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Coluna do Astrônomo

Nebulosa da Tarântula: estrelas em abundância

A notícia que nos chega agora é que o telescópio espacial Hubble e o MPG (do Observatório Europeu do Sul – ESO) estão observando estrelas em detalhes, na galáxia vizinha à nossa, a Grande Nuvem de Magalhães. A região é conhecida como 30 Doradus, ou nebulosa da Tarântula. Essa nebulosa é uma das mais ativas em formação de estrelas nas nossas vizinhanças (ela está a apenas 170.000 anos-luz). Seu tamanho é de mais de 650 anos-luz de extensão.

A vantagem de estar próxima a nós é que permite que nossos telescópios consigam ver as estrelas individualmente nesta região, algo muito difícil em galáxias distantes. No início da formação de uma estrela, esta fica envolvida por uma grande quantidade de poeira, impedindo que a vejamos com telescópios óticos. É necessário lançar mão de telescópios que observam no infravermelho para enxergar detalhes. Mas, com o passar do tempo, este material é expulso pela estrela recém-formada e ela começa a brilhar, se mostrando para nossos olhos.

Os telescópios estão conseguindo observar algumas características impressionantes das estrelas desta região e estão compreendendo melhor suas evoluções. Nesta investigação eles detectaram uma estrela com a mais rápida rotação já vista, outra que possui a maior velocidade já registrada e algumas das estrelas com as maiores massas conhecidas.

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Cassini sobrevoa o polo sul de Encélado

A sonda Cassini lançada em outubro de 1997, e em órbita de Saturno e seus satélites desde então, fez um vôo a apenas 74 quilômetros do polo sul de Encélado na última segunda, dia 26 de março.

Na ocasião ela registrou gêiseres de água gelada (descobertos já há cinco anos), um ambiente propício para abrigar micro-organismos. Quase uma centena de gêiseres foram detectados emitindo vapor de água, partículas de gelo, e componentes orgânicos. O material ejetado através de fendas na superfície gelada de Encélado pode indicar a presença de um mar subterrâneo, como no satélite Europa, de Júpiter.

Ao que tudo indica, pode existir em Encélado um ecossistema semelhante aos existentes nas profundezas dos oceanos de nosso planeta, que independem da luz solar.

Mais informações: http://saturn.jpl.nasa.gov/news/cassinifeatures

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Perigo no espaço

 

Andar de avião é a maneira mais segura que o homem já inventou para viajar. Assim dizem as estatísticas. Mas o homem sempre quis ir mais longe e, em um futuro próximo, poderemos nos lançar cada vez mais alto, em voos orbitais e, quem sabe, pelos planetas.

Mas, antes de nos aventurarmos pelo espaço, temos que ficar atentos a um sério problema: o lixo espacial. O primeiro satélite artificial foi lançado em 1957, o Sputnik, uma pequena esfera metálica que enviava aos soviéticos um sinal mostrando a sua posição, para desespero dos norte-americanos. A partir daí, milhares de missões espaciais foram executadas e diversos artefatos foram colocados em órbita da Terra e se aventuraram pelo Sistema Solar.

Hoje existem muitos restos de naves espaciais e de satélites, além de satélites desativados: o que chamamos de lixo espacial. São milhares de objetos viajando a grandes velocidades e muitos são monitorados aqui da Terra. Porém, calcula-se que outros milhares de pequenos pedaços não são detectados e podem causar estragos na Estação Espacial Internacional – ISS – e em outros satélites.

O perigo está à solta. E neste fim de semana os astronautas da ISS foram alertados para o perigo de uma colisão com um pedaço de um satélite russo. Como é de praxe, os seis astronautas fizeram os procedimentos de segurança e se acomodaram na nave de escape. Por sorte o lixo passou a 23 quilômetros da estação espacial. Em termos astronômicos foi de raspão. Neste mesmo ano outro pedaço passou a apenas 335 metros. Ufa!

Não foi a primeira vez que isso ocorreu e nem será a última. É necessário que se pense, com urgência, uma solução para o lixo espacial para que acidentes não ocorram e ponham em risco a vida de pessoas e a perda de bilhões em investimentos. Mas será que conseguiremos? Não conseguimos dar conta do lixo que produzimos em casa. No espaço é ainda mais complicado.

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Água – fonte de vida aqui e lá fora

 

“O Dia Mundial da Água é realizado todos os anos em 22 de março como um meio de focar a atenção sobre a importância da água doce e defender a gestão sustentável dos recursos de água doce.”

Este texto, divulgado na página da UNESCO, mostra a preocupação humana com a qualidade e quantidade de água disponível para a nossa sobrevivência. Uma questão de importância indiscutível, pois somente uma pequena fração da água existente em nosso planeta é aproveitada para o consumo.

E se o assunto é água, a Astronomia também está envolvida. A vida como conhecemos é dependente da água. A busca de vida fora da Terra, um anseio antigo do homem, passa pela descoberta de mundos onde a água seja abundante, como aqui. Até o momento estamos engatinhando nesse longo caminho. Poucos são os planetas descobertos, dentre os mais de 700 já observados, que possuem as condições favoráveis.

Além dessa questão “filosófica”, procuramos água em nosso sistema planetário. É importante saber se a água está disponível em algum planeta, como em Marte, por exemplo. Isso permitiria ao homem colonizar aquele planeta se, algum dia, faltar água na Terra.

Estamos falando de uma possibilidade. Não precisamos chegar a esse ponto. Mas se o homem não tomar consciência da importância em preservar a água, seremos forçados a buscá-la em outros lugares. Faça a sua parte!

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Mais uma tentativa do SETI

Voltamos a falar sobre o projeto de busca de sinais extraterrestres, SETI. Há pouco escrevemos sobre a volta deste projeto, que opera desde 1985, interrompido por questões financeiras. Boa notícia!

Há muito tempo o SETI pedia a ajuda dos internautas para utilizar o tempo ocioso de suas máquinas para processar os dados das observações de várias estrelas, e seus planetas, acumulados em anos de trabalho. Seu computador processava os dados e os enviava para o instituto.

Agora que o projeto foi retomado, pelo menos parcialmente, ele veio com uma novidade. Segundo o site (http://setilive.org/) um programa pode ser baixado em seu computador e ele permitirá visualizar os sinais de frequência de rádio ao vivo da rede de radiotelescópios. Neste momento estão concentrados nas observações feitas pelo telescópio espacial Kepler, um dos que obteve maior êxito na busca de planetas extrassolares até o momento.

Através de informações do programa o internauta pode analisar se a fonte é de algum sinal de vida de outro planeta. É claro que suas suspeitas serão verificadas pelos profissionais do SETI, apontando os telescópios para aquela região e fazendo uma nova observação.

Ainda não sei se é necessário algum conhecimento em Astronomia, mas acredito que não. Geralmente esse tipo de pedido de ajuda é para passar um pente fino, ver se algo passou despercebido pelos profissionais, algo diferente que alguns olhos mais aguçados percebam. Pode ser também uma primeira análise dos dados, pois, como são muitas informações, demandariam um tempo enorme para serem verificados.

Se você gosta de colaborar com a ciência, essa é uma grande chance!

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A preservação do céu da cultura indígena

Hoje em dia é difícil, pelo menos para os habitantes de grandes cidades onde há luz em abundância, conseguir ver um céu estrelado. Vemos poucas estrelas e o céu fica por demasiado claro.

Para os povos antigos, porém, as noites sempre foram repletas de estrelas aguçando a sua imaginação. Várias culturas criaram suas próprias constelações: os chineses, os gregos e os romanos, por exemplo. Os índios que viviam e ainda vivem no Brasil não ficaram de fora.

Como é de costume em todas as culturas, as constelações, na grande maioria, foram criadas com a finalidade de se saber como o clima influencia as suas vidas. Eles podiam saber a época da seca e da chuva apenas olhando para o céu à noite. Alguns povos indígenas ainda utilizam essa técnica.

Hoje a herança deixada pelos gregos e romanos é bastante forte e domina no mundo astronômico ocidental. Mas é necessário que se preserve a cultura de um povo.  Trabalhos como o desenvolvido no link acima devem ser louvados e incentivados para não perdermos mais uma herança cultural.

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Invenções para o espaço, e para a Terra também

Você já pensou em escrever com uma caneta deitado em sua cama ou até mesmo debaixo d’água? Difícil, não? Talvez você ainda não tenha se encontrado numa situação desta natureza. Mas saiba que isso é possível. E faz tempo…

Mas porque estou me referindo a uma coisa tão incomum? É para falar sobre os benefícios em nosso dia-a-dia que a exploração espacial vem nos proporcionando. E olha que mesmo antes de nascermos já temos a ajuda dos programas espaciais.

Os benefícios são muitos. Desde programas e aparelhos de ultrassom e de ressonância magnética, fraldas descartáveis, alarmes de incêndio, aparelhos e ferramentas domésticas sem fio, pasta de dente, joysticks, plásticos especiais para embalagem de comida e bebida, baterias de longa duração etc.

Os astronautas fazem experiências com alimentos usando apenas a água para o seu crescimento (hidroponia). Isso permite analisar os nutrientes das plantas em tais condições. Eles pesquisam o comportamento do corpo humano sobre condições adversas, como a microgravidade. Esse monitoramento permite desenvolver técnicas para, por exemplo, cuidar de pessoas com graves lesões. As tecnologias utilizadas na obtenção de imagens espaciais, com grande resolução, permitiu o aprimoramento dos exames médicos.

A NASA – Agência Espacial Norte-Americana – lança todos os anos uma publicação com os seus experimentos e as tecnologias que acabam sendo utilizadas para o nosso benefício.

Mas, e a caneta que escreve em condições extremas? Bem, eu fui presenteado com uma e a guardo com muito carinho. Quem sabe algum dia eu ainda venho a utilizá-la? O fabricante garante que sua tinta não seca por um período de 100 anos.

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Uma ‘Terra’ promissora

Mais uma notícia da descoberta de um planeta extrassolar foi anunciada. E o que isso tem de novidade, já que a conta atinge mais de 750 novos objetos deste tipo?

O planeta, conhecido como GJ 667Cc, se tornou um dos mais promissores ambientes para abrigar vida. Se formos vasculhar notícias antigas, veremos que isso também não é novidade. Vários planetas descobertos recentemente também foram alardeados como grandes candidatos.

O planeta tem 4,5 vezes a massa da Terra e está a cerca de 18 milhões de quilômetros da estrela. A estrela, por sua vez, é menor e menos brilhante que o Sol. Grande parte de sua energia é liberada na forma do infravermelho, que é bem absorvido pelo planeta, aquecendo-o. Por este motivo, o planeta deve ter uma temperatura amena e pode ter água em estado líquido em sua superfície e, quem sabe, abrigar vida.

Mas vamos à novidade que esta descoberta nos revelou. A teoria de formação de planetas, principalmente os rochosos, nos indica que eles são formados graças a uma abundância significativa de metais pesados (além do hidrogênio e do hélio). Assim foi no nosso sistema planetário. Mas o sistema planetário em questão é pobre em metais (outro planeta, mais próximo da estrela, já havia sido descoberto em 2009). Isso abre um leque de possibilidades para a formação de planetas rochosos.

A Astronomia é fascinante por isso. Sempre há novidades e, delas, novas questões se apresentam. Por isso não há tempo a perder e vamos sempre em frente!

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Tempestade magnética atinge a Terra

 

É de conhecimento, pelo menos dos astrônomos, de que o Sol está no “auge” de sua vida. Não é uma estrela nova nem entrou na “terceira idade”. Esta fase é marcada por um longo período de “calmaria”. (Você pode ter estranhado tantas aspas no texto, mas eu já explico).

As estrelas quando nascem – isso ocorre quando elas começam a realizar fusão nuclear, transformando hidrogênio em hélio – liberam grande quantidade de energia e matéria, varrendo o seu entorno. Esse período inicial é bastante turbulento.

Enquanto a estrela estiver fundindo hidrogênio em hélio, ela permanecerá numa fase mais tranquila, sem muitas alterações. Esse período dura cerca de 90% do tempo de existência de uma estrela. É o seu auge!

É nessa fase que o Sol está. Mas daqui a cinco bilhões de anos, aproximadamente, ele se tornará uma estrela de “terceira idade”, sofrendo grandes mudanças em tamanho, brilho e produção de energia. Ela se tornará uma gigante vermelha e, novamente, varrerá sua vizinhança. A estrela caminha para a sua morte.

Mas, mesmo no período de calmaria, a estrela apresenta alguns momentos intempestivos. O Sol passa por períodos de máxima e mínima atividade, num ciclo de 11 anos. E, durante as máximas atividades, ele lança para o espaço muitas partículas carregadas que podem interferir na Terra, principalmente na alta atmosfera.

Neste fim de semana o Sol resolveu dar uma mostra de sua força. Uma grande ejeção solar – categoria 3 numa escala que vai até 5 –, uma das maiores dos últimos cinco ou seis anos, chega aqui na Terra hoje, a uma velocidade de mais de 6 milhões de quilômetros por hora!

Num evento desta natureza podem ocorrer auroras (boreais e austrais) mais intensas, falhas na comunicação por meio de satélites e, até mesmo, interferências nas redes de energia. Aviões, principalmente aqueles que fazem a rota próxima ao polo norte, devem ter suas direções alteradas. Os astronautas da ISS (a Estação Espacial Internacional) precisam se prevenir para não receberem uma radiação maior do que o suportado, já que estão desprotegidos da camada atmosférica.

Você pode saber mais sobre as tempestades solares e ver mais imagens nos seguintes endereços:


http://sohowww.estec.esa.nl/pickoftheweek/

http://www.nasa.gov/mission_pages/sunearth/news/News012312-M8.7.html
http://spaceweather.com/

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Lovejoy: o cometa do ano de 2011

 

Os cometas trazem as informações sobre a origem do Sistema Solar. Daí o interesse dos astrônomos sobre estes misteriosos objetos que nos visitam em grandes intervalos de tempo. Hoje existem diversos projetos para arrancar pedaços destes corpos celestes para estudos. Algumas sondas já pousaram e até se chocaram com alguns deles. A mais nova sugestão é lançar uma espécie de arpão de uma sonda e se apropriar de um pedaço de nossa origem.

O mais famoso dos cometas talvez seja o cometa Halley, que teve sua grande aproximação em 1910, quando sua cauda cruzou a órbita da Terra, deixando um rastro de poeira. Essa poeira entra em nossa atmosfera todos os anos, em outubro, e podemos contemplar o espetáculo da chuva de meteoros Orionideas. O Halley voltará a nos visitar em 2062.

Mas não precisamos nos desanimar com a longa espera! De vez em quando um cometa nos surpreende e provoca um espetáculo grandioso. É o caso do cometa Lovejoy (C/2011 W3). Ele começou a ser visto no final de 2011 e, após dar uma rasante no Sol – passou a apenas 140 mil quilômetros dele – sobreviveu ao poder de destruição do astro-rei. Ainda pode ser observado com um bom binóculo próximo ao amanhecer. Se você quiser observá-lo e o tempo ajudar, procure-o na direção do nascer do Sol em um local com pouca ou nenhuma luminosidade e livre de obstáculos, como montanhas ou prédios.

Mas se apressem, pois é só até esta semana. Enquanto ele se afasta do Sol seu brilho diminui e a cauda se desfaz. O Lovejoy só retornará daqui a 314 anos! Mas, certamente, outros cometas nos visitarão e belos espetáculos ainda nos aguardam.

Boas observações e feliz 2012!