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Constelações do Zodíaco – parte 4

Chegamos ao fim de mais um ano!

E vamos terminar, também, a coleção das constelações zodiacais.

Este grupo apresenta a única constelação zodiacal que não é um animal: a Balança. Ela não tem muitas estrelas brilhantes e quatro delas têm nomes bem estranhos!

Zubenelgenubi, Zubenelschamali, Zubenelhakrabi e Zubenelhakribi são os nomes delas. Elas fazem referência às garras do Escorpião que está ali perto. Bem antigamente essa constelação fazia parte do Escorpião, e por isso os nomes das estrelas.

Um Feliz Natal e um Novo Ano repleto de brincadeiras! Esperamos vocês aqui no Planetário nas férias!

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Constelações do Zodíaco – parte 3

Novas constelações chegaram! Estamos quase chegando ao fim. São 12 no total!

Uma das constelações é muito estranha. Você já viu um animal meio cabra, meio peixe? É a constelação do Capricórnio!

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Constelações do Zodíaco – parte 2

Seguem mais três constelações zodiacais.

Não se esqueça que você pode colorir, pedir para um adulto furar as estrelas e observar com uma lanterna ou olhar para algo claro. As estrelas parecerão brilhar!


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Constelações do Zodíaco

Parte 1

O céu inteiro está dividido em constelações. São 88 no total.

Algumas delas são bem conhecidas: as constelações do Zodíaco. Aqui vamos mostrar em partes, três de cada vez. Mais para a frente vamos falar um pouco de cada uma. Você vai fazendo uma coleção. Basta imprimir, recortar como indicado, pedir para um adulto furar nas estrelas e, se você quiser, pode colorir.

Ah, sim! Depois de furada, aponte para a luz e você verá as estrelas brilhando! Também pode pegar uma lanterna e, em um quarto escuro, projetar as estrelas em uma parede. É bem legal!

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O ALIENÍGENA LEU: A SORTE DOS GIRINOS (O Alienígena)

A Sorte dos Girinos (Quartet, 1999), de Carlos Eugênio Baptista (1960 – 2018), foi seu único romance. Ele foi mais conhecido por Patati, sendo roteirista e pesquisador de histórias em quadrinhos, um profundo conhecedor do campo, como abaixo podemos ver em seu blog.

O livro tem uma estrutura epistolar, baseando-se em cartas e diários para apresentar personagens e enredo, terminado em diários da personagem central, conforme a história finalmente alcança o tempo presente. Em 12 capítulos, os 10 primeiros são cartas de resposta a Janete, que procura por um certo Tadeu, entrando em contato com diversas pessoas para tal. Nas cartas, diversas pistas do que na verdade ocorre vão sendo apresentadas, enquanto muita nostalgia por parte dos remetentes é apresentada, envolvendo conhecidos em comum e alegres fatos de uma época, mesmo de uma cidade, que apesar de poucos anos antes, menos e menos se torna conhecida por seus habitantes. Nostalgia pura a princípio, é importante ressaltar que as cartas soam como se fossem realmente de pessoas diferentes, mudando o estilo a cada capítulo. Alguns mais formais, outros casuais, e pelo menos, um formatado em uma espécie de dialeto próximo, ou preferência pessoal. Ao longo de cada um, Tadeu vai sendo revelado, de mais um garoto, no meio da turma, que chegou meio que por último, até alguém único, inesquecível, adorado por todos, com uma ou outra excentricidade, que marcou as vidas de quem o conheceu.

O livro se passa em um Rio de Janeiro de 2040, onde enormes torres são construídas, descaracterizando velhos bairros e vizinhanças, e sendo habitadas apenas por estrangeiros vindos do hemisfério norte, como se nada fosse. Do garoto do passado curtido a esta inevitável mudança; temos intriga, tecnologia ilegal, ação e tiroteio, tribos urbanas e cultos esotéricos – o Rio 2040 de Patati é ainda uma cidade de beleza e do caos, cyberpunk cuja ambientação apenas lamentamos poder ver somente pistas e descrições indiretas (apenas os bairros da Ilha do Governador e de Fátima chegam a realmente participar, com menções ou passagens rápidas por alguns outros), janelas de ‘um lá fora’ que ocorre apenas quando evocado, em vez de uma explanação mais direta – melhor assim, por outro lado, pois sempre nos convida a preencher certas lacunas.

Apesar de tudo, é um livro com uma batida leve. A nostalgia, o carinho perdido, tudo isto ainda está conosco quando chega o clímax, as terríveis revelações e tudo o mais. E o estilo da narrativa, apesar de já àquela altura ser o de apenas da protagonista, ele próprio se transforma, mergulhando na poesia, apenas pelo apreciar da paisagem, reforça esta ideia – apesar de suspeitas minhas que a sanidade mental de Janete esteja por trás desta escolha. 😉

Mas ao contrário do que pode se esperar de uma obra cyberpunk, como já foi dito, tudo termina com uma aposta na esperança, no dever cumprido a recompensa, e que de alguma forma, assim como o Rio continua lindo, o Rio continua sendo, sempre haverá um amanhã bem-vindo, sempre um amor para continuar vivendo.

Luiz Felipe Vasques

07/11/2019

Originalmente em 6/08/2010

Links Externos:

Blog do Patati

http://enquantoisso-patati.blogspot.com/

Resenha original

https://blogdefc.blogspot.com/2010/08/sorte-dos-girinos.html
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As constelações do Zodíaco

O céu está dividido em 88 constelações. As mais conhecidas são as constelações zodiacais. É por elas que nós vemos o Sol passar ao longo do ano. Doze delas você já deve ter ouvido falar, mas existe uma outra que poucas pessoas sabem.

Vamos testar o seu conhecimento nestas palavras cruzadas?

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O Alienígena Leu: Dieselpunk (O Alienígena)


Dieselpunk: porque carvão não é sujo o bastante.

Dieselpunk é um sub-gênero dentro da Ficção Científica que  se segue ao Steampunk, este focalizado na Era Vitoriana, a Revolução Industrial e seu impacto da tecnologia da época. Já o Dieselpunk atualiza a ideia, passando para o uso do petróleo e o motor a combustão, não mais carvão e suas caldeiras, como sendo a base da indústria, tudo em geral indo até a II Guerra Mundial. Dirigíveis, aviação, cinema mudo/em preto e branco, Belle Époque, as duas Guerras Mundiais, muito art deco, aviões à hélice – mas a nova era se anuncia, com mochilas-foguete e mesmo pistolas de raios: qualquer semelhança com o filme SkyCaptain and the World of Tomorrow não é mera coincidência.


Robôs gigantes invadem Nova York: chamando SkyCaptain!

Com 9 contos e quase 380 páginas, Dieselpunk – Arquivos confidenciais de uma bela época é um pequeno tijolo de literatura fantástica é uma “continuação temática” da coletânea steampunk da mesma Draco, em 2010, chamada Vaporpunk – Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades. Não li esta ainda, mas pelo resultado da Dieselpunk, fiquei realmente curioso para ler.

O nível das histórias é surpreendentemente… denso, para dizer o mínimo. Não se trata somente de literatura de entretenimento, como poderia se esperar, embora ação e aventura certamente estejam lá. Mas há, claramente, duas vertentes – em que nenhuma escolha pese para desmerecer uma ou outra, percebam, ou estancá-las de uma maneira binária: as histórias são ótimas –, uma puxando mais para o lado da ação e outra nem tanto. Um show à parte são as ambientações criadas para estas histórias, onde não só a tecnologia, mas a História e a sociedade divergiram bastante, também.

Modo geral, sem apontar dedos, parece-me que a tentação em mostrar ora a pesquisa feita, ora o trabalho de world-building, para que o leitor entenda e participe do tesão que foi montar estas histórias pode acabar por ameaçar o fruir do que é contado.

A Fúria do Escorpião Azul, de Carlos Orsi, abre o livro com uma história de ação e espionagem, com um protagonista-título nos moldes dos vingadores mascarados como o Sombra, Spyder, etc., que permeavam os folhetins americanos de 70-80 anos atrás. Passado em um Brasil onde a revolução comunista se deu, envolve pesquisas extra-sensoriais soviéticas e o sequestro de bebês… para fins inomináveis!

Grande G, de Tibor Moricz, fala sobre duas cidades imaginárias, uma movida a diesel e outra a vapor, em constante conflito, quase como imaginando as duas vertentes – steampunk e dieselpunk – dialogassem em maus termos.


Rocketeer, que também ganhou um filme.

Impávido Colosso, de Hugo Vera, conta uma história de guerra – tema inevitável para o gênero e o livro – entre Brasil e Argentina, com nuestros hermanos nos invadindo com exércitos de robôs teleguiados e nós resistindo com colossais robôs tripulados!

Cobra de Fogo, de Sid Castro, é dos meus favoritos. Em um mundo pós-Grande Guerra, os conflitos internacionais são mediados pela Liga das Nações, e resolvidos por corridas intercontinentais utilizando gigantescos veículos chamados locomotivas, capazes inclusive de voar à maneira dos ekroplanos. A história em si é sobre a disputa da Região Amazônica, reivindicada para ser uma área internacional pelos países, ponto contestado prontamente pelo Império Brasileiro. Cabe à tripulação da M’Boitata defender nossas cores. Eu não sei quanto aos demais leitores nem quanto ao autor, mas esta história de corrida intercontinental com carros estrambóticos e um pano de fundo político não me é mais nada senão que Speed Racer – e aqui, feita com carros-mamute! Sensacional! Destaque para o sombrio Primeiro-Ministro do Império, o Conde de São Borges… Getúlio Vargas.

O Dia em que Virgulino cortou o Rabo da Cobra Sem Fim com o Chuço Excomungado, de Octavio Aragão, aqui retrata um encontro que não houve na História: Virgulino Ferreira, mais conhecido como o rei do cangaço Lampião, e Luis Carlos Prestes, em plena marcha de sua Quinta Coluna. Estes dois e outros personagens históricos são apresentados, sendo que, até o encontro, pessoas e coisas estranhas acontecem, decidindo eventos que podem afetar o Brasil e o mundo.


Metrópolis (1927), de Fritz Lang: fonte de inspiração.

O País da Aviação, do organizador da coletânea Gerson Lodi-Ribeiro, é mais um de seus escritos de História Alternativa, partindo do princípio desta vez que o engenheiro norte-americano Robert Fulton, ao contrário da vida real, consegue vender seu motor a vapor para Napoleão Bonaparte, inaugurando uma nova fase da Marinha francesa décadas antes do suposto, mudando o destino da decisiva batalha de Trafalgar. A Hegemonia Europeia se estabelece, e expande-se pelas Américas. O conto salta pelas décadas do processo (contado em datas da Revolução Francesa), e em dado momento mostra o encontro dos Pais da Aviação: os irmãos Wright, Santos Dumont – e os menos conhecidos –, Otto Lilenthal e Karl Jatho sob uma mesma bandeira.

Ao perdedor, as baratas, de Luiz Antonio M. C. Costa, trabalha pelo lado da conspiração política, em um cenário histórico revirado ao avesso, em que no panorama ideológico mundial, consta um predomínio holandês, e não inglês, versus uma monarquia dos trópicos que se vê obrigada a aceitar a diversidade étnica e cultural – simbolizada em um casal inter-étnico de personagens, união repudiada ocultamente pelo protagonista, um agente secreto que irá causar um evento capaz de transformar o mundo. Filosofia, política, sociedade, Kafka e Lovecraft são discutidos ou apresentados na trama, montando um dos mais complexos cenários presentes no livro.

O Auto do Extermínio, de Cirilo S. Lemos também trabalha com monarquias claudicantes e conspirações políticas, loucura, espionagem, tiroteio, robôs e ação. É o fim dos dias de Dom Pedro III (baseado no Príncipe Pedro Augusto de Alcântara, personagem da vida real, retratado no livro O Príncipe Maldito – Loucura e Traição na Família Real, da historiadora Maria Lúcia del Priore), e o Brasil vive um clima tenso politicamente, com Integralistas de um lado e Socialistas do outro esquentando o panorama, à espera da apresentação do herdeiro real – uma possibilidade que ninguém deseja. É um conto muito interessante, com toques místicos envolvendo a loucura presciente do protagonista.


Mais SkyCaptain: frota de porta-aviões aéreos.

Só a morte te resgata, do português Jorge Candeias, talvez seja a mais madura das obras apresentadas. Levanta uma questão interessante: se o lar é onde está o coração, o que pode ocorrer quando seu coração não está em lugar algum? Encerrando o livro com um tom melancólico, apesar do mundo alternativo apresentado, conta a história de um piloto de biplanos de guerra, após sua unidade ter sido massacrada no meio do deserto, tentando voltar para casa, lançando mão de recursos pouco honrados, até o retorno. De certa forma, este retorno é tão solitário quanto seus voos.

Em suma ótima e criativa leitura. Parabéns aos envolvidos!

Luiz Felipe Vasques

21/01/2012

Links Externos:

O que é Dieselpunk?

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dieselpunk

Resenha originalmente em:

https://blogdefc.blogspot.com/2012/01/dieselpunk-arquivos-confidenciais-de.html
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O Alienígena Leu: “The Godmakers” (O Alienígena)

Planos dentro de planos, psiquismo misturado com religião, uma ordem secreta de mulheres conspirando nos mais altos escalões da política, um ar ‘árabe’ permeando toda a estória – Duna? Não, The Godmakers.

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Escrito por Frank Herbert em 1972, sete anos depois de sua grande obra, Duna, o livro ostenta estas similaridades , levando-me a crer que, se não lhe for um tema recorrente (é o terceiro livro apenas que li de Herbert, além do já citado e de uma tentativa frustrada de ler sua primeira continuação, O Messias de Duna), talvez ele tenha sentido que não tinha dito tudo com essas fontes de inspiração.

As semelhanças, apesar de fortes, não impedem de revelar um livro de aventuras e mesmo de bom humor, algo que não sabia que Herbert era capaz – convenhamos, deve haver poucas obras mais sisudas do que Duna escritas na FC.

A história, em um futuro distante, gira ao redor de Lewis Orne, um agente do governo galáctico, recém-saído do treinamento, a serviço de uma agência oficial que investiga o clima psicológico de mundos perdidos da grande civilização, em geral com o contato perdido após guerras civis. Orne tem excepcional habilidade, um verdadeiro faro para o assunto, nas mais tênues pistas decifrando tramas e armadilhas em mundos humanos e mesmo alienígenas. É como se fosse um profiler de mundos.

Ao mesmo tempo, uma linha de eventos paralelos nos leva a Amel, um planeta onde todas as religiões e subseitas convivem sob a paz da Trégua Ecumênica, e os sacerdotes se empenham em uma atividade muito curiosa: a criação de um deus. Deuses não nascem, são criados, afinal de contas. E a forma de criá-los envolve todo um mumbo-jumbo místico-psíquico que os leitores de Duna já conhecem. Aliás, as notas de início de capítulo são um recurso já manjado, da mesma obra… e que funcionam muito bem também aqui, devo dizer. Mas tudo isto leva à criação de um deus, preconizado logo no início, e revelado nos episódios finais do livro.

Os desdobramentos do mumbo-jumbo talvez se devam à época em que foi escrito. Experiências sensoriais, drogas, misticismo, havia um quê a se acreditar que em algum ponto, isto tudo se conectava. É uma leitura bastante interessante, embora tenha que se prender à lógica própria do autor, para se seguir o raciocínio. E em falando de temas recorrentes do autor, política e sistemas de governo também têm seu papel no livro.

A história tem um trecho um pouco estranho, ao meu ver: a ida ao mundo em que a conspiração de mulheres que citei lá em cima seria apresentada aos leitores, através de investigações e desdobramentos, simplesmente é substituída já pela volta do personagem, direto para a CTI, onde fica longos meses à beira da morte, após um clímax fatal envolvendo a revelação da tal conspiração. Necessidades editoriais? Falta de paciência do autor? Era para ser assim mesmo? Não sei, mas que achei estranho, sim, achei.

De resto, tem um quê de aventuras espaciais antigas, onde o papel feminino ainda consegue ser mais estereotipado do que o masculino: apesar de toda a capacidade intelectual daquela que será o amor verdadeiro do protagonista, ela praticamente só surge para disto se ter certeza e se preocupar com a saúde deste, e em seguida sair da trama.

É um livro, no final das contas, interessante, apesar de momentos que achei irregulares. Serviu para conhecer um pouco mais da obra do autor. Na wikipedia, um brevíssimo artigo conta que este livro é uma espécie de interseção entre dois universos fictícios do personagem, o de Duna e o da CoSentiency, obra por mim desconhecida.

Foi uma companhia interessante.

26/09/19

Luiz Felipe Vasques
Links externos:

Wikipedia:
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Godmakers_%28novel%29

Resenha em originalmente em:https://blogdefc.blogspot.com/2009/09/godmakers.html

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SOL A PINO?

Domingo passado, vendo um famoso programa de televisão noturno, minha atenção se prende em uma reportagem sobre o clima seco que se abateu sobre o Brasil. Especialistas discorrem sobre as consequências que a baixa umidade traz para o nosso organismo, gráficos mostram há quanto tempo não chove em determinadas regiões…

E eis que a bela repórter aparece, caminhando por uma rua movimentada de Brasília, e diz: “Uma e meia da tarde, sol a pino…” Pronto! Parei de escutar! Este erro foi a primeira vez que ouvi! Já estou acostumado a ouvir a expressão “sol a pino” atrelada ao meio-dia. Mas nunca antes de uma hora qualquer (uma e meia da tarde?!?).

sol a pino

De qualquer maneira, a expressão está errada em ambos os casos. Sol a pino é uma expressão popular que descreve uma situação astronômica bastante peculiar: o Sol no zênite. Zênite?!? Sim, o zênite. Esta palavra esquisita vem do árabe e descreve o ponto mais alto do céu, exatamente em cima das nossas cabeças. É o popular “a pino”. Ou seja, o Sol só está a pino quando ocupa este ponto específico do céu: o zênite.

E o Sol só fica a pino nas zonas tropicais (como é o caso de Brasília), em dois dias do ano. Um jeito bom de se perceber se o Sol está realmente a pino é olhar para a sombra das coisas. No fenômeno do Sol a pino, simplesmente não há sombras! (Quer dizer, as sombras estarão exatamente embaixo dos objetos que as produzem…).

No dia a dia, há uma tendência em se propagar um erro e as pessoas costumam usar a expressão “sol a pino” como sinônimo de “sol alto no céu” ou, pior (como a reportagem citada), “hora de muito calor”. Não é.

Sol a pino é um termo muito específico e deve ser usado com correção.

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