O frenesi do Fim do Mundo continua
Segundo uma matéria publicada no dia 2/5/2012 no Estadão, um estudo revelou que quase 15% da população mundial acredita que o fim do mundo ocorrerá durante sua vida, e 10% dos entrevistados acham que o calendário maia pode indicar que vai acontecer em 2012.
Já falamos algumas vezes aqui no blog do Planetário sobre o calendário maia e o fim do mundo (veja as curiosidades do mês de janeiro e fevereiro), mas, pelo visto, a celeuma vai durar até o dia 21 de dezembro, data do suposto fim do mundo. Vamos aproveitar então para aprofundar um pouco mais o conhecimento sobre os calendários maias.
Os maias não foram os únicos a criar longos ciclos de tempo que transcendem o ciclo anual das estações. Nós mesmos computamos décadas, séculos e milênios, e pudemos acompanhar o mais recente rebuliço causado pela virada do milênio, quando também vimos a polêmica do fim do mundo reacender. Temos também as eras, ciclos ainda mais longos. O nascimento de Cristo, por exemplo, deu origem à Era Cristã, no nosso calendário, que perdura até hoje e cujo fim chegará com a segunda vinda de Cristo ao mundo, segundo a crença cristã.
A Pedra do Sol Mexica tem uma enorme importância simbólica, representando um cosmograma, ou seja, descreve o Universo e sua ordem cósmica. Os mexicas ou astecas tinham seus próprios nomes e símbolos para os dias, mas as unidades e a mecânica do calendário são essencialmente as mesmas do calendário maia.
No centro do disco se encontra uma figura que tem sido identificada como o Sol atual, o quinto numa linha de sucessão de “Sóis”. Cada um destes “Sóis” teria governado uma era que sucumbiu a um cataclisma – furacões, chuvas de fogo, inundações –, sendo substituída por uma nova era. Estas quatro eras, pelas quais o povo mexica teria passado, estão representadas nos quatro retângulos que circundam a figura central. A era atual terminaria em 2012, segundo a mitologia Mexica.
Seriam estas narrativas descrições de eventos reais ou metáforas? Seriam presságios do real fim do mundo? Especialistas familiarizados com a filosofia maia acham que estas profecias não devem ser interpretadas literalmente.
E o assunto continua…