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Coluna do Astrônomo

Grande descoberta em Marte

 

Desde o fim de semana passado, quando a Agência Espacial Norte Americana (NASA) anunciou que faria um comunicado sobre  uma grande descoberta em Marte, várias pessoas especulavam o que seria. Surgiram as mais diferentes teorias: a descoberta de vida extraterrestre, uma base alienígena, egípcios marcianos (para compensar os incas venusianos) e a presença de água líquida na superfície.

Ontem, 28 de setembro de 2015, por volta de 12h30min, no horário de Brasília, terminou este mistério. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Georgia, sob a coordenação de Lujendra Ojha, utilizando equipamentos a bordo do MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), confirmaram a presença de indícios de água extremamente salgada descendo pela encosta de uma cratera do planeta vermelho.

Conhecidas como linhas de encostas recorrentes, estas marcas de pouco menos de cinco metros de largura sempre intrigaram os pesquisadores que estudam Marte. De acordo com o pesquisador, os sais são formados na presença de água que pode ser encontrado na superfície e um pouco abaixo desta, fazendo com que as linhas sejam observadas durante as estações mais quentes do planeta e desapareçam durante os períodos mais frios.

Isto era esperado, uma vez que a presença de sais faz com que a temperatura de congelamento da água seja menor do que a da água pura, possibilitando encontrar-se no estado líquido. O leitor desavisado poderia pensar que estes sais seriam como a de nossas casas (cloreto de sódio), porém são os sais, cloreto de magnésio, perclorato de magnésio e perclorato de sódio.

Os pesquisadores ainda não sabem qual a origem desta água. Uma hipótese bem aceita seria a de derretimento de gelo superficial e de pouco abaixo da superfície. Provavelmente, o planeta vermelho, muito tempo atrás, teria uma atmosfera muito diferente da atual e possuía uma quantidade enorme de água na superfície, mas alguma coisa aconteceu (muitos acreditam em uma colisão com algum objeto) e perdeu parte significativa de sua atmosfera e, com isso, a pressão atmosférica na superfície tornou-se muito baixa, fazendo com que temperatura de ebulição (evaporação da água) fosse tão baixa que a água superficial evaporasse.

A vida como conhecemos necessita de água para sobreviver e a presença desta pode sugerir a existência de algum tipo de micoorganismo vivo. Nos dias atuais, a busca de vida em qualquer local, seja nos planetas e luas do Sistema Solar ou em planetas extrassolares, passa inicialmente pela busca de sinais de água e, com esta descoberta, a procura será mais intensa em Marte.

 

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Um cometa passando de raspão por Marte

 

Em 3 de janeiro de 2013, o astrônomo Robert H. McNaught descobriu um cometa. O astro recebeu o nome de Siding Spring C/2013 A1, em homenagem ao observatório de onde foram feitas as observações. A princípio se pensava que ele poderia colidir com Marte, mas cálculos mais precisos indicam que sua órbita vai levá-lo a 132 mil quilômetros de distância da superfície do planeta. Isso é muito pouco para os padrões planetários, pouco mais que um terço da distância Terra-Lua. É previsto que a aproximação máxima ocorra em 19 de outubro de 2014.

Em 1994, o cometa Shoemaker-Levy 9 colidiu com o planeta Júpiter e vários telescópios no solo e em órbita da Terra puderam acompanhar o fenômeno, mas não havia nenhuma nave ao redor do planeta para documentar o fato. A sonda Galileu ainda estava a caminho de Júpiter. Hoje existem seis sondas em Marte para acompanhar este “raspão planetário”: dois rovers na superfície marciana (Curiosity e Opportunity) e quatro sondas em órbita. Das sondas orbitais três são da NASA (Mayen, Mars Odissey e Mars Reconnaissance Orbiter) e uma Indiana (Mangalyaan).

Diferente de outros cometas, já observados por sondas, este cometa vem de longe, de uma região denominada nuvem de Oort. É bem provável que o Siding Spring não volte mais a passar próximo de nós. Por isso esta é uma oportunidade muito interessante.

Em tempo, para ver este cometa você vai precisar de um telescópio potente e muita sorte. Ele não brilha muito e estará tão perto de Marte que a luz do planeta deve ofuscar sua imagem. É mais interessante acompanhar as imagens das agências espaciais.

 

Link de interesse:

http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2014/10/09/um-cometa-a-caminho-de-marte/

http://mars.nasa.gov/comets/sidingspring/

http://www.ustream.tv/NASAJPL

 
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Reprodução humana em Marte

 

Se um dia vamos colonizar outros planetas como Marte, teremos que resolver algumas questões simples. Estas questões do dia a dia aqui na Terra não são problema. Por exemplo: a reprodução humana.

Uma viagem a Marte é longa e oferece vários riscos à saúde humana. Dois problemas evidentes são: a ausência de peso por um longo período e a radiação espacial. Parte da radiação pode ser detida por blindagens. A gravidade artificial, produzida por força centrífuga, resultante de compartimentos rotativos, reduz o risco de atrofia muscular.

Mas, ao chegar a Marte,as coisas não melhoram tanto assim. O planeta tem uma gravidade quase que um terço da nossa. Isso torna necessário um cuidado especial contra atrofia e descalcificação. A atmosfera marciana é muito mais rarefeita que a terrestre e isso implica em mais radiação eletromagnética atravessando-a. O campo magnético marciano também não protege a superfície de outro tipo de radiação nociva: partículas subatômicas carregadas.

Tudo isso já é difícil para um organismo adulto enfrentar e imagine este ambiente hostil em relação às células reprodutivas e aos embriões em desenvolvimento. À medida que estas células se multiplicam, ficam mais expostas à radiação. Ao expor material genético do núcleo celular, a possibilidade de mutações aumenta consideravelmente. Por outro lado, a gravidade baixa pode prejudicar a formação muscular de fetos.

Para proteger as futuras gerações marcianas alguns cuidados deverão ser seguidos. Os pais precisarão fazer exames genéticos após longas viagens espaciais. Os abrigos marcianos deverão ser subterrâneos para evitar chuvas de partículas solares. Para contrabalançar a baixa gravidade, suplementos alimentares e exercícios periódicos serão precisos.

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Um recorde de distância em Marte

Uma maratona é uma corrida de 42,2km. Vários países africanos são detentores de recordes sucessivos com tempos em torno de 2h4min. Em 28 de julho, um recorde de distância foi batido: 40,25km. Isso é menos que uma maratona, e o tempo gasto para percorrer este percurso foi de mais de 10 anos. Mas o recordista enfrentou um ambiente onde nenhum corredor teria vantagens: a superfície de Marte. Nosso campeão foi o rover Opportunity.

As sondas espaciais são robôs programados e guiados à distância. Geralmente, uma sonda espacial fica girando ao redor do astro alvo. Chamamos este veículo de orbiter. Se a sonda pousa na superfície chamamos de lander. Se o lander é capaz de se deslocar sobre a superfície chamamos de rover. Um rover é um veículo controlado à distância. Até hoje, sete rovers se moveram em um solo extraterrestre. Três destes foram enviados à Lua e os demais para Marte.

O primeiro rover bem sucedido foi o Lunokhod 1, enviado à Lua em 1969 pela URSS. Lunokhod significa “aquele que anda na Lua” em russo. Ficou meses em atividade na superfície lunar. Em 1971 e 1972, os soviéticos tentaram enviar um rover à superfície marciana mas sem sucesso. Em 1973 o Lunokhod 2 pouso e explorou o ambiente lunar. Até pouco tempo, o Lunokhod 2 foi campeão em distância percorrida por um rover: 39km.

Entre 1996 e 1997,o rover Sojourner, da NASA, percorreu cerca de 100 metros nas areias marcianas. Desde então, os norte-americanos começaram a explorar Marte com rovers cada vez maiores e mais avançados. Em junho de 2003, dois rovers gêmeos foram enviados a Marte: Spirit e Opportunity. O Spirit ficou atolado na areia, teve problemas sérios para percorrer uns 7,7km e parou de funcionar em 2010. Seu “irmão”, o nosso recordista Opportunity, ainda está em funcionamento. Em 2011, um rover ainda maior e mais avançado pousou em Marte: o Curiosity.  Já percorreu 8,6km e se tiver sorte pode bater o recorde do Opportunity dentro de alguns anos.

Ano passado, os chineses fizeram o rover Yutu passear pela Lua, mas não foi muito longe.

Alguns consideram os jipes lunares usados pelos astronautas das missões Apollo (1971-1972) também como rovers. Neste caso, são rovers controlados manualmente, diretamente por astronautas. Não são robôs. Os jipes lunares percorreram distâncias entre 27km e 35km, aproximadamente.

 

 

Link interessante: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/07/robo-da-nasa-bate-recorde-extraterrestre-de-distancia.html

 

 

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Marte: lava em lugar de água?

 

No século XIX, muito se falava sobre a possibilidade de existir vida em Marte. Estas ideias baseavam-se nas observações visuais de dois astrônomos: o italiano Giovanni Schiaparelli (1835-1910) e o norte-americano Percival Lowell (1855-1916). Eles julgaram ver o que chamaram de canais na superfície marciana. Deduziu-se que eram canais artificiais construídos por uma pujante civilização extraterrestre para irrigar o planeta árido. A água do degelo das calotas polares deveria correr através destes canais.

 

Entretanto, com a melhoria dos telescópios e o uso da fotografia, ficou provado que os riscos e as linhas, desenhados por aqueles astrônomos, não passavam de ilusão de ótica. Com a chegada das primeiras sondas ao planeta vermelho, fotos de alta resolução revelaram o que parecem ser leitos secos de rios e vales. Novamente a hipótese da ação da água ganhou força. Água corrente teria marcado o relevo marciano no passado?

 

Recentemente, uma análise de fotos tiradas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) oferece outra explicação para o relevo acidentado. Vales e canais marcianos em diversas áreas, principalmente no Vale Marineris, parecem ser de origem vulcânica e não produzidas por erosão pela água. Os “canais” seriam antigos túneis de lava que teriam desabado e formado os cânions e depressões no terreno primitivo de Marte.

 

A hipótese da erosão hídrica do Vale Marineris pode não corresponder à realidade. Contudo, isso não exclui a existência de água no passado. Outras evidências químicas do solo marciano sugerem a presença de um raso oceano há milhões de anos.

 

Links de interesse:

http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/estudo-sugere-que-lavas-formaram-os-vales-e-canais-de-marte,1a3d1144c5966410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

http://theconversation.com/lava-not-water-formed-canyons-on-mars-27350

http://pt.wikipedia.org/wiki/Vida_em_Marte

 

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Água Lunar e Oxigênio Marciano

 

Não há dúvida que viagens tripuladas interplanetárias são muito mais dispendiosas que qualquer missão automática. Um dos principais problemas que dificultam uma missão destas é levar água potável e atmosfera respirável para manter vivos os astronautas. Imagine quantos litros de água serão necessários por pessoa numa viagem de mais de dois anos. Mesmo reciclando a urina, seria um volume considerável a ser estocado em tanques. Imagine quanto espaço isso ocuparia. E para absorver o dióxido de carbono (CO2) e fornecer oxigênio (O2) para respiração? A solução mais simples seria obter estas substâncias ao longo do caminho. Sabemos hoje que hidrogênio é o elemento mais abundante do Universo e o principal componente da água. Mesmo a água e o oxigênio são comuns em nosso Sistema Solar.

 

Na Lua há indícios de água, na forma de gelo, em crateras próximas aos polos, onde a luz solar nunca bate. Mas, mesmo que esta água seja pouca, existe água em lugares menos óbvios, mas abundantes: nas rochas lunares. Sim, é possível tirar água da pedra. Não é fácil. Seria necessário triturar rochas, aquecê-las, recolher o vapor e depois condensá-lo gota a gota.

 

Em Marte temos o elemento oxigênio na atmosfera na forma de moléculas de dióxido de carbono e no solo na forma de óxidos de ferro. Também seria possível extrair quimicamente este oxigênio e transformá-lo em gás próprio para respirar.

 

Outra utilidade do hidrogênio e do oxigênio é como combustível de espaçonaves.

 

Hoje já existem projetos para testar a obtenção destes elementos in loco.

 

Mais alguns links interessantes:

 

http://www.megacurioso.com.br/exploracao-espacial/41866-nasa-pretende-produzir-oxigenio-em-marte-e-agua-na-lua.htm

 

http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2013/09/cientistas-britanicos-sugerem-que-agua-lunar-surgiu-antes-da-terra.shtml

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“Pedra que Rola não Cria Limo”

 

O ditado popular que dá título a este post causou uma certa polêmica aqui na “redação” (“redação”, no caso, é a Diretoria de Astronomia e Cultura do Planetário). Sempre o entendi como um conselho para alguém “se mexer”, “ir à luta”. Algo como: “se você ficar aí parado, vai criar limo, vai estagnar…”

 

Mas os colegas da “redação”, que eu respeito muito, entendem justamente o oposto. O “limo” proverbial é bom. “Criar limo” é “ter bagagem”, se aprofundar em algo. Ou seja, o ditado adota o sentido oposto! “Se você ficar rolando por aí, nunca vai criar limo, nunca vai ter conteúdo”.

 

Mas por que falar sobre isso em um blog de Astronomia? Ora, esse ditado simplesmente não me sai da cabeça desde que vi a notícia sobre a pedra que rolou em Marte!

 

Em um primeiro momento, os amantes das teorias de conspiração se animaram bastante. Uma pedra se moveu em Marte! O que os cientistas (e, por que não?, os militares) sabem e não estão nos contando?

 

Ora, parafraseando Sherlock Holmes, uma vez que descartamos o impossível, a solução que restou, por mais improvável que seja, é a correta. O impossível é uma pedra se mexer sozinha em Marte. Não que isso fosse impossível; pequenos tornados são comuns em Marte. Mas, como não houve registro de nada dessa natureza, a pedra teria que ter se movido na ausência de um vento qualquer. Impossível.

 

Então vamos ao improvável. Os cientistas acreditam que a pedra foi rolada pela própria sonda robótica Opportunity, que tirou a foto. Possuindo seis rodas e vários pontos cegos devido aos seus painéis solares, não é nem tão improvável assim a sonda ter revirado uma pedra em solo marciano.

 

E, desmentindo nosso ditado, a pedra (que estava parada a milhões de anos) não tinha limo! Talvez ditados terrestres não sejam válidos em Marte…

 
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A Índia está chegando em Marte

 

Neste dia 1º de dezembro de 2013, a Índia deu um grande salto para conquistar o espaço. Mais precisamente, a sua missão à Marte segue agora livre da força gravitacional da Terra. É um passo importante que mostra todo o poderio deste país para ser um dos “grandes” da era espacial. Esse importante passo colocou a Índia na frente da China, outro gigante que desponta o horizonte.

 

A nave indiana Mangalyaan (conhecida como Missão Orbital de Marte – MOM, em uma tradução livre) passou para o segundo estágio. Ela completou seis voltas ao redor da Terra e depois, através do que denominamos de “efeito estilingue”, foi lançada para o espaço, livre da gravidade terrestre. Ela ainda terá outros desafios pela frente até finalmente, em setembro de 2014, atingir o objetivo e o sonho de 1,2 bilhão de pessoas: explorar o planeta Marte.

 

Para se chegar à Marte não é fácil. Somente os Estados Unidos, a Rússia e um grupo de países europeus conseguiram colocar naves em órbita do planeta vermelho. Alguns robôs, inclusive, estão neste momento pesquisando o seu solo à procura, principalmente, de indícios de vida. Mas menos da metade das missões programadas para aquele planeta foram bem sucedidas. Correções na órbita da nave serão necessárias até a sua colocação ao redor de Marte, o que é um grande desafio.

 

A Índia tem uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes: o preço, que neste caso chegou a cerca de um décimo do que os norte-americanos gastaram na última missão. E um dos objetivos deste país é abocanhar uma parte substancial do bilionário mercado de lançamento de satélites. O programa espacial indiano já tem 50 anos, e com o dinheiro disponível atualmente e o desenvolvimento da sua própria tecnologia, são grandes as chances de voos mais audaciosos.

 

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Marte há 4 bilhões de anos

 

Há muito tempo o homem procura mundos onde a vida possa existir e evoluir. Hoje temos diversos telescópios com o intuito de descobrir um planeta extrassolar semelhante à Terra. Muitos planetas já foram descobertos, mas estamos distantes ainda de conhecer a verdadeira realidade destes novos mundos.

 

Aqui perto, no Sistema Solar mesmo, temos um alvo bastante interessante que sempre instigou a comunidade científica: Marte. Este planeta é o que mais se aproxima de um mundo propício à vida. No momento não conseguimos encontrá-la e esforços estão sendo feitos para este fim.

 

Muitas sondas já o visitaram e, no momento alguns robôs estão vasculhando o seu solo, procurando por vestígios de água e seres vivos. Não encontramos água na superfície marciana, mas são fortes as indicações da existência de rios e lagos no passado. Só encontramos gelo e uma pequena quantidade de atmosfera. O que aconteceu com essa água e a atmosfera de Marte? Ainda não sabemos.

 

Hoje a NASA lançou uma sonda, a MAVEN, que levará 10 meses para chegar em Marte, no dia 22 de setembro de 2014. Ela ficará orbitando o planeta vermelho a uma distância de 6.400km, por um ano, com a finalidade de buscar uma resposta sobre a atmosfera marciana que se perdeu, com o passar dos milhões e milhões de anos. É bem provável que Marte tivesse uma atmosfera mais espessa do que a que possui hoje. Mas, em algum momento, ela se dissipou. O vento solar pode ter sido uma das razões.

 

A sonda investigará a atmosfera superior do planeta, a ionosfera e a interação do vento solar com a atmosfera de Marte. Assim será possível dimensionar a perda de elementos voláteis, como o CO2 e a água, ao longo do tempo, influenciando na habitabilidade do planeta.

 

Se quiser saber mais, inclusive com um vídeo simulando a exploração pela sonda MAVEN, veja em:

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/11/13/nasa-simula-marte-ha-4-bilhoes-de-anos-com-rios-e-espessa-atmosfera.htm

 

http://www.nasa.gov/mission_pages/maven/overview/index.html

 
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Mais um?

 

Se você tivesse alguns milhões de dólares e fosse fazer uma aposta única, colocaria seu dinheiro em uma empreitada que falhou 30% das vezes que foi tentada, ou procuraria algum investimento com um risco menor? Talvez fosse mais seguro, como fizeram alguns incautos, apostar nas empresas de um certo eX-bilionário. Afinal o dinheiro é seu…

 

No estudo e busca pela exploração do planeta Marte, o número de falhas ocorridas foi de 13 em 43 missões enviadas desde o ano de 1960. São 30%, um número elevado se levarmos em conta a quantidade de pessoas envolvidas, o tempo gasto e a tecnologia envolvida. Alguns conhecidos utilizaram até o termo “urucubaca” para tentar explicar este número tão elevado.

 

A última falha ocorreu no dia 11 de novembro de 2013 durante a tentativa de colocar o satélite indiano da Missão orbital de Marte em uma órbita a 100.000km de altitude da superfície terrestre. Atualmente ele se encontra a 78.278 km.

 

Esta missão foi lançada no dia 5 de novembro de 2013 com o objetivo de estudar o planeta vermelho; uma missão de baixo custo (73 milhões de dólares). Pela falta de um lançador que pudesse colocar diretamente o satélite em uma órbita em direção a Marte, está sendo necessário que este seja reposicionado em órbitas cada vez mais altas até atingir a altitude correta para o seu envio.

 

Os cientistas indianos esperavam que o motor de propulsão funcionasse corretamente. Porém, após uma breve falha no motor em uma tentativa anterior, a nave espacial indiana foi conduzida “com êxito” para uma órbita mais elevada da Terra. Na falta de um grande foguete para enviá-la diretamente para fora da atmosfera terrestre e seu empuxo gravitacional, a nave ficará na órbita da Terra até o fim do mês, à medida que desenvolve velocidade suficiente para se libertar.