Os fãs de Jornada nas Estrelas sabem que quando o Cap. Kirk manda levantar escudos significa que a coisa vai ficar preta. Na série dos anos 60, os campos de força (também chamados de escudos defletores) defendiam a nave de qualquer coisa: torpedos inimigos, meteoroides ou radiação espacial.
Os escudos de energia já estavam presentes no imaginário da ficção científica nas primeiras obras do gênero. Foi em 1936 que surgiu provavelmente a primeiro menção destes artefatos através do escritor John W. Campbell (1910-1971). Em 1953, a primeira versão cinematográfica da obra Guerra dos Mundos de H.G. Wells (1866-1946) mostra representações de campos energéticos defendendo os trípodes dos invasores marcianos.
Hoje em dia já se planejam escudos energéticos de verdade para vencer um grande desafio astronáutico: proteger naves espaciais das partículas radioativas emitidas pelo Sol. Uma viagem a Marte exporia os astronautas a um dose de radiação várias vezes maior do que a que estão expostos os tripulantes da ISS, que ainda conta com proteção do campo magnético da Terra.
Blindar a nave com espessas camadas de metal a tornaria pesada demais e implicaria em menos espaço para pessoas e equipamento. Para proteger os futuros viajantes do Sistema Solar, precisaríamos criar um campo magnético portátil que acompanhasse a nave. Possantes eletroímãs deveriam gerar este campo continuamente ao longo de toda a viagem visto que o campo magnético de Marte é muito fraco.
Uma viagem a Júpiter também precisaria de escudos contra a radiação, uma vez que este planeta gigante também aprisiona partículas solares em doses letais em sua magnetosfera.
Cientistas ingleses já testam protótipos reais destes escudos magnéticos em laboratórios.