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Coluna do Astrônomo

O pulsar de um coração

O que se espera de um coração é que ele pulse, bata, sem parar. Então não tem nenhuma novidade no título deste texto, não é? A resposta é sim, se estivéssemos falando de um coração normal. Mas vou explicar.

O homem sempre busca formas conhecidas quando observa o céu. Foi assim com as constelações (Órion, Escorpião, etc.), há mais de cinco mil anos na Mesopotâmia, ou com índios no Brasil (Anta, Ena, etc.). Continua assim quando nomeamos as nebulosas e supernovas (Anel, Esquimó, Caranguejo, etc.). Já identificamos um rosto em Marte ‒ que nada mais era uma formação geológica, já desfigurada pela ação do vento e da erosão. Quando olhamos a Lua cheia podemos ver um “poodle”, ou um coelho, ou ainda um velho carregando um monte de feno. Basta usar a imaginação.

Desde que a sonda New Horizons (Novos Horizontes) chegou em Plutão, em 2015, e começou a nos enviar as suas imagens, uma formação em sua superfície chamou a atenção: um coração! É deste coração que estou falando.

Esta enorme região é chamada de Planície Sputnik e se mantém mais jovem que as demais partes de Plutão. Isso ocorre por um processo chamado de convecção. O gelo de nitrogênio é aquecido em partes subterrâneas do planeta e sobe para a superfície, espalhando-se e renovando a região, apagando marcas, como crateras, mantendo-a sempre “jovem”. Esse processo é lento – podemos fazer uma comparação com o crescimento das unhas, que é de alguns milímetros por mês. Em Plutão, esse processo de renovação da superfície leva milhares de anos (de 500.000 a um milhão de anos), mas pode ser determinado por simulações de computador.

Por enquanto, o coração está ativo, pulsando, mas daqui há alguns milhões de anos o coração poderá mudar de forma e vamos ter que buscar uma nova imagem para o “coração de Plutão”.

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Coluna do Astrônomo

Sonda New Horizons chegando em Plutão

Dia 19 de Janeiro de 2006 foi lançada a sonda New Horizons rumo ao então planeta Plutão. Mais tarde, no mesmo ano, Plutão mudou de classificação e passou a ser planeta anão. Isso fez com que a New Horizons tenha tido a curiosa situação de sair para um lugar (um planeta) chegando em outro (um planeta-anão) sendo que esse outro era o mesmo lugar para onde ela ia quando saiu (leia mais aqui).

Dia 13 de Julho de 2015, a sonda capturou as primeiras imagens de seu sobrevoo do planeta-anão, a cerca de 12.500km de altura, sua máxima aproximação. A imagem ficou famosa por mostrar um “coração de Plutão”.

As sondas espaciais ajudaram a conhecermos com muito maior precisão os tamanhos e massas de planetas, como aconteceu com a Voyager mostrando que Netuno tinha menos massa do que se supunha, acabando de vez com a busca pelo famoso Planeta X. Dessa vez, a New Horizons mostrou que Plutão é 80km maior do que se especulava, tendo um diâmetro de 2.370km. A discussão sobre sua mudança de classificação, que o fez deixar de ser planeta, ganhou tremenda força com a descoberta de Éris, um objeto que era maior que Plutão… era, porque agora a New Horizons nos mostra que Plutão é maior que Éris (leia mais aqui).

A sonda carrega as cinza do descobridor de Plutão, o astrônomo Clyde Tombaugh, mais um sepultado no espaço como Gene Shoemaker, descobridor, entre outros, do cometa cuja colisão com Júpiter foi amplamente observada em 1994.
A sonda New Horizons ainda irá coletar dados sobre Plutão e seus cinco satélites. Depois disso deve visitar um ou dois objetos do Cinturão de Kuiper, quando terminará sua missão.