Foguete a etanol é lançado de Alcântara
Os primeiros foguetes foram inventados na China, em torno do ano 1200. Eram tubos cheios de pólvora usados primeiro como fogos de artifício e depois com finalidades militares. Quando a pólvora começava a queimar expelia gases em alta velocidade. Estes gases saíam pela abertura do tubo e impulsionava o foguete na outra direção. Artefatos como estes são chamados de foguetes de combustível sólido. Uma vez dada a partida, o foguete consome o combustível até acabar. Alguns de grande porte, mais modernos, usavam este sistema. Exemplos disso são os mísseis balísticos intercontinentais Minuteman e os foguetes auxiliares laterais do Ônibus Espacial.
Em 1926, o americano Robert Goddard desenvolveu o primeiro foguete a combustível líquido, que misturava gasolina e oxigênio líquido. Um foguete deste tipo pode ser bem controlado mesmo após a ignição.
O programa espacial brasileiro desenvolve foguetes de pequeno porte, desde 1965. Os primeiros foguetes brasileiros se chamavam Sonda e eram todos de combustível sólido. O Veiculo Lançador de Satélites (VLS) é um foguete de três estágios, todos de combustível sólido. Após três acidentes, desde 1997, o VLS passa por uma reavaliação que inclui usar estágios de combustível líquido.
No dia 1º de setembro, foi lançado, com sucesso, da Base de Alcântara, uma versão diferente do foguete chamado VS-30 (em operação, desde 1987). Nesta nova versão, o combustível sólido foi substituído por oxigênio líquido e etanol. O etanol nada mais é que o álcool que pode ser comprado em qualquer mercado ou farmácia. Este é um combustível renovável, extraído da cana-de-açúcar e de baixa toxidade. O Brasil é o maior produtor de etanol do mundo. Este é mais um passo para produzir um foguete nacional eficiente para finalidades espaciais.
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