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Aprendendo com os outros

Em uma manhã desta semana, caminhei pela praia de Copacabana e algo, numa daquelas esculturas de areia que se tornaram comuns na orla, me chamou a atenção. Aquilo me remeteu a uma discussão sobre patrocínio de missões espaciais.

Quando países como Japão, China e Índia deram seus primeiros passos na conquista do espaço, comentou-se sobre a participação de empresas privadas dos mais diversos segmentos de mercado como patrocinadoras das missões. Como as missões espaciais são, em geral, financiadas cem por cento pelos governos, essa seria uma inovação interessante. Alguns foram contra e outros a favor.

O que você acha de ver uma sonda levando astronautas à Lua com o símbolo do McDonald’s estampado do lado de fora? Ou um ônibus espacial na plataforma de lançamento com uma gigantesca maçã mordida ao lado de um gigantesco “Apple” estampado no lado de fora do compartimento de cargas? E que tal astronautas trabalhando na Estação Espacial Internacional usando uniformes com o símbolo da Wolkswagen na manga? Seria algo parecido com aquele boné que o Ayrton Senna usava sempre que aparecia em público, com o logotipo do falido Banco Econômico estampado na testa.

Na época, algumas pessoas acharam que isso feria a cientificidade das missões espaciais (como se missões espaciais tivessem objetivos apenas científicos – eu adoraria que fosse assim!), outros argumentaram que seria uma maneira de salvar programas espaciais. A antiga União Soviética, líder da conquista espacial por muitos anos, teve seu programa prejudicado por questões financeiras. O patrocínio da iniciativa privada talvez tivesse mudado essa história.

Mas essa possível parceria entre programas espaciais e a iniciativa privada é uma maneira de aprender, por exemplo, com o cinema, que consegue patrocínio em troca de alguns segundos em uma cena mostrando o logotipo de um patrocinador.

O que me fez lembrar dessa questão foi ter visto um dos escultores colocar ao lado de sua escultura uma lista dos gastos que ele teve em sua obra, exatamente como é feito nas obras públicas. Sua lista começava mais ou menos assim:

    Espátula                                                                         R$12,00
    Colorjet (tintas em spray)                                                  R$25,00
    Borrifador (para borrifar água e dar consistência à escultura)    R$8,00

e seguia adiante com cerca de dez linhas discriminando todos os gastos envolvidos. Não sei se ele teria todas as notas fiscais de seus gastos, como devem ter as obras públicas, mas ele soube captar a ideia.

Os escultores cobram alguma gorjeta de quem quiser tirar fotografias de suas obras, e uma lista com os gastos envolvidos pode ser um incentivo a quem quiser deixar alguma contribuição. Da mesma forma, os gastos envolvidos nas obras públicas servem de estímulo para pagarmos os impostos sabendo como (pelo menos uma parte) estão sendo utilizados.

Esse escultor pegou uma ideia de outro segmento, obras públicas, e trouxe para o seu segmento, esculturas engraçadinhas para turistas tirarem fotos. Essa é uma das maneiras de se fazer inovações, e seria uma boa inovação conseguir patrocínio para as missões espaciais, assim como se faz no cinema.

 

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