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Coluna do Astrônomo

“Só os tolos e os mortos jamais mudam de opinião”

 

James Russel Lowell, poeta americano do final do século XIX, nunca esteve tão certo. A citação acima (o título deste texto) expressa um pensamento que deveria ser seguido por todas as pessoas, e principalmente pelos cientistas. Digo isto por causa das últimas informações sobre a possível constatação do modelo inflacionário com a presença de um indicador na Radiação Cósmica de Fundo.

No dia 17 de março deste ano, foi anunciado ao mundo estes indícios. Corroborando a teoria inflacionária do Big Bang, a polarização observada na radiação cósmica de fundo ajusta-se muito bem ao previsto caso tenha sido perturbada por ondas gravitacionais geradas antes que houvesse o desacoplamento entre matéria e energia. Sem o descoplamento, o Universo era totalmente opaco e não era possível observar-se em nenhum comprimento de onda.

No dia 19 de junho, estas afirmações continuaram, mas os pesquisadores disseram que uma possível contaminação nos dados observacionais da Radiação Cósmica de Fundo, provocada pela poeira da Via Láctea, pode ter ocorrido, levando a erro na sua interpretação.
  
Como afirma John Kovac, do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, autor da descoberta: “A principal descoberta não foi alterada; nós temos grande confiança nos nossos resultados”. Porém, o grupo de pesquisadores publicou no periódico científico “Physical Review Letters” um artigo reconhecendo a possível influência da poeira galáctica em seus dados.
  
Dentro de algumas semanas teremos algumas resposta graças às observações feitas pelo telescópio espacial Planck. Assim que confirmadas ou não as suspeitas divulgaremos para os nossos leitores. Fique de olho no nosso Blog, Facebook e Twitter e acompanhe essa e outras notícias da Astronomia.
 
 
Postagem relacionada: http://www.planetariodorio.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=3268:polarização-da-radiação-cósmica-de-fundo&Itemid=290
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Coluna do Astrônomo

Polarização da Radiação Cósmica de Fundo

 

Hoje, dia 17 de março de 2014, foi anunciada uma das maiores descobertas da Astrofísica: a observação de ondas gravitacionais utilizando a Radiação Cósmica de Fundo. As ondas gravitacionais foram previstas pela Teoria da Relatividade Geral, formulada por Albert Einstein em 1915. Nesta teoria, a gravidade é tratada como o resultado da distorção no espaço-tempo causado pela presença de massa. Ao acelerar-se, a massa provoca uma ondulação no espaço-tempo que se propaga como uma onda sobre uma superfície de um lago.

 

Astrônomos do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics anunciaram a detecção destas ondas. Esta descoberta corrobora a teoria inflacionária para explicar o principal modelo de origem do Universo, o Big Bang. Além disto, o sinal encontrado é muito mais forte que o esperado, fazendo com que uma classe de modelos de inflação seja descartada, direcionando ainda mais as pesquisas para novas teorias físicas.

 

De acordo com Chao-Lin, da Universidade de Stanford, projetista do equipamento de detecção que encontra-se no Polo Sul, foi encontrada uma ondulação na polarização da imagem da Radiação Cósmica de Fundo que só pode ser criada por ondas gravitacionais produzidas pelo processo inflacionário.

 

Este resultado é tão espetacular e de tamanha significância que os pesquisadores ficaram receosos de divulgar para a comunidade científica e passaram o último ano realizando diversos testes para eliminar possíveis erros observacionais e de interpretação, além de enviar os dados para outros pesquisadores analisarem.

 

Esta descoberta é muito importante porque poderá fornecer informações sobre os primeiros momentos do Universo, coisa que outros indicadores e experimentos não conseguem captar pois, durante os primeiros 300 milhões de anos, o Universo era opaco para todos os tipos de radiação eletromagnética.

 

As ondas gravitacionais puderam se propagar na sopa primordial e agora fornecem informações de características imediatamente após o Big Bang, tornando-se provavelmente a única maneira de obter sinais da origem do Universo.

 

 

Para os mais curiosos, vejam o vídeo (em inglês) sobre a descoberta.

 

http://www.space.com/25090-big-bang-gravity-waves-discovered-video.html

 

Novas informações sairão em breve e falaremos mais sobre esta descoberta. Aguardem!