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Façam seus pedidos!!

Na crendice popular, após a observação de um bólido ou uma estrela cadente (meteoro), deve ser feito um pedido e ele será realizado… tenho certeza que isso não acontece!! Pois, se acontecesse, tudo seria uma maravilha: os astrônomos teriam os melhores telescópios, o Brasil estaria no consórcio do ESO e muitas pessoas estariam ricas, pois alguém tem dúvida que nós, os observadores do céu, já observamos centenas ou milhares de estrelas cadentes?  

Então, vamos falar sério.  

Na madrugada do dia 12 de abril de 2019, um belo espetáculo foi observado: um bólido cruzou o céu do Rio Grande do Sul!


Imagem do bólido observado na Cidade de Taquara – RS.
Fonte: Carlos Fernando Young – BRAMON


Bólido é o fenômeno causado pela passagem de um meteoroide ou asteroide pela atmosfera, transformando parte de sua energia de movimento (energia cinética) em um rastro brilhante, terminando em uma explosão luminosa. Alguns autores ainda classificam os bólidos com brilho superior ao da Lua como superbólidos.

Vejam abaixo uma classificação deste e de outros objetos, traduzida da Agência Espacial Canadense, para que não tenham dúvidas.

Este fenômeno não é raro em todo o planeta. Diversos objetos como estes são observados regularmente por pesquisadores e astrônomos amadores. Existem diversas equipes que dedicam parte de seus dias a coletar e analisar imagens e vídeos obtidos diuturnamente.

Os equipamentos das estações de monitoramento são precisamente orientados de modo a possibilitar a combinação das imagens, fornecendo dados de trajetória, duração, velocidade e estimativa de massa, entre outras informações.

No dia 24 de março, outro bólido foi observado nos céus do estado de Santa Catarina. Este também chamou muita atenção da população local e, além das estações terrestres, foi observado pelo satélite meteorológico GOES-16.


Trajetória do bólido observado em Santa Catarina nas estações de Florianópolis e Itumbiara – SC. Fonte: BRAMON

Imagens obtidas do bólido, observado em Santa Catarina. No canto superior direito temos um frame do vídeo de Rafael Bernadino-BRAMON sobreposta à imagem do satélite GOES-16.

A BRAMON é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é desenvolver e operar uma rede para o monitoramento de meteoros, com o objetivo de produzir e fornecer dados científicos à comunidade através da análise de suas capturas, que são realizadas por estações de monitoramento. Desta forma, ela visa figurar como a maior rede de monitoramento de meteoros do hemisfério sul e entre as maiores do mundo, além de tornar-se uma referência como uma rede que alia a qualidade ao uso de equipamentos acessíveis e de baixo custo.

Leitor, caso tenha interesse no assunto e deseje saber mais detalhes sobre o funcionamento do grupo, a instalação de câmeras e a análise de imagens, sugiro que entrem em contato com o BRAMON. Seus componentes estão sempre dispostos a ajudar novos integrantes e a instalar novas estações de monitoramento em todo o país.

Apesar dos meteoros não concederem desejos, a observação destes permite o cálculo de trajetórias, indicando possíveis locais de queda de meteoritos que poderão ser recuperados e servirão para estudos da composição química dos componentes do Sistema Solar.

Continuem a nos acompanhar. Aqui uma novidade astronômica se transforma em uma notícia em nosso blog Super Novas.

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