingir a superfície da Terra, e aí recebe o nome de meteorito.

Os meteoritos mais interessantes e os mais fáceis de se identificar são compostos principalmente de metais, como o ferro e o níquel. São denominados sideritos, que significam, literalmente, “pedras do céu”. É daí que surge a semelhança entre as palavras sideral e siderurgia. De fato, os primeiros trabalhos em ferro podem ter vindo de sideritos. O metal destes visitantes celestes era de qualidade muito superior aos minérios de ferro disponíveis. Muitos sideritos devem ter servido para confeccionar espadas com nomes sugestivos como a nossa imaginária “Flama Celeste”.