Usamos cookies em nosso site para lhe dar a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e repetindo visitas. Ao clicar em "Aceitar tudo", você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Configurações de cookies" para fornecer um consentimento controlado.

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para melhorar sua experiência enquanto você navega pelo site. Destes, os cookies categorizados conforme necessário são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. T...

Sempre ativado

Os cookies necessários são absolutamente essenciais para que o site funcione corretamente. Esta categoria inclui apenas cookies que garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site. Esses cookies não armazenam nenhuma informação pessoal.

Quaisquer cookies que podem não ser particularmente necessários para o funcionamento do site e são usados especificamente para coletar dados pessoais do usuário através de análises, anúncios, outros conteúdos incorporados são denominados como cookies não necessários. É obrigatório obter o consentimento do usuário antes de executar esses cookies em seu site.

Categories
Coluna do Astrônomo

Viva a Astronomia do Brasil

2 de Dezembro: Dia da Astronomia Brasileira

No próximo dia 2 de dezembro, o Brasil celebra o Dia Nacional da Astronomia, uma data que nos convida a contemplar o firmamento estrelado e relembrar a rica história que conecta nossa nação ao céu. Não bastasse termos a bandeira mais astronômica de todas ainda tivemos um governante amante da observação celeste. O imperador brasileiro Dom Pedro II nasceu nesta data no ano de 1825. Ele é considerado patrono da astronomia brasileira. Esta é uma justa homenagem pela sua participação na promoção e desenvolvimento da ciências dos astros.

Legado Histórico da Astronômia Brasileira

Durante o século XIX, o imperador Dom Pedro II desempenhou um papel crucial no fomento da ciência e cultura no Brasil. Sua paixão pela astronomia era evidente, e ele se envolveu ativamente em iniciativas que promoveram o estudo dos astros em solo brasileiro.

Dom Pedro I criou um observatório astronômico na cidade do Rio de Janeiro em 1827. Mais tarde com a proclamação da república veio a se chamar Observatório Nacional (1909). Este centro de pesquisa abrigou instrumentos de ponta e atraiu cientistas para colaborar com suas pesquisas desde sua fundação.

Esquerda: sede do observatório no Morro do Castelo. Direita: vista do Observarório Nacional já em São Cristovão.

O Impacto Duradouro de Dom Pedro II

Dom Pedro II financiou expedições científicas e aquisição de equipamentos astronômicos. O imperador também incentivou a formação de astrônomos brasileiros, através de bolsas de estudo.

“Nasci para consagrar-me às letras e às ciências, e, a ocupar posição política, preferiria a de presidente da República ou ministro à de imperador.”

Pedro II do Brasil (1825-1891)

Fonte: https://citacoes.in/citacoes/120329-pedro-ii-do-brasil-nasci-para-consagrar-me-as-letras-e-as-ciencias-e/

Observatório Pedro II montado na Ilha de São Thomas, Ilhas Virgens, para registro do trânsito de Vênus em 1882. Fonte: Museu Histórico Nacional

Celebrando o Presente e Olhando para o Futuro

Ao comemorarmos o Dia Nacional da Astronomia, é crucial reconhecer a herança deixada por Dom Pedro II. O Brasil tem hoje instituições de pesquisa ativas participando em diversos projetos internacionais.

Neste 2 de dezembro, convidamos todos a olhar para o céu e se maravilhar com a vastidão do universo e refletir sobre a importância da astronomia em nossa sociedade. A atuação visionária de um imperador brasileiro permitiu a gerações de cientistas percorrer os caminhos do estudo dos astros. Assim como as estrelas, o conhecimento ilumina o caminho para um futuro menos sombrio.

“Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.”

D. Pedro II

Quer saber mais? Leia o Zine PlanetaRio – número 10 – 2021

Categories
Coluna do Astrônomo

Dia de Carl Sagan

Todo divulgador de astronomia tem na figura de Carl Sagan uma fonte de inspiração. Em uma época em que a Ciência andava um tanto afastada do público, Sagan foi um grande ativista da popularização do conhecimento científico.

Carl Edward Sagan nasceu em uma família judia na cidade de Nova Iorque (EUA) no dia 9 de novembro de 1934. Formou-se em física e doutorou-se em astrofísica. Foi um pioneiro em dois ramos em ascenção em sua época: Ciência Planetária e Astrobiologia. Foi também um fecundo escritor com mais de 20 livros e 600 artigos científicos.

Todas as ciências…

“A ciência é muito mais que um corpo de conhecimentos. É uma maneira de pensar.”

A obra de Sagan abrange uma ampla gama de disciplinas científicas e atividades, tornando-o um dos cientistas mais conhecidos e respeitados do século XX. Carl Sagan era conhecido por sua versatilidade em diferentes campos da ciência, incluindo astronomia, astrobiologia e astrofísica. Sua curiosidade intelectual o levou a explorar uma variedade de tópicos científicos.

Defensor do ceticismo científico e do método científico, Sagan promoveu a ideia de que as alegações científicas devem ser baseadas em evidências sólidas e submetidas a testes rigorosos.

“Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias.”

Vida em toda parte…

Sagan desempenhou um papel fundamental no projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), que busca sinais de vida extraterrestre através de radiotelescópios. Ele também ajudou a criar mensagens que foram enviadas a bordo de sondas espaciais, como as Pioneer e Voyager, com informações sobre a Terra e a humanidade, na esperança de que possíveis civilizações extraterrestres pudessem interceptá-las. Em seu livro de ficção científica (que depois virou filme) CONTATO (1985) ele trabalhou de forma brilhante as implicações culturais de um contato extraterrestre.

“Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço.”

Carl Sagan foi um dos primeiros cientistas a estudar, na década de 60, o efeito estufa em escala planetária, observando a atmosfera de Vênus. Ainda hoje é claro a enorme contribuição de suas pesquisas para uma melhor compreensão dos processos climáticos planetários, inclusive no nosso planeta.

Carl Sagan fundou a Sociedade Planetária, uma organização não governamental dedicada à promoção da exploração espacial e da compreensão científica do nosso lugar no cosmos.

“A imaginação muitas vezes nos leva a mundos que nunca sequer existiram. Mas sem ela não vamos a lugar algum.”

Conhecimento por todo lado…

Sagan é conhecido por seus livros de divulgação científica, como “Cosmos” e “O Mundo Assombrado pelos Demônios”, que alcançaram um público amplo e ajudaram a popularizar a ciência. Além disso, a série de televisão “Cosmos: Uma Viagem Pessoal”, que ele apresentou e coescreveu, teve um impacto significativo na divulgação científica.

“Um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia.”

Sagan recebeu inúmeros prêmios e honrarias ao longo de sua carreira, incluindo o Prêmio Pulitzer de Não Ficção Geral por seu livro “The Dragons of Eden”. Sua habilidade de comunicar ideias científicas de maneira acessível ao público em geral o tornou um dos divulgadores científicos mais influentes da história. Muitos colegas cientistas (acadêmicos e divulgadores) foram diretamente motivados por sua obra. Além de um instigador do conhecimento Sagan foi um ativista pelo desenvolvimento científico e tecnológico pacífico e ambientalmente sustentável.

“Estamos irrevogavelmente em um caminho que nos levará às estrelas. A não ser que, por uma monstruosa capitulação ao egoísmo e à estupidez, acabemos nos destruindo.”

Adeus professor…

Sagan faleceu na cidade de Seattle (EUA) em 20 de dezembro de 1996, mas seu legado continua vivo através de suas contribuições para a ciência e sua ativa inspiração popular pela exploração do universo e pela compreensão do método científico.

“Em algum lugar, algo incrível está esperando para ser descoberto.”

Categories
Coluna do Astrônomo

14/10/2023: Eclipse Anular do Sol

Eclipse Solar Anular em Jaffna – 26 de dezembro de 2019 (Creditos: Rehman Abubakr)

Um Anel de Luz

Na tarde de sábado de 14 de outubro de 2023 o céu apresenta um pequeno espetáculo para milhões de pessoas. A sombra da Lua se projeta sobre a superfície da Terra. Essa sombra avança cortando as Américas de noroeste a sudeste. Este eclipse não é um eclipse total. No momento do máximo, a Lua estará um pouco mais distante de nós e, por isso, não ocultará totalmente o disco solar. Assim, em alguns lugares, a luz do Sol forma um anel ao redor da silhueta da Lua.

De onde dará pra ver o eclipse?

Animação da sombra percorrendo o globo terrestre.
Mapa da região de visibilidade do eclipse solar anular de 14 de outubro de 2023.

Em diferentes cidades, porções diversas do disco solar são ocultadas durante o eclipse. No Brasil, as ocultações variarão de 9%, em Chuí (Rio Grande do Sul), a 88%, em Araruna (Paraíba). Além disso, as etapas do fenômeno acontecerão em horários diferentes de acordo com a localização geográfica. A porção estreita de terra onde há a máxima ocultação, chamada de faixa de anularidade, atravessará o Amazonas, o Pará, o Maranhão, o Piauí, o Ceará, a Paraíba, Pernambuco e o Rio Grande do Norte.

Aspectos do eclipse máximo para cada capital do Brasil. Os tons de laranja indicam maior ocultação e a faixa vermelha onde haverá anularidade.
EstadoCapitalOcultação MáximaInícioMáximoFimTipo de Eclipse
Rio Grande do NorteNatal88.52%15:29:2916:45:4316:47:32Anular
ParaíbaJoão Pessoa88.50%15:31:0316:46:4316:48:15Anular
AmazonasManaus88.32%13:40:3415:19:2816:43:39Parcial
PiauíTeresina87.38%15:18:4916:41:2617:43:33Parcial
PernambucoRecife87.19%15:31:5716:47:1817:13:40Parcial
CearáFortaleza83.65%15:23:3416:42:4417:25:36Parcial
AlagoasMaceió82.50%15:32:4116:48:0117:17:59Parcial
TocantinsPalmas82.31%15:16:2416:41:3517:54:22Parcial
MaranhãoSão Luís79.50%15:13:3516:37:5217:47:58Parcial
SergipeAracaju78.66%15:32:3816:48:2017:24:08Parcial
RondôniaPorto Velho78.61%13:43:3415:21:2916:45:57Parcial
ParáBelém76.76%15:04:2816:32:4617:47:26Parcial
AmapáMacapá73.02%14:56:5816:27:5217:44:36Parcial
RoraimaBoa Vista71.99%13:28:0515:08:2516:34:16Parcial
BahiaSalvador71.93%15:33:0216:48:5617:31:02Parcial
AcreRio Branco70.22%12:38:3314:16:5315:42:54Parcial
Distrito FederalBrasília63.10%15:25:0415:25:0417:54:59Parcial
Mato GrossoCuiabá61.62%14:12:5215:38:4116:52:54Parcial
GoiásGoiânia59.90%15:25:1616:45:1217:54:38Parcial
Minas GeraisBelo Horizonte48.95%15:37:1316:49:3317:53:16Parcial
Espírito SantoVitória47.18%15:41:3216:50:5817:43:07Parcial
Mato Grosso do SulCampo Grande45.84%14:25:1115:43:0516:51:33Parcial
Rio de JaneiroRio de Janeiro38.81%15:43:1016:50:3417:50:39Parcial
São PauloSão Paulo37.09%15:40:5016:49:1617:50:14Parcial
ParanáCuritiba31.05%15:42:0116:48:1917:47:47Parcial
Santa CatarinaFlorianópolis24.63%15:47:3516:48:5817:44:34Parcial
Rio Grande do SulPorto Alegre17.60%15:51:3116:47:5017:39:25Parcial
Tabela com porcentagem ocultada e os horários do eclipse para todas as capitais do Brasil (Fonte: https://www.timeanddate.com/).

No Rio de Janeiro, o ápice do eclipse ocorrerá às 16h51min, quando cerca de 39% do disco solar estará encoberto. Nesse momento o Sol estará não muito acima do horizonte na direção oeste. Para observar o evento procure um local com o horizonte desimpedido na direção do por do Sol. Um lugar alto é desejável. Praias voltadas para o poente têm grandes chances de ver a maior parte do evento.

Aspecto do eclipse no seu máximo visto do Rio de Janeiro (https://www.timeanddate.com/).

Como observar de forma segura?

Observar o Sol, mesmo à vista desarmada, pode ser muito perigoso para os nossos olhos. O oftalmologista canadense CHOU (1991) afirma que menos de 30 segundos de observação direta do Sol pode ser o suficiente para haver danos permanentes na retina, inclusive casos de cegueira total. Como esses danos são indolores, facilmente podemos estar sendo prejudicados sem percebermos. O uso de dispositivos ópticos, como telescópios ou binóculos, pode causar danos visuais quase instantâneos devido à intensa concentração de raios solares que afetam a retina.

Alunos da rede pública assistindo eclipse solar por projeção com toda segurança no Museu do Universo no Planetário do Rio em 2007.

A forma mais segura de observar o Sol é por meio da projeção da sua imagem em uma superfície branca e fosca que esteja na sombra. Esse método é confortável, elimina riscos de lesões oculares e é adequado para grupos, incluindo crianças. A maneira mais simples precisa apenas de um papelão grande (do tamanho de uma embalagem de pizza grande seria o ideal), um pedaço pequeno de papel alumínio, uma agulha e uma folha de papel branco. Faça uma abertura no papelão, prenda o pedaço de alumínio com fita adesiva, faça um furo pequeno no centro com agulha. Segure o papelão de modo que a luz passe pelo furo e se projete no chão no centro da sombra. Para melhorar o contraste pode colocar ali uma folha de papel branco.

Imagem do Sol projetada numa folha de papel.

Você pode fazer o mesmo dentro de uma caixa de papelão. Este tipo de dispositivo chamamos de Câmara Escura ou PinHole.

Dica de câmara escura usando uma caixa de cereal.

Não use radiografias, óculos escuros, vidro esfumaçado, espelhos, filmes fotográficos velados ou qualquer filtro improvisado.

Os únicos filtros testados e recomendados cumprem normas internacionais. São todos importados e apresentam uma aspecto metalizado. Só use se tiver alguma referência confiável de procedência. Algumas marcas famosas são Baader e SolarScreen.

Acima filtro SolarScreen. Abaixo dois filtros de soldador nº 14… Eclipse de 2007.

O Filtro de Soldador nº 14 é um opção barata e segura mas não tão fácil de encontrar. Geralmente, nas lojas de ferragem mais simples você só encontra números menores que não são seguros. O filtro nº 14 apresenta uma cor negra quando manuseado e verde ao ver através dele. Se vir algo além do Sol ou uma lâmpada muito brilhante não use para ver o Sol (deve estar com defeito). Estes produtos devem vir estampados no número no vidro ou na embalagem e precisa obedecer critérios do INMETRO.

Usando filtro nº 14 pra ocultar o Sol.

O uso de telescópios exige ainda mais cuidado. Alguns trazem filtros escuros para adaptar na ocular: não são seguros, costumam rachar com o calor. A maneira mais segura é projetar a imagem sobre uma folha branca de papel dentro de uma caixa de papelão.

Projetando a imagem do Sol com uma luneta. (Planetário de Londrina, 2007)
Projetando a imagem do Sol com uma luneta em uma caixa com papel branco. – 16/7/2023 , Quinta da Boa Vista, “Domingo com Ciência (SBPC).
A esquerda um telescópio com fitro Baader e na direita a luneta projetando na caixa. 16/7/2023 , Quinta da Boa Vista, “Domingo com Ciência (SBPC).

Procure sempre orientação de quem entende: busque informação em planetários, observatórios e museus de ciências.

Próximos eclipses anulares

Eclipses solares acontecem anualmente, mas sua área de visibilidade é restrita.

Próximos eclipses solares anulares visíveis no país serão:

  • 2 de outubro de 2024, ocorrerá um eclipse solar anular parcialmente visível no Brasil nas regiões do sudeste (uns 9% no Rio de Janeiro) e sul (uns 31% no Rio Grande do Sul).
  • 6 de fevereiro de 2027: a faixa de anularidade passa no mar perto da costa do estado Rio de Janeiro e só toca o território brasileiro no extremo sul do Rio Grande do Sul.
  • 26 de janeiro de 2028: anular no norte do país: Amazonas, Pará e Amapá e parcial no restante do país.
  • 12 de setembro de 2034 (anular no Rio Grande do Sul e parcial nos restante do país).
  • 27 de fevereiro de 2082 (Anular no norte, parcial no resto do país) .

Referências:

https://eclipse.aas.org/eye-safety

https://eclipse.gsfc.nasa.gov/

https://www.timeanddate.com/eclipse/

Categories
Coluna do Astrônomo

Gigantes da Astronomia

por Naelton Mendes de Araujo

“Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes.”

O físico Isaac Newton (1643-1727) escreveu esta frase em uma carta a Robert Hooke (1635-1703), em  5 de fevereiro de 1676. Newton pode ser considerado o maior de todos os cientistas da era moderna. Apesar disso, a frase sugere que a ciência é uma construção coletiva. Descobertas científicas não são obras de um gênio solitário. Cada geração de cientistas se apoia no trabalho de seus predecessores.

Certamente entre os “gigantes” a que Newton se referia, dois tinham lugar de destaque: Copérnico e Galileu. Ambos nasceram em fevereiro.

Galileo Galilei (1564-1642)

Galileo Galilei, o Mensageiro Celeste.

Galileu Galilei nasceu em 15 de fevereiro de 1564 (Pisa, Itália), e foi o cientista, matemático e filósofo italiano considerado o pai da Astronomia moderna e um dos mais importantes cientistas da história. Devemos a ele os primeiros desenvolvimentos do método científico.

Capa do livro “Mensageiro Sideral”

“Mede o que é mensurável e torna mensurável o que não o é.”

Sua maior contribuição para a Astronomia foi o uso do telescópio para observar o céu. Em 1609, Galileu construiu seu próprio telescópio e fez várias descobertas que revolucionaram a visão do Universo da época.

Entre essas descobertas de Galileu destacamos: a observação de quatro luas de Júpiter, crateras na Lua, anéis em volta de Saturno, fases de Vênus, manchas solares e a constituição estelar da Via Láctea. Tudo isso foi registrado no famoso livro: “Sidereus Nuncius” (Mensageiro Sideral), publicado em Março de 1610 na cidade de Veneza.

Essas observações deram sólidas bases à ideia de que o Universo não gira ao redor da Terra. A teoria heliocêntrica já existia anos antes. Um dos seus melhores pensadores foi outro gigante: Copérnico.

Copérnico, colocando a Terra no seu devido lugar

Nicolau Copérnico (1473-1543)

Nicolau Copérnico foi um astrônomo polonês nascido em 19 de setembro de 1473. Este ano comemoramos seus 550 anos. A obra mais famosa de Copérnico é “De Revolutionibus Orbium Coelestium” (Sobre as Revoluções das Órbitas Celestiais), publicada em 1543. Este livro foi o primeiro a apresentar uma teoria sistemática e bem fundamentada sobre a estrutura do Universo: a teoria heliocêntrica.

Os sistemas que descreviam os movimentos planetários anteriores a Copérnico usava complicados ciclos para manter o centro do movimento na Terra. Estes recursos geométricos intrincados (chamados de epiciclos) eram baseados na ideia do astrônomo egípcio do primeiro século da era cristã: Ptolomeu.

Capa do “Sobre as Revoluções das Órbitas Celestiais”

“Não estou tão encantado com minhas próprias opiniões para ignorar o que os outros possam pensar delas.”

Por outro lado, o modelo copernicano, ao deslocar o centro do sistema solar da Terra para o Sol, levou à compreensão do movimento dos planetas tornando mais fácil o seu cálculo. Mais tarde, Galileu fez descobertas reveladoras sobre a natureza dos planetas. Outro gigante contemporâneo de Galileu foi o alemão Joahnnes Kepler (1571-1630), que conseguiu matematizar o cálculo das órbitas dos planetas. As leis do movimento de Kepler auxiliaram, mais tarde, Newton lançar a base da gravitação e assim ver mais longe.

Categories
Coluna do Astrônomo Conteúdo científico Entretenimento

Leia Júlio Verne

Jules Gabriel Verne foi um dos mais famosos escritores franceses. Este autor é considerado apropriadamente um dos pais da ficção científica e da literatura de viagem. Ele nasceu há 195 anos em Nantes no dia 8 de fevereiro de 1828. Estudou direito em Paris, mas abandonou a carreira jurídica para se dedicar à escrita, onde foi muito bem sucedido. Ainda bem, ganhamos mais com um Verne escritor do que advogado.

Verne escreveu 54 romances, incluindo “Viagem ao Centro da Terra” (1864), “Vinte Mil Léguas Submarinas” (1870), e “Da Terra à Lua” (1865), que são considerados clássicos da literatura. Essas obras foram notáveis por serem baseadas em conceitos científicos e tecnológicos avançados para a época, e por explorarem questões imaginativas sobre viagens no espaço, no mar e no interior da Terra.


Além disso, Verne escreveu histórias acessíveis e emocionantes para o público geral. Suas histórias se tornaram extremamente populares e influentes em todo o mundo. A obra verniana inclui mais de 100 livros e foi traduzida para 148 línguas.


Verne morreu de diabetes aos 77 em Amiens (França) no dia 24 de março de 1905. Seu túmulo no cemitério da Madeleine é muito pitoresco: uma representação do autor quebrando a lápide com a face e o braço estendidos para o céu. O seu último livro publicado foi “O Senhor do Mundo”, no ano de 1904.

Em resumo, Júlio Verne, sempre será leitura recomendada. Se você ama o espaço não pode deixar de ler “Da Terra à Lua” (1865) e “À volta da Lua” (1869). Estas foram as primeiras histórias sobre uma viagem a Lua usando tecnologia e não magia.

A Astronomia em Júlio Verne

“Todos nós somos, de uma maneira ou de outra, filhos de Júlio Verne”

Verne e Wells: Visões de Futuro

TRÊS VISÕES VERNIANAS

Categories
Coluna do Astrônomo Conteúdo científico

20 anos do acidente do Columbia

Naelton Mendes de Araujo

Em 1º de fevereiro de 2003, ocorreu o acidente do ônibus espacial Columbia. O veículo se desintegrou sobre o Texas e a Louisiana durante a descida, matando todos os sete tripulantes a bordo. 

O acidente foi causado por uma peça de isolamento de espuma que se desprendeu do tanque de combustível externo durante o lançamento. A espuma atingiu a borda de ataque de uma das asas do veículo, danificando o sistema de proteção térmica. Isso permitiu que gases quentes penetrassem como se fosse um maçarico, destruindo a estrutura desprotegida. Isto ocorreu exatamente durante um dos momentos mais crítico da missão: a reentrada.

A investigação sobre o acidente revelou que a NASA estava ciente dos perigos potenciais da queda do isolamento de espuma durante os lançamentos, mas não tomou medidas suficientes para resolver o problema.

Dezessete anos antes outro acidente grave com um ônibus espacial já havia ocorrido. O Challenger explodiu em apenas 73 segundos de voo, matando toda a tripulação. O desastre foi causado por uma falha no isolamento em um dos propulsores sólidos devido à baixa temperatura durante a véspera do lançamento. A  desintegração do Challenger foi vista ao vivo na televisão. Foram dois anos e meio de interrupção do programa dos ônibus espaciais. A investigação sobre o acidente da Challenger também indicou falta de cuidado da NASA.

O desastre do Columbia foi um grande revés para a NASA e levou a mudanças no projeto e nos procedimentos dos ônibus espaciais para garantir a segurança de futuras missões. Uma das mudanças foi a necessidade de exame visual das placas de blindagem térmica em órbita antes de qualquer reentrada. 

Em 2011 o programa dos ônibus espaciais foi interrompido definitivamente.

Categories
Coluna do Astrônomo

Curso Introdução à Astronáutica 2022

Você sabe o que se comemora no dia 04 de outubro? Olá, você gosta de falar sobre coisas do espaço? Sabe por que o Homem não voltou à Lua? Qual a diferença entre cosmonauta e astronauta? Como um satélite se mantém em órbita?

Entre 03 a 06 de outubro de 2022 o Planetário do Rio de Janeiro estará oferecendo o Curso Introdução à Astronáutica. O horário é de 19h às 20h30min no Planetário da Gávea.

Conteúdo do curso

O curso será dividido em 4 capítulos:

  1. Fundamentos de Mecânica Celeste – revemos os conceitos básicos de Mecânica do nível médio: posição, velocidade, aceleração, órbita e gravitação;
  2. Foguetes – sua origem, desenvolvimento e funcionamento;
  3. Satélites e Sondas – órbitas, funcionamento e aplicações.
  4. Voos Tripulados – cápsulas, trajes espaciais e naves.

Informações

Investimento: R$120,00. Material didático será disponibilizado. Certificado (frequência mínima de três dias). Idade mínima: 14 anos.

Professor Naelton Mendes de Araujo – Graduado em Astronomia, Mestre em Educação e Divulgação Científica. Trabalhou 10 anos com controle orbital de satélites geoestacionários.

Inscrições deve ser feitas em https://doity.com.br/astronautica

Categories
Coluna do Astrônomo Conteúdo científico Eventos

Apollo 11 pousa na Lua

Por Naelton Mendes de Araujo – Astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro

O começo de tudo: Programa Apollo

Apollo 11 pousa na Lua
Esquerda: Patch da missão Apollo 11 e foguete Saturno V no lançamento. Centro Módulo Lunar. Direita: Patch do programa Apollo e a tripulação da Apollo 11 – da esquerda para a direita: Armstrong, Collins e Aldrin.

O primeiro homem na Lua foi resultado da corrida espacial entre EUA e URSS. A história do programa Apollo está associada ao desenvolvimento do poderoso foguete Saturno V, o maior foguete já construído pelo homem. O primeiro voo deste veículo espacial foi em novembro de 1967 na chamada missão Apollo 4, não tripulada. Em outubro de 1968 uma variante menor do foguete, o Saturno 1B, levou a primeira tripulação do programa Apollo de número 7 para um voo ao redor da Terra. Nesta missão foi testado o módulo de comando. Dois meses depois aconteceu o primeiro voo tripulado usando o Saturno V: a missão Apollo 8. Nesta missão os astronautas Frank Borman, Jim Lovell e William Anders, circundaram a Lua. Este feito foi inédito marcando claramente uma dianteira norte-americana na disputa espacial.

Várias versões do Saturno V para cada missão

A Apollo 9 em março de 1969 realizou o primeiro teste do módulo lunar ao redor da Terra. Em maio de 1969 foi realizado o primeiro teste ao redor da Lua com o módulo lunar. A cada missão se avançava um pouco mais na direção do alvo: pousar um astronauta na superfície lunar.

20 de julho: “a Águia pousou

Acima: Estágios do Saturno V – Abaixo à esquerda: Módulos de Serviço, Comando e Lunar em configuração de cruzeiro. Abaixo à direita: Patch da missão Apollo 11, com a água (símbolo norte-americano) pousando na superfície lunar – lembrando que o módulo lunar chamava-se Eagle.

A Apollo 11 partiu de Cabo Canaveral em 16 de julho de 1969 com três astronautas: Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin. Os dois primeiros pisaram na Lua em 20 de julho, enquanto Collins circundava nosso satélite. No programa Apollo as naves eram construídas em módulos que eram descartados à medida que iam sendo usados. O módulo de comando chamava-se Colúmbia e o módulo lunar Eagle. Do conjunto de 111 metros no lançamento, somente o Columbia, de formato cônico, voltou à Terra.

Apollo 11
Módulo Columbia – Museu Nacional do Ar e Espaço (EUA).

Até hoje o módulo de descida da Eagle se encontra no mar da Tranquilidade. Os demais módulos da missão ou se queimaram na atmosfera, ou se encontram em órbita solar. O módulo Columbia se encontra em exposição no Museu Nacional do Ar e Espaço. Foram oito dias para ir e voltar durante esta missão memorável.

Depois da Apollo 11

Apollo 11 carro lunar
Esquerda: Patch da Apollo 15 que levou o primeiro jipe lunar. Direita: Módulo danificado da Apollo 13 e seu Patch.

Foram seis missões à Lua depois do sucesso estrondoso da Apollo 11. A cada missão algo era introduzido e aumentava o tempo de permanência na superfície lunar. Um destaque especial para a missão Apollo 13, de abril de 1970, que não chegou a atingir a Lua. Houve uma explosão no módulo de serviço que por pouco não causou uma tragédia. A saga desta missão é descrita no filme Apollo 13.

A primeira missão a usar o jipe lunar foi a de número 15 em julho de 1971. O programa lunar encerrou suas viagens em dezembro de 1972 com a missão Apollo 17. Desde então nenhum astronauta jamais pisou em outro astro.

O que nos reserva o futuro?

Apollo 11
SLS na torre de lançamento para teste não tripulado e o logo do programa Artemis.

A agência espacial norte-americana, a Nasa, já tem um projeto em andamento chamado Artemis. Este era o nome da deusa da caça e irmã de Apollo. Este projeto pretende levar a primeira mulher à Lua na próxima década. Para isso a Nasa tem desenvolvido um novo foguete lançador: Space Launch System (SLS). Este veículo lançador virá a fazer o papel que o Saturno V fez na década de 60. Há muita semelhança entre este novo foguete e o sistema dos antigos Space Shuttles. Muita tecnologia foi aproveitada, desde o tanque laranja e os boosters de combustível sólido. Vários países agora participam da exploração do nosso satélite: China, Japão, Índia, além dos EUA, Rússia e Comunidade Europeia.

Leia também

Categories
Coluna do Astrônomo Conteúdo científico

James Webb, vendo mais longe e melhor

Naelton Mendes de Araujo

Demorou mas chegou…

Esq.: JW dobrado na coifa do foguete. Acima: Logo da missão. Ao fundo: lançamento do JW. DIr: Espelho do JW durante a montagem.

O mais esperado telescópio espacial, o James Webb (JW), é considerado o sucessor do Hubble Space Telescope (HST). Seu projeto começou em 1996 mas seu lançamento só ocorreu em dezembro de 2021. O lançamento correu bem, mas a equipe só relaxou após um período de mais de 15 dias, depois de complicadas manobras. Estas manobras levaram o veículo espacial até quase um milhão e meio de distância da Terra. O veículo foi todo dobrado dentro da coifa do foguete como se fosse um origami que se abriu no espaço. Este processo incluiu o desdobramento de painéis solares, para-sois e o próprio espelho do telescópio composto de várias células hexagonais.

Esq.: Aspecto do JW depois de desdobrado. Dir.: Comparação dos espelhos do HST com o JW.

Que comecem os trabalhos…

Na última terça feita (12 de julho de 2022) em uma conferência de imprensa global foram anunciadas as primeiras imagens que se mostraram mais nítidas do que qualquer outra já feita. Uma comparação do JW e o HST é um tanto forçada. O JW “enxerga” no infravermelho e HST cobre uma faixa mais ampla do espectro eletromagnético centrada no visível. Além disso o espelho do JW é quase o triplo do espelho do HST. Quanto maior espelho mais luz é captada e mais nitida é a imagem.

Infravermelho?

O infravermelho nos permite ver melhor através da poeira e o gás que envolve vários astros. Outra vantagem: devido ao desvio para o vermelho (efeito Doppler) objetos mais distantes tem sua cor deslocada para o infravermelho. Assim o JW pode ver mais longe e com melhor definição vários objetos de interesse: galáxias distantes, o centro da nossa galáxia e estrelas imersas em nebulosas.

Primeiras imagens

Os objetos escolhidos para inaugurar os trabalhos do JW representam o que há de mais interessante na astrofísica moderna. As imagens obtidas são coloridas artificialmente. As cores são obrigatóriamente falsas pois nossos olhos não enxergam no infravermelho. Assim foi preciso fazer uma adaptação da imagem ao que seria compreensível em uma foto no visível.

james webb
Esq.: SMACS 0723. Dir.: Quinteto de Stephan.

Grupo de galáxia SMACS 0723 – Esta foi a primeira imagem obtida pelo JW onde se pode ver diversas galáxias e imagens distorcidas por lentes gravitacionais. A resolução da imagem é surpreendente para objetos muito distantes: mais de 5 bilhões de anos-luz.

Quinteto de Stephan – Um grupo compacto de quatro galaxias, distantes de nós mais de 200 milhões de anos-luz. Uma quinta galaxia aparece no campo, esta está mais perto de nós (39 milhões de anos-luz) e sua proximidade ao quarteto é só aparente: uma coincidência de alinhamento. As fotos anteriores deste grupo foram realizada por outro telescópio infravermelho o Spitzer fora de ação desde janeiro de 2020.

james webb
Nebulosa Carina

Nebulosa Carina – É uma das maiores nebulosas da Via Láctea. Esta complexa e extensa nebulosa abriga diversos aglomerados de estrelas e umas das estrelas mais luminosas da nossa galáxia: Eta Carinae. Se encontra a mais de 6000 anos-luz de distância.

Esq.: Nebulosa do Anel Sul vista pelo JW. Dir.: mesmo objeto visto pelo Spitzer.

Nebulosa Anel do Sul – A aproximadamente 2000 anos-luz da Terra este tipo de nuvem de gás envolve estrelas mais antigas e chamamos de nebulosa planetária. Provavelmente o final da vida do nosso Sol será criar uma nebulosa deste tipo daqui a 5 bilhões de anos.

Nem só imagens …

james webb
Espectro da atmosfera de WASP-96 b

Espectro do Exoplaneta WASP-96 b – A maior parte dos dados realmente relevantes do ponto de vista científico nem sempre são imagens. Aqui vemos um espectro de um planeta gigante (pouco menor que metade do tamanho de Jupiter) a 1120 anos-luz da Terra. O espectro indica a presença de água na atmosfera do planeta. Apesar disso a atmosfera deste exoplaneta não se parece nada com a nossa. WASP-96 b se encontra muito perto da estrela principal e por isso é extremamente quente.

Vamos aguardar os dados que virão e que certamente vão redefinir nossa visão do cosmos.

Leia também

Categories
Coluna do Astrônomo

Dia do Asteroide

Por Naelton Mendes de Araujo – Astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro

Tunguska, 30 de junho de 1908

Por volta das 7h14min do dia 30 de junho de 1908, horário local, um clarão iluminou o céu. O lugar era uma região remota da Sibéria (Rússia, naquele tempo URSS) chamada Tunguska. Um objeto celeste explodiu sobre o arvoredo. O impacto foi sentido a grandes distâncias. Vários sismógrafos situados a milhares de quilômetros registraram os tremores decorrentes. Dizem que o som dessa explosão foi ouvido em lugares tão distantes quanto na Escócia e na China! Somente duas décadas depois do evento uma expedição científica foi até o local. A expedição encontrou 2000 metros quadrados de árvores caídas. Passou-se a chamar o acontecimento de “Evento de Tunguska”, considerado o maior evento de impacto na Terra registrado na história.

Árvores caídas resultado do impacto de um asteroide em Tunguska (Sibéria, 1908)

O que colidiu alí? Um cometa ou um pequeno asteroide? Ainda há alguma dúvida mas o fato nos mostra claramente que a possibilidade de um impacto celeste não é desprezível.

Em 2013 um meteorito explodiu sobre a cidade de Cheliabinsk (também na Rússia); só com o estrondo sônico feriu 1200 pessoas. Isso prova que a necessidade de conhecer estes corpos e suas trajetórias não é algo puramente acadêmico.

De onde vem os Asteroides?

Apesar de totalizar uma pequena massa, são os corpos mais abundantes em nosso sistema planetário. Rochedos espaciais como estes descrevem órbitas diversas ao redor do Sol, porém a maior parte deles se encontra entre as órbitas de Marte e Júpiter. Chamamos esta região de Cinturão Principal de Asteroides. Entretanto existem os objetos que passam mais perto da Terra, chamados NEOs (Near Earth Objects) que podem oferecer algum risco de impacto. Só recentemente tivemos sondas visitando estes astros; tirando fotos, pousando e até coletando amostras.

Esquerda: Diagrama em escala mostrando o Cinturão Principal. Direita: Asteroide Ceres fotografado pela sonda Dawn

Asteroid Day

A data do evento Tunguska foi escolhida para chamar a atenção para os corpos menores do sistema solar. O Asteroid Day foi lançado em 2014 inspirado pela explosão do meteorito de Chelyabinsk em 2013. Seu grupo idealizador inclui um astronauta, um cineasta e até um rock star, Dr Brian May, que além de astrofísico, também foi guitarrista do grupo Queen. Trata-se de uma campanha de conscientização global. O principal objetivo é aumentar o conhecimento popular sobre os asteroides, seus efeitos na Terra e o que pode ser feito para proteger a Terra de impactos futuros. De acordo com o site Asteroid Day.org, nos primeiros cinco anos, mais de 2.000 eventos participaram de atividades globais em 30 de junho. Vários museus, centros de ciência e planetários em 78 países comemoram esta data todos os anos.

Em resumo, não é apenas um dia para celebrar os asteroides, mas também um dia para aprender sobre eles. É um lembrete de quão pouco sabemos sobre esses objetos no espaço. É hora de refletir sobre os riscos que os asteroides e cometas representam para o nosso planeta e tomar medidas de proteção.

Dr. Brian May e Grigorij Richters: criadores do Dia do Asteroide.

“Asteroides são o único desastre natural que nós sabemos como prevenir. Proteger nosso planeta, nossas famílias e comunidades são o objetivo do Dia do Asteroide… Asteroides nos ensinam sobre as origens da vida, mas também podem afetar o futuro de nossa espécie e vida na Terra”
Grigorij Richters, um dos idealizadores do Asteroid Day