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20 anos do acidente do Columbia

Naelton Mendes de Araujo

Em 1º de fevereiro de 2003, ocorreu o acidente do ônibus espacial Columbia. O veículo se desintegrou sobre o Texas e a Louisiana durante a descida, matando todos os sete tripulantes a bordo. 

O acidente foi causado por uma peça de isolamento de espuma que se desprendeu do tanque de combustível externo durante o lançamento. A espuma atingiu a borda de ataque de uma das asas do veículo, danificando o sistema de proteção térmica. Isso permitiu que gases quentes penetrassem como se fosse um maçarico, destruindo a estrutura desprotegida. Isto ocorreu exatamente durante um dos momentos mais crítico da missão: a reentrada.

A investigação sobre o acidente revelou que a NASA estava ciente dos perigos potenciais da queda do isolamento de espuma durante os lançamentos, mas não tomou medidas suficientes para resolver o problema.

Dezessete anos antes outro acidente grave com um ônibus espacial já havia ocorrido. O Challenger explodiu em apenas 73 segundos de voo, matando toda a tripulação. O desastre foi causado por uma falha no isolamento em um dos propulsores sólidos devido à baixa temperatura durante a véspera do lançamento. A  desintegração do Challenger foi vista ao vivo na televisão. Foram dois anos e meio de interrupção do programa dos ônibus espaciais. A investigação sobre o acidente da Challenger também indicou falta de cuidado da NASA.

O desastre do Columbia foi um grande revés para a NASA e levou a mudanças no projeto e nos procedimentos dos ônibus espaciais para garantir a segurança de futuras missões. Uma das mudanças foi a necessidade de exame visual das placas de blindagem térmica em órbita antes de qualquer reentrada. 

Em 2011 o programa dos ônibus espaciais foi interrompido definitivamente.

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