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Coluna do Astrônomo

O Sol e suas irmãs gêmeas

 

Gêmeos sempre atraíram a atenção das pessoas. Não é algo comum de acontecer. Algumas estatísticas dizem que a ocorrência de gêmeos idênticos é cerca de 4 a cada 1.000 nascimentos. Os gêmeos podem ser bastante parecidos (univitelinos ou idênticos) ou terem muitas diferenças (multivitelinos), ou até mesmo nascerem um menino e uma menina. Mas uma coisa é certa, eles têm a mesma mãe.

 

E no espaço? Será que isso ocorre também? Vamos investigar. No que se refere a planetas, hoje os astrônomos estão em uma busca frenética para encontrar uma irmã gêmea da Terra. A motivação maior é que, se existir um planeta parecido com a Terra – mais ou menos do mesmo tamanho, com uma temperatura similar, a uma distância confortável (esteja na zona de habitabilidade) –, pode ser possível ter vida neste planeta. São cerca de mil e quinhentos planetas descobertos até agora, e poucos são os candidatos a irmã gêmea da Terra. Mas a busca continua.

 

Mas e as estrelas? Só na nossa galáxia são cerca de 200 bilhões de estrelas. E existem bilhões de galáxias no Universo. Será que temos uma irmã gêmea do Sol? Pode ser.

 

Um estudo recente, através da análise química de uma estrela e de sua órbita ao redor do centro da nossa galáxia, mostra que o Sol tem pelo menos uma irmã gêmea: HD 162826.

 

Não quer dizer que esta estrela seja parecida com o Sol, mas tem a mesma mãe. Como isso é possível? O Sol, como todas as estrelas nascem de uma nuvem de gás e poeira chamada de nebulosa. Essa nebulosa, por algum motivo – uma explosão de uma estrela próxima, por exemplo-, começa a se contrair juntando esse material no seu centro. Após milhões de anos, a temperatura neste núcleo é tão grande (cerca de 10 milhões de graus) que começa a fusão termonuclear (atómos de hidrogênio se juntam para formar um átomo de hélio) produzindo energia, na forma de luz e calor. A estrela brilha e dizemos que ela nasceu.

 

Mas a matéria desta nebulosa (a mãe) é suficiente para gerar dezenas ou milhares de estrelas. E cada uma segue o seu caminho. Pois agora, a equipe liderada pelo astrônomo Ivan Ramirez, da Universidade do Texas, conseguiu identificar uma das estrelas que nasceram da mesma nebulosa que deu origem ao Sol. Portanto, uma estrela gêmea de nosso astro rei, a estrela HD 162826. Ela não é visível a olho nu, mas com um pequeno binóculo. Fica a 110 anos-luz de distância, na constelação de Hércules, próxima da estrela Vega, da constelação da Lira, no hemisfério norte da esfera celeste. (Veja aqui)

 

A importância desta descoberta é que poderemos identificar de onde viemos, ou onde nascemos, e tentar entender como o nosso sistema solar se tornou hospitaleiro à vida. Existe, ainda, uma pequena chance de algumas destas estrelas também terem planetas com vida, quem sabe. Este estudo, pelo menos, permitirá encontrar outros irmãos do Sol que, porventura, esteja vagando pela nossa galáxia.

 

Uma nova “família” está para ser descoberta!

 

 

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Coluna do Astrônomo

Primeiro exoplaneta orbitando gêmea solar em um aglomerado

 

Astrônomos descobriram três planetas orbitando estrelas do aglomerado aberto M67, também catalogado como NGC 2682, que reúne cerca de 500 estrelas a cerca de 2.500 anos-luz na constelação de Câncer, ou Caranguejo. Apesar de mais de mil exoplanetas, ou planetas extrassolares, já terem sido confirmados, poucos foram encontrados em aglomerados estelares.

 

E mais interessante ainda é que dois desses planetas orbitam estrelas semelhantes ao Sol, uma delas considerada gêmea solar. Uma gêmea solar é uma estrela quase idêntica ao Sol, em diversos aspectos. Esse é o primeiro exoplaneta detectado em uma gêmea solar dentro de um aglomerado. Esses dois planetas têm cerca de um terço da massa de Júpiter e são bastante velozes, orbitando suas estrelas em alguns dias.

 

 

Uma gêmea Solar influencia o espaço ao seu redor da mesma forma que o Sol, ou seja, mesma intensidade de vento estelar, mesma quantidade de radiação, mesmo brilho, mesma temperatura e mesmos tipos de atividades. Isso seria o cenário ideal para encontrarmos vida semelhante à da Terra, caso também fosse encontrado um planeta parecido com a Terra, a uma distância de cerca de uma unidade astronômica da estrela, e com uma Lua de tamanho proporcional à nossa Lua, com cerca de um quarto do tamanho do planeta. O fato da nossa Lua ser grande é um fator importante para a vida, pois ela mantém nosso eixo de rotação estável e protege o planeta de impactos de asteroides.

 

O terceiro planeta descoberto em M67 orbita uma estrela gigante vermelha, mais evoluída que o Sol. Tem mais massa que Júpiter e sua órbita demora 122 dias para se completar.

 

Veja abaixo um vídeo falando sobre os planetas de M67 (em inglês).

 

http://www.youtube.com/watch?v=ALGWq7BR0oU

 

Leia Mais:

 

Site do ESO (em inglês): http://www.eso.org/public/news/eso1402/