O encanto dos Planetários
No meu último fim de semana de trabalho no Planetário, me dei conta de algo que me emocionou profundamente. Desde o início deste ano, tenho reparado em uma mãe e um menino que são assíduos frequentadores. Já os vi assistindo sessões em uns três ou quatro fins de semana em que eu trabalhei.
Sempre no final da sessão, quando começa a tocar a música de encerramento, o menino se levanta da cadeira e começa a dançar empolgadamente. Apesar de tantas ofertas de diversão pela cidade, aquela mãe dedicada traz sempre seu filho aqui. É emocionante ver o encantamento que o Planetário exerce sobre este menino e, certamente, sobre muitas outras crianças que não me chamaram tanto a atenção.
Lembrei de mim mesma, quando minha mãe me trouxe pela primeira vez ao Planetário, na minha adolescência, para assistir a uma sessão com o saudoso Spacemaster na cúpula Galileu. Este dia, que eu nunca vou esquecer, foi muito especial, numa época em que eu sonhava em fazer parte de uma frota estelar para conhecer outros mundos, embalada pelos desenhos animados e filmes de ficção científica da década de 1980…
De onde vem todo este fascínio pela Astronomia que encanta tanto os jovens de nossa época? Será o mesmo fascínio pelo desconhecido que movia os navegadores do século XVI e os naturalistas do século XIX, agora direcionado a outros destinos além Terra?
O que eu posso dizer é que fico feliz em poder contribuir para proporcionar estes momentos felizes para estas famílias de pequenos sonhadores, que, espero, um dia, serão também grandes realizadores!
Um grande abraço à mãe deste menino, que ainda não tive a oportunidade de conhecer, à minha mãe, que me incentivou nos meus mais loucos sonhos, e a todas as mães que viajam pelo Universo junto com seus pequenos. Espero também fazer parte deste grupo em breve!