Usamos cookies em nosso site para lhe dar a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e repetindo visitas. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. T...

Sempre ativado

Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.

Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário através de análises, anúncios, outros conteúdos incorporados são denominados como cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.

O dia que não existiu

De todas as curiosidades que podemos relacionar ao dia de hoje (sejam elas o nascimento do astrônomo americano Neil de Grasse Tyson, a estréia mundial do primeiro filme de James Bond ou a promulgação de nossa constituição federal), talvez a mais inusitada de todas remonte ao distante ano de 1582.

O que aconteceu naquele dia 5 de outubro? Nada. Literalmente nada. Absolutamente nada. Simplesmente porque este dia não existiu! Ou, ao menos, não existiu em nosso calendário vigente.

Foi neste dia que entrou em vigor o calendário gregoriano, que nos serve até hoje. Decretado pelo Papa Gregório XIII, entrou imediatamente em vigor na Itália, Espanha, Portugal e Polônia. O Brasil, colônia portuguesa na época, só precisou esperar a novidade atravessar o Atlântico, na velocidade das caravelas, para adotar aqui também a novidade.

O calendário gregoriano surgiu de uma necessidade de adequar o ano civil ao ano astronômico com uma precisão maior do que a existente no calendário juliano. Este último, imposto por Julio César no ano 44 AEC, criava o recurso do ano bissexto: assim, após três anos com 365 dias cada, haveria um quarto ano com 366 dias. Na média, a duração de um ano segundo o calendário Juliano é de 365,25 dias. Ou 365 dias e seis horas (que é o que aprendemos na escola, quando crianças).

Mas o ano astronômico, que nada mais é do que o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa ao redor do Sol, dura um pouco menos do que isso. Dura 365 dias, cinco horas, 48 minutos e 47,5 segundos. Repito: não são 365 dias e seis horas! A diferença, de pouco mais de 11 minutos entre o ano astronômico e o ano do calendário juliano, é pequena, mas cumulativa. Em um único ano pode passar despercebida, mas e ao longo de mil anos?

O papa Gregório XIII, bem assessorado por estudiosos do assunto, enfrentou este problema. Ele entendeu que, por mais de 1.600 anos, a duração do ano civil estava um pouquinho maior do que a duração do ano real. O ano civil tinha “acumulado gordura”. E para “queimar esta gordura”, Gregório XIII precisou eliminar dez dias do ano. Por decreto papal, no ano de 1582, ao dia 4 de outubro sucedeu-se o dia 15, suprimindo-se assim 10 dias do calendário!

Para evitar novas defasagens, uma nova regra para os anos bissextos foi criada. Mas isso é assunto para um outro dia. Quem sabe um dia 29 de fevereiro…

Deixei um comentário