Ceres é um planeta-anão e recebeu o nome em homenagem à deusa romana da colheita. O asteroide descoberto em 1801, pelo astrônomo italiano Giuseppe Piazzi, classificado inicialmente como planeta, depois asteroide, foi reclassificado como planeta-anão em 2006, por dividir a sua órbita com milhares de objetos no Cinturão de Asteroides, região entre Marte e Júpiter, o que o diferencia dos planetas clássicos dominantes em suas órbitas.
Nessa região os objetos sofreram pouca interação com os demais astros do Sistema Solar (assim como os cometas) e mantêm intactas as características de sua formação. Ceres parece ter semelhanças com a Terra e até com Marte, informações recentes mostram que ele deve possui grandes quantidades de gelo de água na superfície, fato comprovado pela presença de vapor de águas. Estudos também mostram que se ele possuir 25% de sua massa na forma de água, corresponderia a uma quantidade maior que a água doce na Terra.
Desde 2015 Ceres está sendo pesquisado pela sonda Dawn (que também tirou muitas fotos do asteroide Vesta). As últimas imagens revelam uma região brilhante na cratera Occator. Várias características complexas também foram identificadas nesta cratera, aumentando o mistério sobre a sua formação. Algumas regiões são relativamente jovens. E a água, até o momento, só foi encontrada na cratera Oxo.
Outra formação que intriga os pesquisadores é a montaha Ahuana. A sonda Dawn fez uma imagem desta região a uma distância de 46.000 quilômetros, e ela se apresentou com a forma de uma pirâmide. Com uma altura de quatro quilômetros – mais alta que o pico da Neblina, nossa maior montanha –, suas encostas são compostas de materiais que variam muito de brilho. Sua formação, alta e íngrime, é um dos mistérios de Ceres.
Este é apenas o começo do nosso entendimento de como esses pequenos corpos celestes se formaram em nosso sistema planetário.