Descoberta de água em Marte reacende discussão sobre existência de vida
As descobertas feitas por sondas e robôs exploradores em Marte têm causado surpresa. A última delas, feitas pela Mars Reconnaissance Orbiter, revelou os primeiros indícios de que existe água em estado líquido no planeta vermelho. Essas evidências reacenderam a discussão sobre a existência de vida em nosso vizinho.
Para o astrônomo da Fundação Planetário, Luis Guilherme Haun, a possibilidade de existir água líquida em Marte é um fato importante e promissor para os estudos futuros sobre o planeta.
“Há mais de 15 anos que sabemos que há água em Marte. Mas é a primeira vez que temos um indício forte de encontrá-la em estado líquido. O próximo passo, agora, é buscar se há vida em Marte”.
Haun acredita que, no passado, pode ter havido vida em Marte. Mas ele considera, uma vez que ainda não há provas, que não da mesma maneira que na Terra, pois as condições do planeta vermelho só permitiriam formas de vida microscópicas.
“Não haveria condições, por exemplo, de um ser humano viver em Marte. O planeta não tem uma atmosfera como a da Terra, capaz de proteger-nos dos raios infravermelhos e ultravioletas do Sol. Além disso, o ar é muito rarefeito e as temperaturas são, de uma forma geral, baixas”.
A próxima missão da Nasa para Marte está programada para 25 de novembro. Neste dia, a agência espacial americana vai enviar o robô Curiosity, que vai coletar informações que permitirão o estudo da história geológica do planeta e entender como um local com água e possibilidade de ser habitado se transformou em uma terra seca e ácida.