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Tag: Astronomia árabe

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Coluna do Astrônomo

Testando a visão com as estrelas: um antigo teste árabe

  • Post author By Paulo Cesar Pereira
  • Post date 16/03/2017

Na Idade Média, a óptica estava dando seus primeiros passos, e a oftalmologia estava longe de atingir seu estágio atual, altamente tecnológico e aperfeiçoado. Então, se você precisava testar sua visão, era comum recorrer à Astronomia. Um tipo de teste de visão era conduzido observando-se as estrelas e um, em particular, ficou conhecido como o teste árabe de visão. É esse o tema do nosso blog.

Assim como hoje em dia exige-se em algumas situações que as pessoas tenham boa visão (direção de veículos, por exemplo), mil anos atrás alguns casos demandavam pessoas com acuidade visual acima da média. Na Roma antiga exigia-se que os candidatos a arqueiros do exército imperial tivessem excelente visão, assim como no Oriente Médio em relação aos guerreiros e caçadores. Como se fazia naquela época para avaliar este quesito nos candidatos?

“Eu lhe mostro Al-Suha e ele me mostra a Lua”

-provérbio árabe

O teste de visão mais simples que podemos fazer quando visitamos o oftalmologista, consiste em tentar identificar, numa tabela, letras e/ou números de tamanhos cada vez menores, a uma certa distância (vamos chamar aqui, informalmente, de teste das “letrinhas”). Qualquer um que já tenha se consultado sabe do que se trata. A imagem abaixo é um exemplo de teste realizado para pessoas da língua árabe, numa justíssima referência ao tema do blog.


Teste básico de visão adotado modernamente, em árabe.

No Oriente Médio era costume utilizar duas estrelas para avaliar a visão: Mizar e Alcor (também conhecida como Alsuha), ambas na constelação da Ursa Maior. Mizar é a mais brilhante das duas, e o teste consistia em tentar enxergar Alcor, bem menos brilhante, e distante 11 minutos de arco de Mizar. Este é o teste árabe de visão. As duas estrelas foram descritas num dos mais antigos manuscritos ilustrados islâmicos, escrito pelo astrônomo persa Al-Sufi, no século 10: “O Livro das Estrelas Fixas”.


Ursa Maior – Livro das Estrelas Fixas, de Al-Sufi (903-986). A seta verde identifica Mizar (vermelho) e Alcor (preto). Crédito: Bodleian Library – Marsh 144.

Na bela foto abaixo, identificamos novamente as duas estrelas. Na Ursa Maior destacam-se sete estrelas que formam uma figura que lembra uma “caçarola” para alguns. Aliás, a “caçarola” é um dos asterismos mais famosos. 


A “caçarola” da Ursa Maior, com as estrelas alvo do teste de visão.

Há mil anos, este método era utilizado para avaliar a visão da tropa de elite do exército persa. Os beduínos da península arábica o utilizavam, inclusive, para avaliar a visão das crianças. Se você não pudesse identificar essas duas estrelas, em particular, provavelmente você não seria um bom guerreiro ou caçador.

Em seu livro, Al-Sufi vai além dos aspectos astronômicos e destaca uma curiosidade da cultura de seu tempo associada a estas estrelas:

“Acima de Mizar, e quase grudada nela, existe uma pequena estrela que os árabes chamam Alsuha. Em outros dialetos árabes, é conhecida por Al-Saidaq e não foi mencionada por Ptolomeu. Com essa estrela as pessoas testam a visão.”

Alcor, o nome que adotamos no blog, é o nome moderno dessa estrela (adotado na Renascença) e significa “fraca”. Logo em seguida, Al-Sufi menciona um famoso provérbio, que, segundo a tradição, costumava ser usado pelos companheiros do profeta Maomé:

“Eu lhe mostro Al-Suha e ele me mostra a Lua”

Ora, Alsuha significa “a esquecida”. No caso, a fraca estrela Alcor utilizada no teste de visão. Uma possível interpretação para o provérbio seria então:

“A pessoa consegue ver o óbvio, mas lhe escapam as coisas sutis.”

Estudos recentes indicam que Mizar e Alcor estão ligadas gravitacionalmente com outras quatro estrelas. Ou seja, fazem parte de um sistema sêxtuplo! Outra curiosidade: a constelação da Ursa Maior, onde Mizar e Alcor estão localizadas, está presente na obra “Macunaíma”, de Mário de Andrade: o personagem Macunaíma se transforma na constelação da Ursa Maior.

Mas vamos ao que interessa, que tal refazer o antigo teste de visão árabe?

Infelizmente, nem todos os leitores poderão fazer o teste. Embora a Ursa Maior seja visível no Brasil, ela é uma constelação melhor observada do hemisfério norte. Por nosso país ser muito grande, quanto mais ao sul, mais difícil será de observá-la.

Para os estados do Nordeste, Norte, e parte do Centro-Oeste, ótima notícia: estamos em plena temporada da Ursa Maior. A carta celeste abaixo ajuda a identificar a Ursa Maior e as nossas estrelas-alvo. A carta pode ser usada nas regiões Norte e Nordeste, entre os meses de março e maio. Os habitantes dos estados da região Nordeste devem usar a carta às 23h, enquanto os da região Norte, à 0h. Vale a recomendação de sempre: procure lugares com horizontes livres, sem montanhas e prédios.

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Carta celeste válida para a região Nordeste, por volta das 23h, e região Norte, por volta das 0h. Mizar/Alcor, alvos do nosso teste de visão árabe, estão identificadas com um traço amarelo. O leste está à direita e o oeste à esquerda. A dica é olhar na direção norte, buscando um horizonte mais amplo possível, sem interferência de prédios ou montanhas.

Uma última curiosidade: um estudo médico recente indicou que a habilidade em separar visualmente as estrelas Mizar e Alcor, equivale modernamente à visão “20/20” no teste das “letrinhas”, e se encontra na faixa considerada “normal” para a visão. Estrelas bem interessantes, não é mesmo?

 
  • Tags Astronomia árabe, Astronomia Cultural, Mizar, teste de visão árabe, Ursa Maior

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Coluna do Astrônomo

A língua franca da Astronomia

  • Post author By Paulo Cesar Pereira
  • Post date 15/02/2017
  • No Comments on A língua franca da Astronomia

Segundo o dicionário, língua franca é um sistema de comunicação (língua de contato), usado para estabelecer relações comerciais e comunicações básicas, numa comunidade em que coexistem duas ou mais línguas. Assim, é possível que todos consigam comunicar-se uns com os outros. Geralmente, a língua franca é diferente de todas as línguas naturais faladas pela comunidade.

Historicamente, a existência de uma língua franca favoreceu o intercâmbio social, econômico e cultural entre os povos. Ela servia ao comércio, à diplomacia e a várias outras atividades, e se destacava naturalmente graças ao domínio econômico e militar de diferentes povos.

A ciência é uma atividade internacional por natureza: é fundamental para um cientista compartilhar suas ideias e expô-las à crítica. E existem interessados nos mesmos assuntos espalhados pelo mundo. Nesse sentido, a comunicação escrita tem um papel-chave há séculos, permitindo que os trabalhos se tornem documentos com uma linguagem objetiva que podem ser consultados por várias gerações. A língua franca de cada época sempre foi a preferida para a elaboração dos documentos científicos, por transmitir informações para um número bem maior de pessoas.

Na Antiguidade, o sânscrito e o grego foram a língua da ciência, depois foi a vez do latim. Séculos depois, foi do francês e alemão (que não o substituíram totalmente) e, a partir do século XIX, do inglês. Pelo menos, essa é a história que normalmente ouvimos, com pouca ou nenhuma menção ao rico período da ciência medieval registrada em árabe.

Um dos manuscritos ilustrados islâmicos mais antigos é conhecido como MARSH 144. Datado do ano 1009, trata-se de uma cópia do “Livro das Estrelas Fixas”, que foi escrito pelo astrônomo persa Al-Sufi (903-986).

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O autor certamente teve inspiração em partes da obra clássica de Ptolomeu “Mathematike Syntasis”, mais conhecida por Almagesto. Como muitas obras científicas da época, o Almagesto foi traduzido para o árabe no século 9. Você deve estar se perguntando o motivo de traduzir a obra de um gênio da cultura grega para o árabe, em vez do latim.

Entre os séculos 8 e 13, aproximadamente, enquanto a parte ocidental da Europa estagnava em várias áreas do conhecimento humano, o extenso império islâmico florescia. Como resultado da rápida expansão, um enorme território que englobava a península Ibérica, o norte da África, a península Arábica, a Pérsia e parte da China e da Índia, estava sob dominação muçulmana. Uma verdadeira revolução social se seguiu como resultado de um ambiente, contendo diferentes etnias, religiões e culturas. Além disso, a proximidade com as antigas cidades, onde o conhecimento grego e persa haviam circulado, favoreceu o florescer da ciência muçulmana.

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Várias cidades muçulmanas tornaram-se polo de cultura, negócios, comércio e, naturalmente, de ciência. Cidades cosmopolitas como Bagdá, Damasco, Cairo e Córdoba, foram centrais na produção e disseminação da ciência por todo o território islâmico, influenciando regiões vizinhas não islâmicas.

Naturalmente, um território tão vasto e heterogêneo apresentava tensões de toda ordem, de forma que podemos dizer que não havia uma unidade política. De fato, era comum governantes em diferentes territórios advogarem para si o controle do império. A força do império residia, de fato, no poder unificador da língua, arte, arquitetura e, principalmente, da religião; -o Corão, livro sagrado dos muçulmanos, e que contém a Revelação transmitida diretamente de Deus para o profeta Maomé, estava escrito em árabe.

Com o tempo, a língua árabe permeou o extenso território por meio de documentos, textos sagrados e científicos. O árabe tornou-se a língua franca do império muçulmano e, consequentemente, da ciência medieval. Por volta do século 12, teve início na Europa ocidental, principalmente em Toledo e na Sicília, intenso movimento de tradução das principais obras científicas e filosóficas de pensadores muçulmanos e gregos. O árabe perdia força como língua da ciência. As traduções eram agora do árabe para o latim e viriam a ser cruciais para o surgimento do Renascimento Científico a partir do século 16. Roger Bacon, Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Kepler, dentre outros gigantes da ciência, tiveram acesso às obras traduzidas do árabe, e, certamente, foram profundamente influenciados por estas, ao formularem os fundamentos do que chamamos hoje ciência moderna.

Hoje a língua franca da ciência é o inglês, mas o legado de antigos povos, seja em grego, sânscrito, árabe, latim e outras línguas, é eterno.

  • Tags Astronomia árabe, ciência muçulmana, idade média

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Coluna do Astrônomo

Al-Sufi e a “descoberta” da Galáxia de Andrômeda

  • Post author By Paulo Cesar Pereira
  • Post date 25/08/2016
  • No Comments on Al-Sufi e a “descoberta” da Galáxia de Andrômeda

Abu Hussain Abd al-Rahman ibn Omar al-Sufi (903-986), mais conhecido por Al-Sufi, é considerado um dos mais importantes astrônomos da Idade Média. De origem Persa, realizou observações astronômicas em sua terra natal e em Bagdá, então capital do império muçulmano. Mas onde entra uma galáxia nesta história?

A galáxia de Andrômeda é uma das mais belas que conhecemos. Está localizada a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Andrômeda. O número até pode ser gigantesco, mas, em termos astronômicos, esta galáxia está próxima da Terra, o que a torna um objeto relativamente brilhante no céu.

Galáxia de Andrômeda
Galáxia de Andrômeda. Crédito: André van der Hoeven.

De fato, é uma das três únicas galáxias que podem ser vistas da Terra a olho nu. As outras duas são a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.

Justamente por causa do brilho, estas galáxias foram registradas bem antes do surgimento do telescópio.

Pois é, muita gente pensa que só foi possível observar galáxias e planetas após a invenção do telescópio, no século 17. No entanto, muito antes disso, na Grécia Antiga,
e, posteriormente, na Idade Média, os astrônomos faziam observações dos astros utilizando outros instrumentos (quadrante, astrolábio, sextante, etc). Estes instrumentos foram usados basicamente para medir as posições dos planetas e das estrelas.

No século 10, Al-Sufi  fez uso intenso destes instrumentos, com a finalidade de produzir a primeira revisão crítica do mais importante catálogo estelar até então produzido: o “Almagesto”, confeccionado pelo astrônomo Egípcio Ptolomeu, no século 2. 

O resultado mais importante do esforço de Al-Sufi foi “O Livro das Estrelas Fixas”. Com este livro, o Persa tornou-se o primeiro astrônomo a descrever uma “nebulosidade” na constelação de Andrômeda, que conhecemos atualmente como a bela Galáxia de Andrômeda.

No livro, a constelação de Andrômeda é apresentada como a princesa acorrentada, conforme a descrição original grega. No entanto, para o espanto de muitos, superposta a ela, vemos o “Grande Peixe”, uma constelação Árabe que não consta na obra grega. O astrônomo Persa descreve uma “pequena nuvem” próxima a boca do Grande Peixe. O desenho identifica a nebulosidade com uma pequena aglomeração de pontos (marcada com uma seta na figura abaixo).

Cópia mais antiga existente do livro de Al-Sufi, datada de 1009 (Oxford, Bodleian Library MS. Marsh 144, pag. 167)
Cópia mais antiga existente do livro de Al-Sufi, datada de 1009 (Oxford, Bodleian Library MS. Marsh 144, pag. 167)

Esta pequena aglomeração de pontos é a Galáxia de Andrômeda, e tem enorme importância histórica: este desenho é a primeira imagem de uma galáxia.

Al-Sufi preparou diversas cartas celestes a partir de suas próprias observações e cuidadosamente atualizou valores de magnitudes estelares atribuídas erroneamente por Ptolomeu. Seu livro foi um primor da astronomia estelar.

Tendo sido escrito originalmente em Árabe, “O Livro das Estrelas Fixas”  foi referência na Astronomia por muito tempo, influenciando decisivamente a maneira como as cartas
celestes viriam a ser confeccionadas nos séculos seguintes. Sobre isso falaremos  em outro momento.

Até a próxima!

  • Tags andrômeda, Astronomia árabe

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