Usamos cookies em nosso site para lhe dar a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e repetindo visitas. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. T...

Sempre ativado

Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.

Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário através de análises, anúncios, outros conteúdos incorporados são denominados como cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.

Extinção vinda do Espaço

No que diz respeito a tragédias globais vindas do espaço, o cinema só explorou até agora impactos de asteroides gigantes e invasões de alienígenas malvados. Agora, talvez, uma nova fonte de destruição em massa entre para o repertório hollywoodiano.

Em 2003, cientistas americanos disseram que uma forte emissão de raios gama poderia ter acabado com a vida na Terra há 440 mil anos. Não havia muitas evidências, mas, recentemente, o cientista Wilfried Domainko do Instituto Max Planck de Física Nuclear, na Alemanha, mostrou argumentos que defendem a teoria dos americanos.

Um forte pico de emissão de raios gama acontece durante a explosão de uma supernova, ou quando dois objetos compactos, como estrelas de nêutrons que resultam das supernovas colidem. Esse segundo mecanismo dura menos de dois segundos e pode acontecer com mais frequência em aglomerados globulares, que possuem muitos pares de estrelas em seu interior.

Os aglomerados globulares contêm as estrelas mais antigas da Galáxia. São conjuntos com milhões de estrelas e não se localizam no disco galáctico, onde está o Sol. Mas, como tudo se move no espaço, os aglomerados globulares, eventualmente, cruzam o disco.

Pela quantidade de aglomerados e pela taxa de produção desses picos de emissão de raios gama, Domainko diz que é possível ter acontecido ao menos um evento desses no último bilhão de anos. Domainko lembra também que raios gama, além de poderem produzir extinções em massa, podem também levar a mutações, o que pode provocar o aparecimento de novas espécies. De fato, a evolução da vida na Terra foi afetada por diversos eventos de extinção em massa e também por períodos de rápido desenvolvimento de novas espécies, como no período conhecido como Explosão Cambriana.

A missão GAIA, programada para ser iniciada em 2013, tem como objetivo mapear a Via-Láctea e fornecer dados que nos permitam conhecer mais sobre a evolução de nossa galáxia. Isso inclui formação e evolução das estrelas, suas velocidades etc. O possível papel dos raios gama na evolução da vida na Terra pode ser confirmado ou negado com essa missão.

O artigo original de Wilfried Domainko, em inglês, encontra-se nesse link: http://arxiv.org/pdf/1112.1792v1

Bom, caso o cinema comece de fato a utilizar eventos de forte emissão de raios gama para criar emocionantes histórias de fim de mundo, espero que lembre os telespectadores que a possível taxa de eventos desses nas proximidades do Sistema Solar é menor ou igual a um a cada um bilhão de anos.

Deixei um comentário

Resposta

Your email address will not be published. Required fields are marked *