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Coluna do Astrônomo

Seu smartphone pode fazer ciência

Os smartphones são muito mais que telefones portáteis e vão bem mais além de tirar fotos e acessar a internet. Dependendo do aparelho, a capacidade computacional supera, de longe, os primeiros computadores pessoais. Além de chips poderosos, os modelos mais modernos vêm com uma enorme variedade de sensores: receptores GPS, magnetômetros, acelerômetros e sensores ópticos variados. Existem smartphones que possuem até barômetros. Em resumo, você pode ter no seu bolso o equivalente a uma sonda espacial no que se refere a aparelhos de medida. Que tal usar estes sensores para finalidades científicas? Algumas aplicações interessantes podem ser facilmente implementadas no seu celular. Existem kits de óptica que transformam seu aparelho num microscópio ou telescópio.

A última novidade foi usar o celular para detectar raios cósmicos. Este tipo de radiação é altamente energética e de origem sideral. Ao colidir com a atmosfera terrestre, um raio cósmico produz uma cascata de partículas subatômicas. Ainda não há uma unanimidade sobre como se formam estes raios. Acredita-se que muitos processos no interior das galáxias podem ser decifrados pelo estudo desta radiação. Entretanto, os detectores de raios cósmicos acadêmicos são dispositivos enormes e caros.

Um grupo de pesquisadores do Wisconsin IceCube Particle Astrophysics Center (EUA) utilizou uma propriedade dos sensores das câmeras dos nossos celulares para contabilizar partículas oriundas de um raio cósmico. Quando uma partícula destas atinge o chip de silício produz uma pequena descarga elétrica que pode ser registrada. Geralmente, isso é descartado pelos softwares fotográficos como um ruído. Aproveitando-se disto, a equipe desenvolveu um aplicativo para contabilizar eventos de partículas: o DECO (Distributed Electronic Cosmic-ray Observatory). O aplicativo roda em aparelhos Android. Por enquanto, o DECO tem uma funcionalidade mais educativa do que acadêmica. Mas, imagine milhares de aparelhos dispersos pelo mundo registrando por longos períodos a um custo mínimo. Este tipo de estratégia tem bastante potencial.

Saiba como instalar o app aqui.

 

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Coluna do Astrônomo

Tecnologia impulsiona conhecimento, que impulsiona a tecnologia

As primeiras pessoas a andar em Marte já estão caminhando por aí. Quem sabe o filho do seu vizinho, ou a sua filha, ou quem sabe, um neto seu? É o que a NASA diz. Passados 45 anos desde a conquista da Lua, que mudou o curso da humanidade, a tecnologia espacial de hoje permite especular sobre mais este passo em nossa escalada espacial.

Apesar de parecer distante, de certa maneira, a viagem a Marte já começou, com pesquisa na Terra, e bem além, a bordo de um laboratório orbital na Estação Espacial Internacional. Lá, 500km acima de nossas cabeças, astronautas de diversas nacionalidades realizam experimentos impossíveis de serem realizados na Terra, e nos ensinam como os humanos podem viver e trabalhar por longos períodos de tempo no espaço.

Mas é necessário pensar também no transporte seguro dos astronautas em jornadas tão longas. Engenheiros da NASA estão envolvidos no projeto de construção da Órion, uma espaçonave capaz de realizar viagens para bem longe de nosso planeta, além até mesmo de Marte.

Logicamente não faremos tais viagens antes de testar as novas naves em circunstâncias mais seguras. Asteroides próximos da Terra oferecem uma oportunidade única para testar as novas tecnologias e recursos das futuras missões humanas a Marte. Por volta de 2019, a NASA enviará uma missão robótica para um asteroide próximo da Terra, com uma missão já bastante audaciosa. A espaçonave tentará capturar um asteroide pequeno ou, se não for possível, retirar um pedaço do mesmo, com o objetivo de redirecionar o asteroide para uma orbita estável ao redor da Lua. Em meados dos anos 2020, os astronautas a bordo da nave espacial Orion irão explorar o asteroide e retornar à Terra com amostras dele.

Já imaginou o conhecimento que obteremos de uma amostra intacta de asteroide estudada em laboratório na Terra? Só para situar o impacto deste estudo, lembro que os asteroides são encarados como peças chaves na discussão sobre a origem do Sistema Solar. Tal empreitada, se bem sucedida, irá avançar a técnica de envio seguro de astronautas para distâncias bem maiores, incluindo Marte. O envio de seres humanos para o espaço ao redor da Lua também promoverá avanço nas técnicas para operações espaciais em torno de Marte e suas luas. O espaço em torno da Lua é diferente da órbita baixa da Terra, mas muito parecido com o que a nave espacial Orion irá experimentar na viagem para Marte. Um exemplo importantíssimo é o da radiação solar, muito intensa tanto na Lua como em Marte.

 

É esperar para ver.

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Coluna do Astrônomo

Astronáutica: Política e Tecnologia

As tecnologias mais estratégicas de uma nação são as chamadas tecnologias duais. Estas tecnologias podem ser usadas para fins civis e militares. A Astronáutica é essencialmente uma tecnologia dual, nascida durante a guerra fria. Um foguete pode botar um satélite em órbita, mas, com mínimas mudanças estruturais, pode pôr uma ogiva nuclear no centro do território de qualquer país. Por isso, a transferência deste tipo de tecnologia é tão restrita. Tudo que se relaciona ao espaço é caro, arriscado e sigiloso.  

Outro aspecto interessante da Astronáutica é o seu caráter interdisciplinar. Para pôr um satélite em órbita, não basta conhecer as leis da mecânica newtoniana. Um foguete é um prodígio de engenharia, onde ligas metálicas leves e resistentes envolvem substâncias químicas instáveis, explosivas e, às vezes, corrosivas. Se o voo é tripulado, a logística é ainda mais complexa, já que seres humanos estão envolvidos. Levar astronautas ao espaço implica levar, também, todo um ambiente propício à vida: ar, água e alimento. Isso somente para falar no bem-estar físico dos astronautas. Cuidar da saúde mental dos astronautas também é um desafio e tanto.

Por tudo isso, eu adoro ensinar Astronáutica aqui no Planetário. Neste mês eu enfrento de novo o agradável desafio de falar sobre as barreiras espaciais superadas pela humanidade. Mas não reclamo. É muito estimulante lidar com tantos temas fascinantes. Como diria Buzz Lightyear, meu personagem preferido de Toy Story: “Ao infinito… e além”.

I hurried into the local department store to grab1 some last minute Chirsmas gifts. I looked 70-697 test at all the people 300-101 Dump and grumbled2 to myself. I Examprepwell would be in here forever and I just had so much to do. Chirsmas was beginning 70-697 test to become such a drag. I kinda wished 300-070 exam dumps that I could just Learningpdf sleep through 70-697 test Chirsmas. But I hurried the best I could through all the people to the toy department. Learningpdf Once again I kind of mumbled3 to myself at the prices of all these toys, and wondered 300-101 Dump if the grandkids would even play whit4 them. I found myself in the doll aisle5. Out of the corner of my eye I saw a little boy about 5 holding a lovely doll.He 300-101 Dump kept touching6 her hair and he held her so gently. I could 70-697 test not Examprepwell seem to help myself. I just kept loking over at the little boy and wondered 300-070 exam dumps who the doll was for. I Examprepwell watched him turn to a woman and he called his aunt by name and said, “Are you sure I don’t have enough money?” She replied a bit impatiently, “You know that you don’t 300-101 Dump have enough money for Examprepwell Learningpdf it.” The aunt told the little boy not to go anywhere that she had 300-070 exam dumps to go and get some other things and would be back in a few minutes. 300-070 exam dumps And then she left Examprepwell the Learningpdf aisle. The boy continued to hold the doll. After a 300-070 exam dumps bit I 300-070 exam dumps asked 300-070 exam dumps the boy 300-101 Dump who the doll was 70-697 test for. He said, “It is the doll my sister 300-070 exam dumps wanted so badly for Chirsmas. 300-101 Dump She Learningpdf 300-070 exam dumps just knew that Santa would bring it. “I told him that maybe Santa was going 300-101 Dump Examprepwell to bring it . He said, “No, Santa can’t go Learningpdf Learningpdf where my sister is…. I have to give the doll to my 300-070 exam dumps Mama to take to Examprepwell her. “I Learningpdf asked him where his siter was. He looked at Learningpdf 300-101 Dump me with the saddest eyes and said, “She was Examprepwell gone to be with Jesus.

My Daddy says that Mamma is going to have to go 300-101 Dump be with her.” My heart Learningpdf nearly stopped beating. Then the boy looked at me again and said, “I told my Daddy to tell Learningpdf my Learningpdf Mama not to go 70-697 test yet. I told him to tell her to wait till I got back from the store.” Then he asked me if i wanted to see his picture. I told him I’d love to. He pulled out some picture he’d had taken at the front of the store. He said, “I want Examprepwell my Mama to take this with her so the dosen’t ever forget me. I love my Mama so very 70-697 test much and I wish she dind not have to leave 70-697 test me.But Daddy says she will need to be with 70-697 test my sister.” I saw that the little boy had lowered his head and had grown 70-697 test so qiuet. While 70-697 test 300-070 exam dumps he was not looking I reached into my purse and pilled out a handful of 300-101 Dump bills. I asked the Examprepwell little boy, “Shall we count that miney one Learningpdf more time?” He grew excited and said, “Yes,I just know Examprepwell it has to be 70-697 test Examprepwell enough.” So I slipped my money in with his and we began 70-697 test to count it . Of course it 300-070 exam dumps was plenty for 70-697 test the doll. He softly 300-070 exam dumps said, “Thank you Jesus for giving 300-101 Dump me enough money.” Then 300-101 Dump the boy said, “I just asked Jesus to give me enough money to buy this doll so Mama can take it with her to give my sister. And 300-070 exam dumps he 300-101 Dump heard my prayer. I Examprepwell wanted to ask him give for enough to buy my Mama a white rose, but I didn’t ask him, but he gave me Examprepwell enough to buy the doll and a rose for my Mama. She loves Learningpdf white rose so much. “In Learningpdf a few minutes the aunt came back and I wheeled my cart Learningpdf away. I could not keep from thinking about the little boy as I finished my shoppong in a ttally different spirit than when Examprepwell 300-070 exam dumps I had 70-697 test started. And I kept remembering a story I had seen in the newspaper several days earlier about a drunk driver hitting a car and killing7 300-070 exam dumps a little girl and the Mother was in serious condition. The family was deciding on whether to remove the life support. Now surely this little boy did not belong with that story.Two days later I read in the paper where the family had disconnected the life support and the young woman had died. I could not 70-697 test forget the little boy and just kept wondering if the two were somehow connected. Later that day, I could not help myself and I went out and bought 300-101 Dump aome white roses and took them to the funeral home where 300-101 Dump the yough woman was .And there she was holding a lovely white rose, the 300-101 Dump beautiful doll, and the picture Examprepwell of the little boy in the store. I left there in tears, thier life changed forever. The love that little boy had for his little sisiter and his mother was overwhel. And in a split8 second a drunk driver had ripped9 the life of that little boy to pieces.

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Coluna do Astrônomo

Salve a tecnologia!

As invenções do telescópio e do computador trouxeram ganhos para várias profissões. E a Astronomia foi uma das ciências que mais lucrou com isso. Mas… como era antes disso tudo? Como faziam os astrônomos há pouco mais de 400 anos?

Relendo um livro interessantíssimo sobre a história da Astronomia, O despertar na Via Láctea, de Timothy Ferris, me deparei com uma narrativa de um infortúnio ocorrido com um astrônomo francês, ainda no século XVIII. O leitor poderá perceber que trabalhar com Astronomia, pelo menos em épocas passadas, pressupunha um grande amor pelo ofício. Muitas vezes tinha-se que abdicar de tudo ou quase tudo.

Tomo a liberdade de transcrever um pequeno trecho deste livro que relata uma tentativa de observar o trânsito de Vênus (a passagem de Vênus na frente do disco solar).

Menos afortunado de todos foi Guillaume Le Gentil, que partiu da França a 26 de março de 1760, planejando observar o trânsito do ano seguinte na costa leste da Índia. Monções desviaram o curso do navio e o dia do trânsito o encontrou enfrentando uma calmaria no meio do oceano Índico, incapaz de qualquer observação útil. Disposto a redimir a expedição com a observação do segundo trânsito, Le Gentil marcou passagem para a Índia, construiu um observatório no alto de um paiol obsoleto em Pondicherry, e esperou. O céu permaneceu maravilhosamente claro durante todo o mês de maio, para encher-se de nuvens a 4 de junho, a manhã do trânsito, clareando de novo tão logo o fenômeno terminou. Escreveu Le Gentil:

Passei mais de duas semanas numa depressão singular e quase não tive coragem de pegar uma pena para continuar meu diário. E por várias vezes ela me caiu das mãos, quando chegou o momento de informar à França o destino de minha operação… É essa a sorte que com freqüência espera os astrônomos. Eu tinha viajado mais de dez mil léguas; parecia que tinha atravessado tamanha extensão de mares, exilando-me de minha terra natal, apenas para ser espectador de uma nuvem fatal que se colocou frente ao Sol no preciso momento da observação, para me privar dos frutos de minhas dores e minhas fadigas.

O pior ainda estava à sua espera. Atacado pela disenteria, Le Gentil ficou na Índia mais nove meses, de cama. Reservou então passagem de volta a bordo de um navio de guerra espanhol que perdeu o mastro num furacão ao largo do cabo da Boa Esperança e foi arrastado para fora de seu curso, para o norte dos Açores, até entrar finalmente, com dificuldades, no porto de Cádis. Le Gentil atravessou os Pirineus e pôs finalmente o pé em solo francês, depois de 11 anos, 6 meses e 13 dias de ausência. Ao chegar a Paris ficou sabendo que tinha sido declarado morto, sua propriedade fora saqueada, e o que dela restou, dividido entre seus herdeiros e credores. Renunciou à astronomia, casou-se e retirou-se para escrever suas memórias…

Salve a tecnologia, que nos livrou de tantos infortúnios!