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A nossa bandeira nacional está muito mais próxima da Astronomia do que pensamos. Desde 1645, quando D. João IV concedeu a seu filho, D. Teodósio, o título de príncipe do Brasil, a bandeira do principado foi instituída e representada por uma esfera armilar de ouro em campo branco (fig 1). Aliás, a primeira ocorrência de uma esfera armilar em uma bandeira portuguesa foi na bandeira pessoal de D. Manuel I (fig. 2).
Diz-se que a esfera armilar fo i inventada por Anaximandro, filósofo grego do VI século antes de Cristo, em Mileto, mas é possível que ele tenha apenas aperfeiçoado e divulgado uma invenção egípcia, mesopotâmica ou hindu, sendo, entretanto, a esfera armilar deste filósofo a mais completa.
A esfera armilar é uma representação da esfera celeste, onde colocamos a Terra em seu centro. É constituída por 10 círculos ou armilas:
um meridiano
o horizonte
os dois coluros
o equador celeste
a eclíptica com o zodíaco
os dois trópicos
os dois círculos polares
Esta esfera era utilizada não só para o estudo da Astronomia em si, mas também para a navegação. Até hoje a navegação possui uma ligação muito estreita com esta ciência.
Em 13 de maio de 1816, o Brasil teve sua primeira bandeira nacional, ao ser elevado a Reino Unido ao de Portugal e Algarves. A bandeira era branca, com uma esfera armilar de ouro em campo azul e um escudo real português nele inscrito.
Com a proclamação da independência, D. Pedro I decretou, em 18 de setembro de 1822, que a bandeira seria composta por um paralelogramo verde com um quadrilátero romboidal cor de ouro inscrito, ficando no centro o escudo de armas do Brasil. Este padrão de bandeira foi de autoria de Jean Baptiste Debret.
Em 19 de novembro de 1889, o governo provisório da República determinou que nossa bandeira fosse um losango amarelo em campo verde, com uma esfera celeste azul atravessada no meio por zona branca com a legenda ORDEM E PROGRESSO, pontuada por 21 estrelas que representavam os 20 estados brasileiros e o município neutro da época. Hoje, o que mudou foi apenas a quantidade de estrelas, devido à alteração do nosso mapa político. O céu indicado na bandeira era o céu de 15 de novembro de 1889, às 8h30min, visto por um observador no infinito, ou seja, o observador estaria além das estrelas, fora da esfera celeste, olhando para a Terra, conforme nos diz o artigo 3º da lei que dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos nacionais.
A tabela abaixo mostra a correspondência das estrelas com os estados da federação e a figura 6, as suas posições na nossas bandeira atual:
Estado
Estrela
Constelação
Goiás (GO)
Alfa (Canopus)
Argus
Roraima (RR)
Delta (Wezen)
Cão Maior
Amapá (AP)
Beta (Mirzam)
Cão Maior
Rondônia (RO)
Gama (Muliphen)
Cão Maior
Mato Grosso (MT)
Alfa (Sirius)
Cão Maior
Tocantins (TO)
Épsilon (Adhara)
Cão Maior
Amazonas (AM)
Alfa (Procyon)
Cão Menor
Bahia (BA)
Gama (Gacrux)
Cruzeiro do Sul
Espírito Santo (ES)
Épsilon (Intrometida)
Cruzeiro do Sul
Rio de Janeiro (RJ)
Beta (Mimosa)
Cruzeiro do Sul
Minas Gerais (MG)
Delta (Pálida)
Cruzeiro do Sul
São Paulo (SP)
Alfa (Acrux)
Cruzeiro do Sul
Maranhão (MA)
Beta (Acrab)
Escorpião)
Piaui (PI)
Alfa (Antares)
Escorpião
Ceará (CE)
Épislon (Wei)
Escorpião
Rio Grande do Norte (RN)
Lambda (Shaula)
Escorpião
Paraíba (PB)
Capa (Girtab)
Escorpião
Pernambuco (PE)
Mu
Escorpião
Alagoas (AL)
Teta (Sargas)
Escorpião
Sergipe (SE)
Iota
Escorpião
Acre (AC)
Gama
Hidra Fêmea
Mato Grosso do Sul (MS)
Alphard
Hidra Fêmea
Brasília (DF)
Sigma
Oitante
Paraná (PR)
Gama
Triângulo Austral
Santa Catarina (SC)
Beta
Triângulo Austral
Rio Grande do Sul (RS)
Alfa (Atria)
Triângulo Austral
Pará (PA)
Alfa (Spica)
Virgem
Falta-nos falar da faixa branca com os dizeres ORDEM E PROGRESSO. Foi instituída pelo decreto 4, artigo 1º de 19 de novembro de 1889 da Constituição Federal. Como o seu significado não havia sido definido exatamente pelo artigo, pairava uma dúvida sobre o assunto: uns achavam que se tratava do Equador Celeste, círculo máximo da Esfera Celeste que a divide em dois hemisférios; outros achavam ser a Eclíptica, círculo máximo da Esfera Celeste que representa o caminho aparente do Sol durante o ano e está inclinada em relação ao Equador Celeste de um ângulo de 23º27′; outros ainda achavam se tratar do Zodíaco, faixa compreendendo 8º de um lado e de outro da Eclíptica. Se tivermos curiosidade e olharmos uma carta celeste verificaremos que não poderia ser o Equador Celeste, pois a estrela SPICA, alfa do virgem (ver tabela e figura 6), deveria ficar abaixo dele, já a estrela PROCYON, Alfa do Cão Menor, acima. Considerando-se agora a Eclíptica, esta não poderia ser, pois SPICA também deveria ficar abaixo dela e a estrela BETA do escorpião acima. Quanto ao Zodíaco, as estrelas SPICA, BETA do escorpião e ANTARES, Alfa do escorpião, deveriam se localizar no interior da faixa branca, junto as letras, o que não acontece.
Sendo assim, o que é mais aceito é que a faixa branca é um lugar que o decreto estabeleceu na área da bandeira, para receber a inscrição ORDEM E PROGRESSO. Esta expressão tem origem no positivismo francês de August Comte, com vários seguidores no Brasil da época, dentre eles, o Prof. Raimundo Teixeira Mendes, o mentor da Bandeira Republicana.
Referências:
COIMBRA, Raimundo Olavo. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais. 2ª edição. Rio de Janeiro: IBGE, 1979. 538p.
MACHADO, Luiz Renato Dantas (CMG – Rrm), Aspectos Astronômicos e Históricos da Bandeira do Brasil. Revista do Clube Naval, Rio de Janeiro – nº 286, dez. 1992. p42-50.
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