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Doce Veneno

 

Beta Pictoris é uma estrela bem próxima da Terra (apenas 63 anos-luz de distância) que tem sido estudada com muito interesse nos últimos 20 anos. O motivo é que ao seu redor existe uma densa nuvem de gás, poeira e rochas de todos os tamanhos, contendo (até agora) um planeta em formação.

 

Na semana passada, o astrônomo da NASA, Aki Roberge, anunciou novidades sobre essa estrela. A equipe de pesquisadores da qual ele faz parte, após realizar observações com o conjunto de antenas do Atacama, verificou que pode haver mais um planeta. A informação veio na forma de monóxido de carbono.

 

Apesar de tóxico para nós, o monóxido de carbono é um dos muitos gases encontrados em cometas e outros corpos gelados. Num ambiente típico ao redor de uma estrela jovem, como é o caso de Beta Pictoris, cometas frequentemente se chocam, gerando fragmentos, grãos de gelo e gases. As novas observações mostraram que Beta Pictoris contém monóxido de carbono numa quantidade equivalente a 1/6 da massa total dos oceanos na Terra. Esse gigantesco reservatório venenoso dista 13 bilhões de quilômetros de Beta Pictoris (três vezes a distância de Netuno ao Sol).

 

A enorme quantidade de monóxido de carbono observada sugere algo interessante. A própria radiação da estrela (na verdade, a parte ultravioleta dela) quebra as moléculas de monóxido de carbono de forma que, muito provavelmente, alguma coisa deve estar repondo o material. Segundo os cálculos, um cometa deveria ser destruído a cada cinco minutos!

 

Uma hipótese, segundo os cientistas, é que existam duas enormes aglomerações de gás e um enorme planeta, com massa similar a de Saturno, que atrairia para si uma espécie de ”chuva de cometas”. Apesar de parecer fantasioso, ou tirado de algum filme de ficção científica, algo similar acontece bem perto, em nosso Sistema Solar. Milhares de asteroides passam ao redor de Júpiter continuamente, devido à sua intensa gravidade (de fato, Júpiter é o maior e mais massivo planeta do Sistema Solar). É possível, portanto, que algo parecido esteja acontecendo com um planeta ainda desconhecido em Beta Pictoris, atraindo para si os cometas. Por outro lado, se ao invés de duas, existir uma única aglomeração de gás, o cenário sugere que uma colisão entre dois planetas gelados, do tamanho de Marte, tenha produzido o “enxame” de cometas.

 

O cenário proposto pelos astrônomos do projeto está ilustrado no vídeo abaixo:

 

http://www.youtube.com/watch?v=Xi_Pv2S8GgY

 

 

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