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Coluna do Astrônomo

Estrelas de todos os tipos

Quem olha para o céu noturno, especialmente em uma cidade grande como o Rio de Janeiro, dificilmente vai notar as sutis diferenças entre as muitas estrelas. A diferença mais óbvia é a de luminosidade. Mesmo os mais desatentos irão perceber que há estrelas mais brilhantes do que outras. Isso pode ser explicado por dois fatores… O primeiro, bem razoável e pertencente ao senso comum, é a distância de cada uma delas em relação a nós (quanto mais longe, mais fraquinho tende a ser o brilho da estrela). Mas um outro fator existe também, e este talvez não seja do conhecimento de todos: as estrelas são intrinsecamente diferentes entre si.

Numa primeira abordagem (e nossos antepassados realmente fizeram isso), poderíamos pensar que todas as estrelas são iguais. Mas hoje sabemos que não são. Eliminando-se o fator distância (ou, melhor dizendo, imaginando que todas as estrelas estivessem a uma distância igual), realmente veríamos estrelas mais brilhantes e outras nem tanto. De fato, o brilho real de uma estrela é uma de suas características mais fundamentais. Cientificamente, chamamos esta grandeza de “luminosidade absoluta”. Esta informação é tão importante que podemos classificar as estrelas por seu brilho. São as chamadas classes de luminosidade, que vão de I a V. O Sol, que nos parece tão brilhante por estar bem perto de nós, é na verdade uma estrela muito pouco luminosa, de classe V (a classe I é a mais brilhante).

(Não devemos confundir as classes de luminosidade com as classes espectrais, uma outra maneira de classificarmos estrelas. Criada em Harvard, a classificação espectral está intimamente relacionada com a temperatura superficial de uma estrela, o que é a mesma coisa que dizer que está relacionada à sua cor. As classes espectrais são nomeadas com letras, usadas de forma aparentemente aleatória, e vão de O, uma estrela muito quente e azul, a M, uma estrela fria e vermelha. Para se mudar de uma classe a outra gradualmente, usa-se algarismos de 0 a 9. Nessa classificação, o Sol é uma estrela G2.)

Há estrelas que têm brilho variável. Algumas são “falsas variáveis”; fazem parte de um sistema múltiplo que vez por outra abriga um eclipse entre as estrelas, causando uma diminuição aparente no brilho do conjunto. Mas há estrelas que variam de fato, e isso requer uma classificação especial. Geralmente, estrelas variáveis intrínsecas são classificadas em famílias, cujo nome é dado baseado na primeira estrela descoberta daquele tipo. As variáveis Cefeidas têm esse nome porque a primeira estrela deste tipo foi descoberta na constelação de Cefeu. As variáveis Delta Scuti foram batizadas por conta da estrela Delta da constelação do Escudo. E assim por diante.

Se as observações recentes feitas no Chile por um grupo de astrônomos se confirmar, em breve teremos uma nova família de variáveis…