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Coluna do Astrônomo

Ocultação de Saturno pela Lua

 

Amanhã, dia 20 de março, a Lua ocultará o planeta Saturno. Esses dois astros caminham próximos à linha da eclíptica – este é o caminho do Sol no céu visível da Terra. Como a Lua está mais próxima de nós, e se mostra bem maior que os planetas, eventualmente ela oculta algum planeta, como é agora o caso.

 

O fenômeno poderá ser observado em grande parte do Brasil e, no Rio de Janeiro será logo após o nascer da Lua e de Saturno, às 20h55min (Lembre-se que você tem que ter o lado leste – lado em que o Sol nasce – livre de prédios ou morros). Saturno ao nascer já estará bem próximo à Lua com a aparência de uma estrela brilhante. Com o passar do tempo eles ficarão cada vez mais próximos até 22h30, aproximadamente, quando Saturno será ocultado. O fenômeno é rápido e às 23h15min Saturno ressurgirá.

 

O fenômeno pode ser contemplado a olho nu mas, se você tiver acesso a um binóculo ou telescópio o espetáculo será inda mais bonito, pois será possível ver os anéis e alguns satélites. Boas observações!

 

Fonte: http://astronomiapratica.blogspot.com.br/2014/02/ocultacoes-de-saturno-pela-lua-em-2014.html
(via Stellarium)
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Coluna do Astrônomo

Os eclipses no ano de 2014

 

Mais um ano passará e, no Brasil, não teremos a oportunidade de ver um eclipse fantástico. Bonitos são os eclipses solares totais ou anulares (quando a Lua cobre apenas parte do círculo do Sol e sobra um anel ao seu redor). Em 2014, teremos quatro eclipses, sendo dois solares e dois lunares.

 

Os eclipses ocorrem quando a Lua cobre parcialmente ou totalmente o Sol – eclipses solares – ou, ainda, quando a Lua entra na sombra da Terra e fica mais escura, algumas vezes bem avermelhada. Para se observar um eclipse lunar basta olhar para ao céu, sem a necessidade de usar qualquer instrumento. Já para o eclipse solar temos que nos preparar melhor. Não se deve olhar diretamente para o Sol sem proteção, muito menos com um telescópio que aumenta a luminosidade do astro. Corre-se o risco de ficar cego! É necessário utilizar um filtro de soldador número 14 e, mesmo assim, tomar o cuidado de não ficar observando por muito tempo. Ao utilizar um telescópio deve-se usar um filtro específico que se acopla ao instrumento, diminuindo a sua luminosidade.

 

Mas, voltemos aos eclipses deste ano. O primeiro será no dia 15 de abril – um eclipse lunar total. A Lua entrará na umbra – sombra da Terra e é quando o eclipse será visível pelo público à vista desarmada – às 2h58min19s. Estará totalmente eclipsada às 4h6min47s e permanecerá assim até as 5h24min35s. O eclipse poderá ser visto até próximo ao nascer do Sol, que no Rio de Janeiro será às 6h6min. Quase metade do Brasil – nordeste, partes do sudeste, do norte e do centro-oeste – poderá acompanhar o eclipse, mas não até o seu fim. Mas a parte mais bonita e visível poderá ser contemplada.

 
O outro eclipse total da Lua será em 8 de outubro de 2014, mas só poderá ser observado por grande parte da região norte e uma pequena parte do centro-oeste. As demais regiões do Brasil não poderão contemplar a olho nu este fenômeno.
 
 
Já os dois eclipses solares – um anular em 29 de abril e outro, parcial, em 23 de outubro – não poderão ser vistos no Brasil. O primeiro será visto na Antártica e na Oceania. Já o segundo, no Canadá e Estados Unidos.
 
 
O último eclipse total do Sol visível no Brasil foi em 29 de março de 2006, para a felicidade de quem morava nas redondezas de Natal. O próximo será em 12 de agosto de 2045, visível nos estados de Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Infelizmente, o Brasil não tem sido coroado com estes belos espetáculos nos últimos anos.
 
 
Veja mais sobre a ocorrência de eclipses em inglês:
 
 
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Coluna do Astrônomo

Buracos negros existem como imaginamos?

Um dos mais temidos objetos do espaço, o buraco negro, pode estar com os seus dias contados. Pelo menos da maneira como nós o “víamos”. Quer dizer, não podemos ver um buraco negro, apenas a sua ação, engolindo a matéria ao seu redor. Está meio confuso, não? Mas é isso mesmo: os buracos negros, por princípio, engolem tudo ao seu redor, até a luz e, por isso não conseguimos informação de seu interior, apenas sabemos que eles estão lá porque vemos matéria sendo sugada por um objeto que não temos informação, e o chamamos de buraco negro.

 

Mas, em 1974, o físico inglês Stephen Hawking propôs que os buracos negros não são de fato negros. Eles evaporam, ou seja, eles liberam energia e podem mudar de tamanho e massa. A radiação que eles emitem recebeu o nome de radiação de Hawking. Ela é prevista pela física quântica.

 

Agora, o mesmo Hawking está propondo que o horizonte de eventos, a região que delimita um buraco negro, a partir de onde nem a luz consegue escapar, pode não se comportar da maneira como se pensava e pode nem existir. Ao ser sugado pelo buraco negro clássico (previsto pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein), um astronauta, por exemplo, seria esticado até ficar com uma configuração de um espaguete. O nome deste triste fim do astronauta é conhecido como espaguetificação.

 

Na nova teoria – que ainda não foi publicada nem apresenta os cálculos para explicá-la – deve existir um “horizonte aparente”, permitindo que a matéria fique aprisionada e nem chegue a “cair” para o centro. Ela ficaria retida e poderia “evaporar” na forma de radiação de Hawking. Assim, a luz poderia escapar do buraco negro, mas de uma forma tão caótica que não poderíamos saber nada sobre a sua natureza. Em resumo, o novo horizonte seria mais uma prisão do que um uma sentença de morte.

 

Com a palavra o Dr. Hawking!

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A captura do lixo espacial

 

Lixo sempre foi uma preocupação para o mundo. Estamos sempre produzindo lixo e enquanto a população aumenta, ele também aumenta. Isso traz sérios problemas para o meio ambiente e para a população.

 

E no espaço o problema também já é uma realidade. A quantidade de lixo espacial só cresce a cada ano. Estamos cada vez mais dependentes dos satélites e mais países conseguem atingir uma tecnologia suficiente que permite que enviem seus projetos para a órbita da Terra. Se olharmos a Terra do espaço, poderíamos ver a quantidade de artefatos que gira ao seu redor. É assustador! Mais de 22.000 pedaços inúteis nos rondado. Outro risco, bem menor, é claro, é que alguns destes objetos maiores venham cair na Terra. Até agora nenhum estrago foi feito, mas não devemos correr riscos.

 

Os países detentores da tecnologia de exploração espacial estão se preocupando com este fato. O Japão, por exemplo, irá testar, ainda este ano, um satélite que faça uma limpeza espacial. Até 2020, ele pretende retirar de circulação um satélite inteiro do espaço.

 

Mas o que é realmente um lixo espacial? Qualquer objeto artificial que deixou de funcionar ou pedaço dele que escapou do objeto principal e está solto na órbita da Terra. Esses objetos viajam a grandes velocidades (7km/s ou mais – 25.000km/h) e vão desde alguns gramas até toneladas. Uma colisão traria grandes problemas para satélites e naves espaciais.

 

Mas como capturá-los? Existem algumas alternativas: levar um grande ímã que pudesse atraí-los (o problema seria o que fazer depois com este ímã); mudar a rota destes detritos, fazendo com eles entrem na atmosfera e se desintegrem ou levá-los para uma órbita superior; além de outras mais mirabolantes.

 

Vamos aguardar o protótipo japonês e seu teste, esperando um grande sucesso nesta empreitada.

 

 

 

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A Terra é única no espaço?

 

Até poucos anos atrás, a Terra era o único lugar do espaço que conhecíamos onde a vida se manifestou e se tronou avançada. Mas, na visão de muitos cientistas, aqui não deveria ser um lugar exclusivo para vida inteligente. Muitos recursos foram lançados para procurar vida em Marte e até fora do Sistema Solar, na busca de planetas ao redor de outras estrelas que não o Sol.

 

O telescópio espacial Kepler, lançado em 2009, está vasculhando mais de 1.000 estrelas próximas à procura de exoplanetas (ou planetas extrassolares). Ele já encontrou, de forma indireta – através da passagem do planeta na frente da estrela (trânsito) –, cerca de 3.000 exoplanetas e, destes, 238 já foram confirmados. Com a sua observação e a ajuda de outras técnicas pode-se também determinar o tamanho, a massa destes planetas, além da sua distância à estrela.

 

Em uma reunião da Sociedade Astronômica Americana, agora em janeiro, os cientistas informaram que a grande maioria destes planetas é formada de rocha ou gás, maiores que a Terra, mas menores que Netuno. Um banho de água fria nos mais crentes de que não estamos sós no Universo. Isso reduz muito a possibilidade de encontrarmos seres parecidos conosco, pelo menos tendo uma tecnologia semelhante à nossa. A Terra está se mostrando uma “ovelha negra” em um rebanho de bilhões de planetas que possivelmente habitam a Via Láctea.

 

Nos estudos do Kepler, e de outras pesquisas com os exoplanetas, concluiu-se que existe um padrão claro: planetas com até duas vezes o tamanho da Terra são densos e provavelmente rochosos – parecidos com a Terra. Os que têm entre duas e quatro vezes o tamanho da Terra são gasosos. Isso corresponde a três quartos de todos os exoplanetas descobertos até o momento. Já tínhamos o conhecimento de que planetas muito grandes devem ser gasosos, como Netuno, Urano, Saturno e Júpiter. Em planetas gasosos a pressão atmosférica é muito grande dificultando a evolução de seres mais complexos.

 

Apenas um exoplaneta está contrariando essa tendência (o KOI-314c), que é duas vezes maior que a Terra e tem a mesma massa que ela. Ele deve ter um núcleo rochoso e uma grande quantidade de atmosfera. Outro fator contribui para desacreditar que a vida possa surgir por lá: o ano deste planeta dura apenas 23 dias, pois ele está muito próximo à estrela. É estranho ele ter sobrevivido nesta região.

 

Em resumo, com os dados que dispomos atualmente, poucos são os mundos rochosos, semelhantes à Terra, limitando o número de civilizações avançadas possíveis na nossa galáxia. Então, um Viva à Terra!

 
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Viver no espaço não é moleza!

 

Você já se imaginou viver vários dias a cerca de 400km acima da superfície terrestre? Sem poder dar uma voltinha, por mais breve que seja, a não ser que esteja vestindo uma roupa especial? E para dormir, ir ao banheiro, ou até mesmo comer? Uma dificuldade só!

 

Pois é. Assim é a vida de um astronauta da Estação Espacial Internacional (ISS). Ela sempre recebe astronautas que se revezam para deixá-la em condições de abrigar a vida. Também fazem diversos experimentos, montam na estação novos equipamentos de observação e segurança, ou seja, eles têm muito trabalho.

 

Agora pense se ao sair da estação com um traje refrigerado a água e você correr o risco de se afogar nessa água. Pois isso quase aconteceu com o italiano Luca Parmitano, quando seu capacete ficou inundado por água. Ele quase se afogou. A partir deste evento, foram suspensas as “saidinhas” da estação.

 

Agora os astronautas construíram um equipamento de segurança parecido com um snorkel – aquele cano que as pessoas usam quando mergulham sem tubos de oxigênio. Eles fizeram isso utilizando os tubos de ventilação da própria estação espacial. É um quebra galho, mas garantirá a segurança dos astronautas até a próxima missão que também consertará um dos sistemas de refrigeração da ISS.

 

Como você pode ver, não é fácil a vida dos astronautas. Muito trabalho e surpresas de vez em quando. Mas sempre se dá um jeito, e olhe que nem tem brasileiro lá!

 
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O Sol como nunca visto!

 

O observatório solar IRIS, lançado em 7 de junho de 2013, nos revelou esta semana imagens surpreendentes do Sol. Ele está estudando um dos lugares mais violentos daquele astro, entre a sua superfície e a sua atmosfera (a coroa). A temperatura naquela região supera facilmente os 10.000ºC e chega aos absurdos dois milhões de graus. Sabe-se que essa região de interface aquece a parte mais externa do Sol, a coroa solar. Este estudo também pode ajudar na compreensão da aceleração do vento solar e, como consequência, no aquecimento das camadas mais externas do Sol, e nos informar sobre a direção das erupções solares.

 

Na região de interface ocorrem “laços” gigantes de material solar subindo a partir da superfície. Esses laços, quando se rompem levam a tempestades solares que podem atingir a Terra e danificar os satélites, interferindo nas comunicações, interromper o fornecimento de energia, dentre outras coisas. Outro evento registrado são as espículas, fontes gigantes de gás a velocidades de mais de 200.000km/h, distribuindo calor e energia para a coroa solar.

 

O IRIS foi projetado com base no que se conhecia da região, com a ajuda de simulações feitas em computadores. Porém, o resultado está mostrando diferenças dos modelos com a realidade. E isso é bom para compreendermos melhor essa região e seus fenômenos e, assim, ajustar nossos modelos. Poderemos saber, por exemplo, em quanto tempo uma tempestade solar será percebida na Terra.

 

Se você quer ver as imagens do IRIS, dê uma olhada o seguinte endereço:

http://www.nasa.gov/content/goddard/iris-provides-unprecedented-images-of-sun/

 
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Uma nova estrela no céu… ou não!

 

Você já deve ter ouvido falar que as estrelas nascem, vivem e morrem. Assim como os humanos, que passam por uma gestação de nove meses (e só aí botam a boca no mundo), depois vivem e morrem, as estrelas também passam por períodos semelhantes. Seu nascimento demora bastante para os nossos padrões – mas não para elas –, até uns milhões de anos. Elas, então, começam a brilhar e ficam assim por até bilhões de anos. Após o esgotamento de seu “combustível” elas morrem. Mas durante este processo tem a vida das estrelas que pode ser de forma turbulenta.

 

Neste fim de ano fomos brindados com o “aparecimento” de uma estrela. Ela surgiu no céu, visível a olho nu, na constelação do Centauro: a Nova Centauri 2013. O nome “Nova” dá a falsa ideia de que é uma estrela recém-nascida. Esse nome é antigo – vem de antes da invenção dos telescópios, quando ainda não se conhecia muita sobre a natureza das estrelas – e remete ao aparecimento repentino de uma nova estrela visível a olho nu. Estamos falando de um sistema binário (duas estrelas girando ao redor de um centro comum) sendo uma gigante e sua companheira uma anã branca (o resto de uma estrela que já morreu). Essas duas estrelas estão interagindo gravitacionalmente, trocando matéria. A anã branca rouba matéria da gigante, que, ao atingir a superfície dela desencadeia uma reação termonuclear, provocando um aumento estupendo de brilho. Nesses casos as estrelas não são destruídas e podem vir novas explosões de brilho com novas trocas de matéria.

 

Na foto a seguir, obtida no deserto do Atacama, no Chile, no dia 5 de dezembro, podemos identificar a Nova Centauri 2013 próxima de uma estrela bastante conhecida de nós do hemisfério sul: a Beta Centauri. Onde vemos a Nova Centauri 2013 não podíamos ver nenhuma estrela a olho nu até então.

 
 
E como procedemos para observar esta “nova” estrela? A constelação do Centauro pode ser vista de madrugada. No esquema a seguir – às 2h do dia 11/12/2013 – podemos ver as constelações do Centauro (Centaurus) e do Cruzeiro do Sul (Crux), mais acima e deitado. Para quem não conhece bem o céu o Cruzeiro do Sul servirá como um guia para achar a estrela Nova. Seguindo o braço menor da cruz, encontramos as estrelas brilahntes Hadar e Alpha Centauri. E, comparando com a foto anterior podemos identificar o “novo” astro bem próximo de Hadar.
 
 
 
 
Não sabemos quanto tempo ela permanecerá brilhante a ponto de ser vista a olho nu. Estimativas apontam que ela pode ficar mais brilhante ainda nos próximos dias. Então, se você gosta de observar o céu, e passa as noites em claro, vale a pena procurar por mais este belo espetáculo proporcionado pelo céu. Boas observações!
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A Índia está chegando em Marte

 

Neste dia 1º de dezembro de 2013, a Índia deu um grande salto para conquistar o espaço. Mais precisamente, a sua missão à Marte segue agora livre da força gravitacional da Terra. É um passo importante que mostra todo o poderio deste país para ser um dos “grandes” da era espacial. Esse importante passo colocou a Índia na frente da China, outro gigante que desponta o horizonte.

 

A nave indiana Mangalyaan (conhecida como Missão Orbital de Marte – MOM, em uma tradução livre) passou para o segundo estágio. Ela completou seis voltas ao redor da Terra e depois, através do que denominamos de “efeito estilingue”, foi lançada para o espaço, livre da gravidade terrestre. Ela ainda terá outros desafios pela frente até finalmente, em setembro de 2014, atingir o objetivo e o sonho de 1,2 bilhão de pessoas: explorar o planeta Marte.

 

Para se chegar à Marte não é fácil. Somente os Estados Unidos, a Rússia e um grupo de países europeus conseguiram colocar naves em órbita do planeta vermelho. Alguns robôs, inclusive, estão neste momento pesquisando o seu solo à procura, principalmente, de indícios de vida. Mas menos da metade das missões programadas para aquele planeta foram bem sucedidas. Correções na órbita da nave serão necessárias até a sua colocação ao redor de Marte, o que é um grande desafio.

 

A Índia tem uma grande vantagem em relação aos seus concorrentes: o preço, que neste caso chegou a cerca de um décimo do que os norte-americanos gastaram na última missão. E um dos objetivos deste país é abocanhar uma parte substancial do bilionário mercado de lançamento de satélites. O programa espacial indiano já tem 50 anos, e com o dinheiro disponível atualmente e o desenvolvimento da sua própria tecnologia, são grandes as chances de voos mais audaciosos.

 

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Marte há 4 bilhões de anos

 

Há muito tempo o homem procura mundos onde a vida possa existir e evoluir. Hoje temos diversos telescópios com o intuito de descobrir um planeta extrassolar semelhante à Terra. Muitos planetas já foram descobertos, mas estamos distantes ainda de conhecer a verdadeira realidade destes novos mundos.

 

Aqui perto, no Sistema Solar mesmo, temos um alvo bastante interessante que sempre instigou a comunidade científica: Marte. Este planeta é o que mais se aproxima de um mundo propício à vida. No momento não conseguimos encontrá-la e esforços estão sendo feitos para este fim.

 

Muitas sondas já o visitaram e, no momento alguns robôs estão vasculhando o seu solo, procurando por vestígios de água e seres vivos. Não encontramos água na superfície marciana, mas são fortes as indicações da existência de rios e lagos no passado. Só encontramos gelo e uma pequena quantidade de atmosfera. O que aconteceu com essa água e a atmosfera de Marte? Ainda não sabemos.

 

Hoje a NASA lançou uma sonda, a MAVEN, que levará 10 meses para chegar em Marte, no dia 22 de setembro de 2014. Ela ficará orbitando o planeta vermelho a uma distância de 6.400km, por um ano, com a finalidade de buscar uma resposta sobre a atmosfera marciana que se perdeu, com o passar dos milhões e milhões de anos. É bem provável que Marte tivesse uma atmosfera mais espessa do que a que possui hoje. Mas, em algum momento, ela se dissipou. O vento solar pode ter sido uma das razões.

 

A sonda investigará a atmosfera superior do planeta, a ionosfera e a interação do vento solar com a atmosfera de Marte. Assim será possível dimensionar a perda de elementos voláteis, como o CO2 e a água, ao longo do tempo, influenciando na habitabilidade do planeta.

 

Se quiser saber mais, inclusive com um vídeo simulando a exploração pela sonda MAVEN, veja em:

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/11/13/nasa-simula-marte-ha-4-bilhoes-de-anos-com-rios-e-espessa-atmosfera.htm

 

http://www.nasa.gov/mission_pages/maven/overview/index.html