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Coluna do Astrônomo

Eu assisti Gravity, e você?

Decidi que iria ver o filme assim que vi o primeiro trailer meses atrás. Estou falando do novo filme de Alfonso Cuarón, intitulado “Gravity” (Gravidade), com Sandra Bullock e George Clooney. Filmes sobre espaço são irresistíveis pra mim. Interessante que este filme foi considerado um filme de ficção científica só porque se passa no espaço. Podia classificá-lo como filme catástrofe ou thriller de suspense. A meu ver, uma obra para ser considerada ficção científica deve tratar de algo que ainda não existe. Sem estragar a história pra você que ainda não viu, quero comentar alguns pontos. A sinopse do filme é a seguinte: uma série de acidentes (bem exagerados, diga-se de passagem) deixa uma dupla de astronautas à deriva no espaço. Isso pode acontecer a qualquer momento, não na dimensão catastrófica descrita no filme, porém é uma possibilidade real. De certa maneira alguma coisa descrita neste filma já aconteceu. Alguns acidentes já causaram perdas consideráveis no espaço.

Astronauta mulher não já não é novidade há bastante tempo. A primeira mulher foi ao espaço há 50 anos, em 16 de junho de 1963, seu nome era Valentina Vladimirovna Tereshkova. A primeira americana a ir ao espaço a bordo de um ônibus espacial foi há 20 anos. Logo, a personagem interpretada por Sandra Bullock não tem nada de tão novo. Logo o filme é ficção, mas não científica.

Atenção! Perigo de Spoiler: Talvez a partir daqui, se você não viu o filme ainda, é melhor parar, pois vou comentar o desenrolar do filme no próximo parágrafo.

No filme, o perigo do lixo espacial é exagerado demais. A destruição de um satélite não poderia causar a tal reação em cadeia descrita no filme. Há espaço demais para enchê-lo todo com destroços. As distâncias entre satélites e estações espaciais são bem maiores do que o filme sugere.

Outra coisa que me incomodou muito é a facilidade de usar naves sem treinamento específico. A astronauta sai apertando botões e fazendo procedimentos totalmente não convencionais e pasmem, funciona. Mas aquilo é Hollywood, não é mundo real.

A reentrada aos trancos e barrancos da nave Shenzou no final do filme foi forçar a barra demais. Ainda cair em um continente e não no meio do mar foi demais.

Pode não parecer, mas, no geral, eu gostei muito do filme. Gostei, pois tratou de um assunto que eu gostaria que fizesse parte do cotidiano das pessoas. Profissionais trabalhando e se arriscando no espaço deveria se tornar algo cada dia mais comum. Sonho que a profissão de astronauta seja considerada algo do mesmo nível de normalidade que caminhoneiros em estradas remotas, pilotos de aviões comerciais e tripulantes de navios.

Trailer Oficial: https://www.youtube.com/watch?v=H4coTNta-YA