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Laika: das ruas de Moscou para o Espaço

 

Por Naelton Mendes de Araujo – Astrônomo da Fundação Planetário

Num ambiente de extrema competição e propaganda política o primeiro animal foi posto em órbita em 3 de novembro de 1957. Dez anos antes, americanos e russos já enviavam e traziam de volta animais em voos suborbitais. Enquanto os americanos enviavam macacos, os soviéticos enviavam cães.

Com o advento do Sputink I, o primeiro satélite artificial da Terra, o desafio era levar um animal a dar pelo menos uma volta no planeta. Ainda não havia tecnologia para trazer de volta em segurança um passageiro que estivesse em órbita. O atrito da reentrada poderia derreter qualquer nave espacial não preparada para isso. Apesar disso a missão Sputink II teria que marcar mais um recorde a favor da URSS para satisfazer Nikita Krushchev, o líder soviético.

Sem tempo para desenvolver uma cápsula segura e recuperável, os técnicos do programa espacial soviético enviaram a cadela vira-lata batizada de Laika numa missão suicida. Apesar de ter alimento e oxigênio para vários dias a cápsula teve uma falha no sistema de controle de temperatura. O stress do lançamento mais o aquecimento exagerado fizeram que a cadela morresse menos de sete horas após o lançamento.

Mais tarde, em 1960, os cães Belka e Strelka se tornaram os primeiros animais a entrar em órbita e voltar em segurança. No ano seguinte, Yuri Gagarin tornaria-se o primeiro astronauta humano.

O uso de animais “astronautas” certamente abriu caminho para os primeiros voos tripulados anos depois. Porém, no caso de Laika, os interesses políticos foram mais considerados do que a ciência. A primeira mártir do espaço não precisaria ser sacrificada daquela forma.

Em 2008 um monumento de bronze de dois metros de altura em homenagem a Laika foi inaugurado em Moscou.

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