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Coluna do Astrônomo

Novos membros extrassolares

Lançado em 27 de dezembro de 2006 e com provisão de funcionamento mínimo de dois anos e meio, o satélite COROT (um acrônimo das palavras COnvecção, ROtação e Trânsito) encontrou mais seis planetas fora do Sistema Solar. Ele tem a missão de buscar planetas extrassolares e de estudar a sismologia de estrelas (apesar de o dicionário do Aurélio Buarque de Holanda Ferreira utilizar o termo apenas para os fenômenos terrestres, sismologia é o termo empregado pelos astrônomos para os eventos que produzem ondas que se propagam na superfície de estrelas).

Dos 461 planetas extrassolares encontrados até a metade do ano de 2010, 16 deles devem sua descoberta ao trabalho de pesquisadores do consórcio formado por franceses, alemães, austríacos, belgas e brasileiros.  No Brasil, as instituições que participam do consórcio são: o Instituto Astronômico e Geofísico da USP, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Laboratório Nacional de Astrofísica, o Observatório Nacional, a Universidade Estadual Paulista, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Mackenzie de São Paulo.

Os pesquisadores brasileiros participaram ativamente no desenvolvimento dos programas de controle e de análise dos dados obtidos, além da seleção dos objetos-alvo para os estudos.

O primeiro planeta extrassolar encontrado pelo COROT está orbitando uma estrela de magnitude 13,6, na constelação de Monoceros, distante do Sol 1.560 anos-luz, com uma massa estimada de 1,3 massa de Júpiter e com um período orbital de mísero 1,51 dia terrestre!

Esperamos que novas descobertas sejam feitas em breve e, para aqueles que prestaram atenção no início do texto e atentaram para o período de funcionamento do satélite de 2,5 anos, gostaria de esclarecer mais um pequeno item: as estimativas do tempo de vida dos satélites baseiam-se, principalmente, na quantidade de combustível que é usado para fazer as correções em suas órbitas devidas às interações gravitacionais e magnéticas com o nosso planeta.

Os satélites posicionados em grandes órbitas e os geoestacionários geralmente utilizam uma quantidade de combustível maior porque precisam estar melhor posicionados e com as antenas perfeitamente apontadas para uma região do planeta.

No caso do COROT, como está em uma órbita polar baixa e possui dois centros de recepção de dados, sendo um deles no Maranhão, a Estação de Satélites Científicos, na base de Alcântara., o direcionamento das antenas e a manutenção da altura da órbita não são tão críticos, o que possibilita e possibilitará ainda por mais tempo a utilização deste satélite tão importante para a Astronomia.