Observatório Europeu do Sul – 50 anos sob um teto de estrelas
Por Naelton Mendes de Araujo – Astrônomo da Fundação Planetário
O melhor céu para observação astronômica tem que ser o mais escuro possível e sem obstáculos. Os principais obstáculos à transparência do céu são a poeira, a fumaça e a umidade. Outro fator que atrapalha a observação é o contraste luminoso. Grandes cidades emitem luz demais para o alto que tira a escuridão celeste. Esta poluição luminosa oculta o mais interessante para a Astronomia: os objetos menos brilhantes. Se pudéssemos escolher um lugar ideal para colocar um observatório terrestre buscaríamos um lugar bem alto, bem seco e longe das cidades. Este lugar existe: a região do deserto de Atacama no alto dos Andes
Chilenos, onde passa séculos sem chover.
O lugar mais seco do mundo atraiu a atenção da organização European Southern Observatory (ESO- Observatório Europeu do Sul) que faz 50 anos de existência. A sede do ESO fica próxima a Munique (Alemanha). O Brasil aspira ser membro e o Chile empresta o seu solo e, por isso, pode utilizar os telescópios. Para comemorar os 50 anos o ESO criou a exposição “O Universo Deslumbrante”, com fantásticas imagens de telescópios e astros para o prazer dos amantes da Astronomia.
Venha conhecer a exposição no Planetário da Gávea
Mais informação sobre o ESO (em português): http://www.eso.org/public/brazil/