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Coluna do Astrônomo

Explosão Solar

 

A manchete sensacionalista poderia muito bem ser “O SOL EXPLODIU!” De fato, houve uma explosão solar, mas isso não quer dizer que o Sol explodiu, espalhando inúmeros pedaços de si pelo espaço. Não. Não é isso que faz uma explosão solar.

 

O Sol é uma imensa bola de gás ionizado (o nome técnico desse material é plasma, e em física o plasma é reconhecido como o quarto estado da matéria). O Sol é uma imensa bola de plasma. Este fluido quente e borbulhante recobre toda a sua superfície.

 

Além disso, o Sol possui um forte campo magnético. Este gás ionizado, que pela própria definição é um gás composto por partículas eletricamente carregadas, está sujeito a uma forte interação com o campo magnético solar.

 

Por razões mais complicadas que estas breves linhas me permitem explicar, o campo magnético do Sol se enovela, se enrola, dá nós, se estica e se contorce. E o plasma responde a tudo isso, criando terremotos, ondas gigantes e furacões na superfície do Sol. Vez ou outra, há até uma erupção, com matéria sendo jogada rumo ao espaço. O nome técnico deste fenômeno é “ejeção de massa coronal”, mas o chamamos popularmente de “explosão”.

 

Uma explosão dessas joga uma quantidade incomum de partículas ionizadas rumo ao espaço. Parte deste jato de matéria pode vir parar em nossa vizinhança terrestre. Aqui, estes íons vão interagir com os campos magnéticos locais, tanto o natural (o campo magnético do nosso planeta), quanto os campos criados pelo homem. E quantas coisas, nos dias atuais, não dependem da eletricidade (e, por tanto, de campos magnéticos) para funcionar?

 

Quanto mais forte for a explosão solar, mais sentiremos os seus efeitos. Em 1989, mais de seis milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica em uma parte do Canadá por conta de uma explosão solar! Ontem, 9/1, foi o pico do bombardeio sofrido pela Terra, por conta de uma recente explosão no Sol. Por sorte, os efeitos foram quase imperceptíveis. Mas nem sempre isso é assim…

 

Em casos como esse, só nos resta torcer!

 
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Coluna do Astrônomo

Pra onde tenha Sol, é pra lá que eu vou!

 

Sim, o título do blog de hoje é uma frase da famosa música “o Sol”, interpretada pelo grupo Jota Quest. Ainda que a letra não se refira à escuridão pelo desaparecimento de nossa estrela, está bem adequada ao nosso tema. Nosso Sol não existirá para sempre.

 

Nossa estrela, assim como todas as outras, produz sua própria luminosidade, sendo por isso denominada em alguns livros de “corpo luminoso”. A Lua, ao contrário, é percebida majestosamente nas noites límpidas (e dias também), por refletir a luz do Sol.

 

O Sol realiza em seu interior, bem lá nas profundezas, uma série de processos, chamados de reações termonucleares. A principal delas consiste em “juntar” quatro núcleos de hidrogênio, gerando um núcleo de hélio. Desse casamento, uma enorme quantidade de energia é liberada, na forma de luz e, claro, calor.

 

Mas se a quantidade de energia liberada é imensa, a quantidade de “combustível” gasto é igualmente grande. No interior do Sol, algo como 600 milhões toneladas de hidrogênio, por segundo, são transformadas em hélio! Isso significa que enquanto tivermos hidrogênio no Sol, estamos bem.

 

Por sorte, nosso Sol é bem grande (cabem 1.400.000 terras em seu interior) e, portanto, temos bastante combustível ainda. Este processo é extremamente eficiente e duradouro. Estima-se que o Sol tenha 4,5 bilhões de anos, e que tenhamos pela frente mais uns 5 bilhões, ao menos. Mas uma hora, teremos sim problemas, o Sol ficará instável, aumentará em volume, e num último suspiro, ejetará boa parte de sua superfície para o espaço, aniquilando os planetas mais próximos (Mercúrio, Vênus e talvez a Terra). Nossa estrela terá uma classificação pomposa (“nebulosa planetária”), mas será então uma vaga lembrança distante do outrora vigor energético que sustentou a vida na Terra por 10 bilhões de anos. A vida, por sinal, deixará de existir, com certeza.

 

Nós, humanos, temos um desafio. Na verdade, dois. O primeiro, de conseguir manter este planeta habitável nos próximos cinco bilhões de anos, antes de a escuridão chegar. O segundo, encontrar um lugar para onde possamos correr, ou seja, “pra onde tenha Sol”.