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Busca por universos paralelos é promissora

Comentário do Astrônomo Alexandre Cherman à “’Busca por universos paralelos é promissora’, segundo cientista”.

A palavra “Universo” surgiu provavelmente no começo do primeiro milênio. Foi cunhada a partir de um erro conceitual grave, porém corriqueiro. Acreditava-se, naquela época, que a Terra jazia imóvel no centro do Cosmos (um sinônimo de Universo, este termo tem origem grega e quer dizer “beleza, organização”). Assim sendo, a única maneira de explicar o movimento diurno dos objetos celestes, que hoje sabemos ser um movimento aparente causado pela rotação da Terra, era conferir a todos os astros um movimento em uníssono, com período de 24h.

Para os nossos antepassados, tudo o que havia no céu girava como um grande objeto, dando uma volta completa em 24 horas. Este “girar como uma coisa só”, em latim, é dito “unus verterem”, termo que acabou se corrompendo e deu origem à palavra “Universo”. Ou seja, o nascimento deste termo, “Universo”, partiu de uma idéia errada que tínhamos sobre o Cosmos.

Como definimos “Universo” nos dias atuais? Simples. Assustadoramente simples. Universo é “tudo o que existe”. A Cosmologia é um ramo da ciência que alia Física, Astronomia e Matemática para estudar o Cosmos, ou o Universo. Ou seja, a Cosmologia estuda TUDO O QUE EXISTE!!!!

Por isso mesmo eu não gosto do termo “universos paralelos”. Ora, se o Universo é TUDO, como pode haver um outro Universo, paralelo, ortogonal ou cor-de-rosa-com-bolinhas-roxas?!? Ao invés de “universos paralelos”, deveríamos estar usando o termo “partes desconhecidas do Universo” (afinal, o Universo é tudo o que existe…).

Não sou indiferente ao fato de que “universo paralelo” é bem mais sonoro e instigante do que “parte desconhecida do Universo”. Mas “universo paralelo”, do ponto de vista semântico, é um oximoro.

Independente disso, a notícia é muito estimulante. Estas partes desconhecidas do Universo existiriam independentes entre si, sem contato (daí o termo “paralelo”). A nossa parte não tem ligação com outras partes, e assim sucessivamente. Mas não têm ligação nos dias atuais. No passado, estas “bolhas isoladas” (partes desconexas do Universo) teriam se esbarrado e se interpenetrado. E tal como bolhas, teriam definido interseções que poderiam ser observadas ainda nos dias de hoje.

Mas por que a condicional? Ora, porque isso tudo é hipótese, mera especulação. A descoberta de alguns padrões circulares é interessante, mas desde já fica a ressalva: não há porque as “bolhas” serem perfeitamente circulares e, portanto, não há porque suas interseções, se é que elas existem, serem círculos.

Se a informação é um produto, aqui mais do que nunca vale a máxima latina: caveat emptor (o risco é do comprador).

E fica o convite para o leitor que se interessa pelo tema: o curso “Introdução à Cosmologia” acontecerá de 19 a 23 de setembro.

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